Segundo a Organização Mundial de Saúde a promoção racional de medicamentos ocorre quando
“os pacientes recebem medicamentos adequados às suas necessidades clínicas, em doses que
atendam às suas necessidades individuais, por um período adequado e ao menor custo para eles
e sua comunidade”. Esass características de uma farmacoterapia racional impacta não somente o
paciente, mas também o meio-ambiente no que diz respeito ao descarte de medicamento. O
objetivo deste trabalho é identificar o comportamento dos indivíduos quanto ao uso e descarte de
medicamentos no cotidiano. Trata-se de um estudo experimental, descritivo, prospectivo,
transversal. Foi realizado uma pesquisa com total de 45 participantes, entre 18 e 65 anos. O uso
racional de medicamentos é realizado quando o paciente certo receber o medicamento em dose
correta para sua condição clínica no período adequado. A maioria dos participantes da pesquisa
relatou que as sobras de medicamentos em casa são devido a tratamentos anteriores (51,2%). Para
o presidente do Conselho Federal de Farmácia, Walter da Silva Jorge João, a sobra de
medicamentos se dá devido a dispensação de medicamentos em quantidade além da necessária,
que seria causada por, em suas palavras, “prescrição incompleta ou incorreta, à falta de
conferência da prescrição no momento da dispensação, ao erro por parte do dispensador ou
apresentações não condizentes com a duração do tratamento, juntamente com a impossibilidade
de fracionamento desses produtos.”. Outras causas apontadas são “amostras grátis distribuídas
pelos laboratórios farmacêuticos como forma de propaganda e o gerenciamento inadequado por
parte de farmácias e demais estabelecimentos de saúde.”. Na pesquisa, 40% dos participantes
não tiveram uma instrução detalhada, pelo seu prescritor, de como deveria ser administrado o
medicamento, impactando significativamente no uso racional. Com os dados encontrados,
observou-se que as escolhas para descarte são inadequadas, sendo as mais utilizadas o descarte no
lixo comum ou na rede de esgoto, corroborado com Constantino (2020). O principal fator dessas
escolhas foi a falta de informação sobre onde descartar os medicamentos. Os riscos dessas práticas
para o meio-ambiente são vários, visto que medicamentos, quando em contato com luz, umidade
e temperatura diferente podem virar compostos tóxicos, afetando o ciclo biogeoquímico,
equilíbrio do meio-ambiente e interferindo nas cadeias alimentares. 8% dos participantes da
pesquisa relataram utilizar o medicamento ainda após a data de validade. O prazo de validade indica a data limite até quando o medicamento mantém suas propriedades de eficácia e qualidade,
após essa data não há garantia de sua segurança. Ademais, o papel do farmacêutico não resume
apenas na educação em saúde ao ensinar como os medicamentos devem ser usados e descartados,
mas também na análise do perfil de medicamentos descartado em cada região. Um estudo feito
em 2017 a 2018, no município de Governador Valadares, em Minas Gerais, mostrou as classes de
medicamentos que mais foram descartados, sendo elas inibidores da enzima conversora de
angiotensina, antagonistas da angiotensina 2, agentes betabloqueadores, diuréticos,
hipoglicemiantes, contraceptivos hormonais e agentes modificadores de lipídeos, medicamentos
de uso crônico. Limita-se dizer que embora a amostragem deste trabalho seja restrita, é notório
que ainda há falta de conhecimento da população quanto ao descarte e uso correto de
medicamento.
A II Mostra Cietífica do Curso de Farmácia foi realizado de modo presencial no dia 30 de outubro de 2024, no auditório do Bloco K, campus Taguatinga-DF da Universidade Católica de Brasília.
Os trabalhos foram submetidos em três modalidades:
Os trabalhos aprovados foram apresentados na seguinte modalidalidade: apresentação oral, pôster.
Os trabalhos premiados como Menção Honrosa para apresentação oral:
Os trabalhos premiados como Menção Honrosa para apresentação pôster:
O evento contou com com trabalhos produzidos pelos discentes da Univerisdade Católica de Brasília (UCB) e pela Universidade de Brasília (UnB).
Comissão Organizadora
VIVIANE CORREA DE ALMEIDA FERNANDES
Comissão Científica
Viviane Corrêa de almeida Fernandes
Jessica Mycaelle da Silva Barbosa
Wendell Iury Robles Marques Rocha
Héllen Cristina Almeida de Castro Alves
Rafael Lavarini dos Santos
Taynah Oliveira Martins
Alessandra Godoi Cardoso Kostopoulos
Heidi Luise Schulte
Aline Cabral Braga de Medeiros
Lara Nascimento Leal
Giselle Veras Lucena Vieira
Pedro Juan Ribeiro Calisto dos Santos
Athamy Sarah de Paula Cruz
Natália Elisabeth Kruklis
Lucas Magedanz
Samara Haddad Simões Machado
Mary Audeny Torres Paulino
João Nicanildo Bastos dos Santos
Viviane Corrêa de Almeida Fernandes
e-mail: viviane.fernandes@p.ucb.br