A descoberta dos antimicrobianos marcou um dos maiores avanços científicos da humanidade. No entanto, as superbactérias – organismos resistentes a múltiplos antimicrobianos – são produtos diretos da evolução, no qual a pressão seletiva de medicamentos força os microrganismos supracitados a se adaptarem ou morrerem. Neste cenário, a farmacovigilância e a farmacoepidemiologia são pilares fundamentais para garantir que não haja vítimas da engenhosidade humana. O objetivo deste trabalho é explorar a relação entre o uso indevido de antimicrobianos e a formação de superbactérias, situando essa discussão no contexto da farmacovigilância e da farmacoepidemiologia, fornecendo aprendizados valiosos para evitar que a medicina moderna se torne obsoleta diante de uma nova era de patógenos incontroláveis, e para que a população saiba identificar a problemática para combater e prevenir novos casos. Este trabalho foi baseado em pesquisa bibliográfica, utilizando artigos científicos, livros e relatórios de saúde pública para analisar a resistência bacteriana e possíveis soluções. As fontes foram obtidas com base em dados de documentos publicados entre 2010 e 2021. O uso excessivo e indiscriminado de antimicrobianos é um dos fatores que estimula a consolidação das superbactérias. A farmacovigilância e a farmacoepidemiologia são ferramentas para monitorar e mitigar os danos causados. É preciso investir em pesquisas de novos medicamentos e vacinas, incentivar agências de financiamento e encorajar a comunidade científica a desenvolver novos medicamentos para prevenir doenças em caso de ineficácia terapêutica em relação às drogas utilizadas anteriormente. Entretanto, cabe ressaltar que mesmo os melhores esforços são lentos quando comparados à velocidade com que a resistência avança. A multirresistência bacteriana está associada ao uso incorreto de antimicrobianos – que se pode apresentar em caso de uso indevido de medicamentos, protocolos terapêuticos seguidos de maneira inadequada ou por tempo incorreto, bem como outros fatores –, o que favorece resistência acumulada e adquirida a diferentes classes de antibacterianos. A Klebsiella Pneumoniae Carbapenemase (KPC) é um exemplo de superbactéria que comumente acomete pacientes imunocomprometidos, normalmente em estados debilitados de saúde, ou até mesmo “se alimenta de organismos doentes”, sendo encontrada em ambientes hospitalares. Ao adentrar a corrente sanguínea, pode causar febre alta, pneumonia e formação de secreção purulenta, tendo como preocupação a possibilidade de não haver antimicrobianos ou meios para combater esse microrganismo. Além disso, pode-se também citar a capacidade de alteração no material genético de outras bactérias, gerando mutação e possibilidade de maior resistência a antimicrobianos. Em tentativa de atenuar a possibilidade de maior frequência de resistência bacteriana, o Ministério da Saúde, na RDC nº 20/2021, decretou que a venda de antimicrobianos seria permitida apenas mediante apresentação de receita médica. O resultado obtido por meio desse trabalho é a conclusão de que as superbactérias estão presentes em todo o mundo, sendo um tema relevante a ser tratado. Não barrar essa dificuldade avaliada poderá comprometer a saúde de forma global, pois elas podem causar uma série de doenças e complicações, algumas das quais podem ser muito graves ou até fatais. A partir das pesquisas, foi notória a grande evolução desse tema na sociedade contemporânea, bem como é importante informar toda a população para que esse índice de superbactérias diminua. Além disso, conclui-se que os profissionais da saúde devem se empenhar em inovações científicas em busca de soluções para essa problemática (produção de novos antimicrobianos), além de promover o uso racional de medicamentos por meio da farmacovigilância e da farmacoepidemiologia, que o farmacêutico poderá auxiliar executando de maneira correta todos os ciclos da Assistência Farmacêutica.
A II Mostra Cietífica do Curso de Farmácia foi realizado de modo presencial no dia 30 de outubro de 2024, no auditório do Bloco K, campus Taguatinga-DF da Universidade Católica de Brasília.
Os trabalhos foram submetidos em três modalidades:
Os trabalhos aprovados foram apresentados na seguinte modalidalidade: apresentação oral, pôster.
Os trabalhos premiados como Menção Honrosa para apresentação oral:
Os trabalhos premiados como Menção Honrosa para apresentação pôster:
O evento contou com com trabalhos produzidos pelos discentes da Univerisdade Católica de Brasília (UCB) e pela Universidade de Brasília (UnB).
Comissão Organizadora
VIVIANE CORREA DE ALMEIDA FERNANDES
Comissão Científica
Viviane Corrêa de almeida Fernandes
Jessica Mycaelle da Silva Barbosa
Wendell Iury Robles Marques Rocha
Héllen Cristina Almeida de Castro Alves
Rafael Lavarini dos Santos
Taynah Oliveira Martins
Alessandra Godoi Cardoso Kostopoulos
Heidi Luise Schulte
Aline Cabral Braga de Medeiros
Lara Nascimento Leal
Giselle Veras Lucena Vieira
Pedro Juan Ribeiro Calisto dos Santos
Athamy Sarah de Paula Cruz
Natália Elisabeth Kruklis
Lucas Magedanz
Samara Haddad Simões Machado
Mary Audeny Torres Paulino
João Nicanildo Bastos dos Santos
Viviane Corrêa de Almeida Fernandes
e-mail: viviane.fernandes@p.ucb.br