Introdução: Uma das principais atividades agropecuárias no Brasil é a bovinocultura leiteira não só pela importância econômica, mas também a social sendo realizada por muitas propriedades familiares. Mesmo com apresentando grande produção, a indústria do leite ainda enfrenta problemas pela alta contaminação microbiológica interferindo na qualidade do leite pasteurizado ou produção de derivados gerando perdas para o setor. A ordenha é o momento da retirada do leite produzido no úbere, e deve ser realizada da forma mais higiênica possível, visando à obtenção de uma matéria-prima de qualidade para a produção de derivados lácteos de elevado valor nutricional. Pode ser dividida em dois momentos: o pré-dipping ou pré-ordenha e o pós-dipping ou pós ordenha que marcam momentos antes e após a retirada do leite das mamas. O manejo correto da ordenha irá auxiliar na prevenção da mastite, além da redução da contagem de células somáticas (CCS) e da contagem bacteriana total (CBT), facilitando o atendimento dos padrões estabelecidos pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Objetivo: O objetivo deste trabalho foi avaliar o manejo de ordenha praticado em uma propriedade localizada no município de Redenção no Sudeste paraense. Metodologia: A metodologia consistiu em visita guiada à propriedade e entrevista não estruturada ao responsável pela ordenha Resultados: No pré-dipping é feito o teste de caneca do fundo preto em todos os animais e após o teste segue-se à higienização dos tetos com Agricept® que tem como princípio ativo o dicloroisocianurato de sódio anidro, auxiliando no controle de mastite. Para secagem dos tetos é utilizado papel toalha, sendo um para cada teto. Uma vez por mês se faz o teste CMT (California Mastitis Test). No pós-dipping os tetos são embebidos com solução de iodo e glicerina para evitar o ressecamento. Quanto à limpeza da sala de ordenha, esta passa por duas lavagens ao dia, sempre após a ordenha. Duas vezes por semana utiliza-se detergente alcalino clorado e detergente ácido na limpeza com jatos de água na lavagem do piso. O tanque de resfriamento tem capacidade para acondicionar o leito por 2 dias e após o seu esvaziamento é feita a higienização com água quente e detergente alcalino clorado. O índice de mastite na propriedade é de 3%. Em caso de mastite aplicação intramamária e intravenosa de antibióticos à base de estreptomicina. Considerações: O manejo sanitário na ordenha é indispensável para assegurar a biossegurança do leite e derivados que chegam ao consumidor final. A observação constante dos processos de higienização da estrutura de ordenha, alimentação e sanidade do rebanho são requisitos para evitar problemas que possam levar à perda do leite produzido e consequentemente prejuízo econômico ao produtor.
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