O uso indiscriminado de medicamentos, incluindo os psicotrópicos, tem crescido globalmente nos últimos anos gerando impacto significativo na população. Ansiolíticos, antidepressivos e antipsicóticos são exemplos dessa classe. Alguns fatores contribuintes são o envelhecimento populacional, facilidade de acesso à informação e aos medicamentos. No cenário do cuidado farmacêutico, esses profissionais exercem papel essencial na promoção da informação à população, educando sobre saúde mental e sobre o impacto do uso inadequado. Ao fazerem o acompanhamento farmacoterapêutico, oferecem meios de garantir segurança e eficácia do tratamento. Este trabalho objetiva demonstrar o papel do profissional farmacêutico na diminuição do uso inadequado de psicotrópicos e esclarecer o impacto da automedicação para a comunidade. Foram utilizados artigos científicos encontrados nas plataformas Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO) e documentos do Conselho Federal de Farmácia (CFF). As palavras-chaves usadas foram: cuidado farmacêutico, automedicação, psicotrópicos e uso indiscriminado. Os artigos foram publicados entre os anos de 2018 e 2024. Segundo dados do Conselho Federal de Farmácia, cerca de 77% dos brasileiros realizam automedicação no seu dia a dia. Dentro da porcentagem citada, estima-se que quase 60% desse total não segue as orientações receitadas. Os valores demonstram como essa prática cresce cada vez em nosso país, causando preocupação devido aos diversos perigos da automedicação, considerando que diversos detalhes devem ser levados em conta em cada caso. Algumas consequências comuns são as de intoxicação, reações alérgicas, dependência e mascaramento do diagnóstico. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, psicotrópicos produzem mudanças no comportamento, na cognição e humor. São fármacos que agem no Sistema Nervoso Central (SNC) e constantemente levam à dependência devido a sua considerável propriedade reforçadora e, por estar diretamente interligada ao hábito de automedicação tende a gerar maiores problemas na saúde do paciente. A atuação do farmacêutico envolve promover, recuperar e proteger a saúde do paciente. É necessário que esse profissional, considerando sua capacitação e compreensão dos fármacos, torne as informações relacionadas a medicamentos e seus tratamentos mais acessíveis para a população. Apesar de estarmos em uma era tecnológica e informações circularem com muita facilidade, é impossível julgar cada caso sem considerar as singularidades e necessidades de cada indivíduo. Considerando o cenário atual do país, faz-se essencial pensar em meios de minimizar esse hábito dos brasileiros. Farmacêuticos possuem o domínio fundamental para promover a conscientização, criando folhetos informativos, postagens em redes sociais e até mesmo em atendimentos presenciais, acompanhando o enfermo e explicando com clareza a situação. Em suma, o uso indiscriminado de psicotrópicos e a automedicação são um desafio para a saúde pública e os profissionais da saúde. Diante desse cenário alarmante, o farmacêutico tem um papel essencial na intervenção, orientando sobre o uso correto de medicamentos, educando sobre os riscos associados à automedicação e explicando como as substâncias agem no SNC. Além disso, o farmacêutico pode realizar um acompanhamento humanizado, monitorando e contribuindo para tratamentos mais seguros e eficazes. A valorização desse profissional e a ampliação da sua presença em espaços de saúde são fundamentais para minimizar os riscos e promover uma cultura de uso responsável de medicamentos.
A II Mostra Cietífica do Curso de Farmácia foi realizado de modo presencial no dia 30 de outubro de 2024, no auditório do Bloco K, campus Taguatinga-DF da Universidade Católica de Brasília.
Os trabalhos foram submetidos em três modalidades:
Os trabalhos aprovados foram apresentados na seguinte modalidalidade: apresentação oral, pôster.
Os trabalhos premiados como Menção Honrosa para apresentação oral:
Os trabalhos premiados como Menção Honrosa para apresentação pôster:
O evento contou com com trabalhos produzidos pelos discentes da Univerisdade Católica de Brasília (UCB) e pela Universidade de Brasília (UnB).
Comissão Organizadora
VIVIANE CORREA DE ALMEIDA FERNANDES
Comissão Científica
Viviane Corrêa de almeida Fernandes
Jessica Mycaelle da Silva Barbosa
Wendell Iury Robles Marques Rocha
Héllen Cristina Almeida de Castro Alves
Rafael Lavarini dos Santos
Taynah Oliveira Martins
Alessandra Godoi Cardoso Kostopoulos
Heidi Luise Schulte
Aline Cabral Braga de Medeiros
Lara Nascimento Leal
Giselle Veras Lucena Vieira
Pedro Juan Ribeiro Calisto dos Santos
Athamy Sarah de Paula Cruz
Natália Elisabeth Kruklis
Lucas Magedanz
Samara Haddad Simões Machado
Mary Audeny Torres Paulino
João Nicanildo Bastos dos Santos
Viviane Corrêa de Almeida Fernandes
e-mail: viviane.fernandes@p.ucb.br