Superbactérias Na Ótica da Farmacovigilância E da Farmacoepidemiologia

  • Autor
  • Gaëlle Stéphanie Bastin
  • Co-autores
  • Filipe Mangabeira Resende , Giovana Orsano Diniz , Isabela Mangabeira Resende , Isabella Bezerra Albuquerque , Kelvyn dos Santos Leite , Rahul Martin Tolentino Valadares , Adriana Cardoso Furtado
  • Resumo
  • A descoberta dos antimicrobianos marcou um dos maiores avanços científicos da humanidade. No entanto, as superbactérias – organismos resistentes a múltiplos antimicrobianos – são produtos diretos da evolução, no qual a pressão seletiva de medicamentos força os microrganismos supracitados a se adaptarem ou morrerem. Neste cenário, a farmacovigilância e a farmacoepidemiologia são pilares fundamentais para garantir que não haja vítimas da engenhosidade humana. O objetivo deste trabalho é explorar a relação entre o uso indevido de antimicrobianos e a formação de superbactérias, situando essa discussão no contexto da farmacovigilância e da farmacoepidemiologia, fornecendo aprendizados valiosos para evitar que a medicina moderna se torne obsoleta diante de uma nova era de patógenos incontroláveis, e para que a população saiba identificar a problemática para combater e prevenir novos casos. Este trabalho foi baseado em pesquisa bibliográfica, utilizando artigos científicos, livros e relatórios de saúde pública para analisar a resistência bacteriana e possíveis soluções. As fontes foram obtidas com base em dados de documentos publicados entre 2010 e 2021. O uso excessivo e indiscriminado de antimicrobianos é um dos fatores que estimula a consolidação das superbactérias. A farmacovigilância e a farmacoepidemiologia são ferramentas para monitorar e mitigar os danos causados. É preciso investir em pesquisas de novos medicamentos e vacinas, incentivar agências de financiamento e encorajar a comunidade científica a desenvolver novos medicamentos para prevenir doenças em caso de ineficácia terapêutica em relação às drogas utilizadas anteriormente. Entretanto, cabe ressaltar que mesmo os melhores esforços são lentos quando comparados à velocidade com que a resistência avança. A multirresistência bacteriana está associada ao uso incorreto de antimicrobianos – que se pode apresentar em caso de uso indevido de medicamentos, protocolos terapêuticos seguidos de maneira inadequada ou por tempo incorreto, bem como outros fatores –, o que favorece resistência acumulada e adquirida a diferentes classes de antibacterianos. A Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC) é um exemplo de superbactéria que comumente acomete pacientes imunocomprometidos, normalmente em estados debilitados de saúde, ou até mesmo “se alimenta de organismos doentes”, sendo encontrada em ambientes hospitalares. Ao adentrar a corrente sanguínea, pode causar febre alta, pneumonia e formação de secreção purulenta, tendo como preocupação a possibilidade de não haver antimicrobianos ou meios para combater esse microrganismo. Além disso, pode-se também citar a capacidade de alteração no material genético de outras bactérias, gerando mutação e possibilidade de maior resistência a antimicrobianos. Em tentativa de atenuar a possibilidade de maior frequência de resistência bacteriana, o Ministério da Saúde, na RDC nº 20/2021, decretou que a venda de antimicrobianos seria permitida apenas mediante apresentação de receita médica. O resultado obtido por meio desse trabalho é a conclusão de que as superbactérias estão presentes em todo o mundo, sendo um tema relevante a ser tratado. Não barrar essa dificuldade avaliada poderá comprometer a saúde de forma global, pois elas podem causar uma série de doenças e complicações, algumas das quais podem ser muito graves ou até fatais. A partir das pesquisas, foi notória a grande evolução desse tema na sociedade contemporânea, bem como é importante informar toda a população para que esse índice de superbactérias diminua. Além disso, conclui-se que os profissionais da saúde devem se empenhar em inovações científicas em busca de soluções para essa problemática (produção de novos antimicrobianos), além de promover o uso racional de medicamentos por meio da farmacovigilância e da farmacoepidemiologia, que o farmacêutico poderá auxiliar executando de maneira correta todos os ciclos da Assistência Farmacêutica.

  • Palavras-chave
  • Superbactérias; Antimicrobianos; Farmacovigilância; Farmacoepidemiologia
  • Modalidade
  • Pôster
  • Área Temática
  • Revisão Integrativa
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A II Mostra Cietífica do Curso de Farmácia foi realizado de modo presencial no dia 30 de outubro de 2024, no auditório do Bloco K, campus Taguatinga-DF da Universidade Católica de Brasília.

 

Os trabalhos foram submetidos em três modalidades: 

 

  1.     Trabalhos experimentais: nesta categoria entra trabalhos no qual houve um meio de técnicas de coleta e análise de dados, podendo ser trabalhos desenvolvidos em laboratórios, envolvendo pessoas, grupos ou instituições.
  2.     Revisão Integrativa: nesta categoria entra trabalhos teóricos a estilo de uma revisão bibliográfica, no qual é recrutado diferentes estudos independents sobre uma temática.
  3.     Relato de caso e/ou Relato de Experiência: nesta categoria entra os trabalhos que descrevem casos de pacientes, doenças ou situações interessantes que apresentem algum aspecto original, incluindo descrição de casos raros, comportamentos atípicos, ocorrência de evento adverso não descrito com o uso de terapêutica, assim como vivência acadêmica e/ou profissional.

Os trabalhos aprovados foram apresentados na seguinte modalidalidade: apresentação oral, pôster.

 

Os trabalhos premiados como Menção Honrosa para apresentação oral: 

  1. Determinação do Perfil de Uso e Descarte de Medicamentos: um estudo experimental
  2. UNODC NA PCDF: POLÍTICA GLOBAL ANTIDROGAS E QUALIDADE DOS LABORATÓRIOS FORENSES
  3. Beneficios do uso de tecnologias no cuidado farmacêutico desenvolvido na atenção basica a saude

 

Os trabalhos premiados como Menção Honrosa para apresentação pôster: 

  1. Alvos farmacológicos inspiradora no exercício: O papel da bioinformática
  2. Evidências qualitativas sobre servições farmacêuticos clínicos hospitalares
  3. Atuação do farmacêutico na conscientização e redução do uso indiscriminado de psicotrópicos

 

O evento contou com com trabalhos produzidos pelos discentes da Univerisdade Católica de Brasília (UCB) e pela Universidade de Brasília (UnB). 

  • Trabalhos experimentais
  • Revisão Integrativa
  • Relato de caso e/ou Relato de Experiência

Comissão Organizadora

VIVIANE CORREA DE ALMEIDA FERNANDES

Comissão Científica

 

Viviane Corrêa de almeida Fernandes 

Jessica Mycaelle da Silva Barbosa

Wendell Iury Robles Marques Rocha

Héllen Cristina Almeida de Castro Alves 

Rafael Lavarini dos Santos 

Taynah Oliveira Martins 

Alessandra Godoi Cardoso Kostopoulos 

Heidi Luise Schulte 

Aline Cabral Braga de Medeiros

Lara Nascimento Leal 

Giselle Veras Lucena Vieira 

Pedro Juan Ribeiro Calisto dos Santos 

Athamy Sarah de Paula Cruz

Natália Elisabeth Kruklis

Lucas Magedanz 

Samara Haddad Simões Machado

Mary Audeny Torres Paulino

João Nicanildo Bastos dos Santos 

 

Viviane Corrêa de Almeida Fernandes

e-mail: viviane.fernandes@p.ucb.br