Este trabalho é resultado parcial do projeto didático-temático “Manguebeat e o Modernismo Brasileiro: ‘a antropofagia é o que nos une’”, vinculado ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) da Licenciatura em Letras-Português da Universidade Federal de Pernambuco. Aplicado no Instituto Federal de Pernambuco Campus Recife (IFPE), sua estrutura baseou-se na observação crítica de lacunas recorrentes no ensino de Literatura Brasileira nas escolas, especialmente no que diz respeito à articulação entre as produções literárias do Modernismo e as manifestações do movimento Manguebeat. Nesse contexto, tomou-se como base a problemática de que durante muito tempo a supremacia da literatura canônica silenciou as vozes afastadas dos grandes centros, e, por conseguinte, precarizou o processo identitário do povo brasileiro, sobretudo dos que se encontram afastados dos grandes centros, nas margens. Por esse motivo, a articulação do movimento Manguebeat com produções modernistas parte do princípio de que ambas compartilharam um desejo de ruptura com padrões estabelecidos seja na forma, na linguagem ou no conteúdo e buscaram uma reinvenção do que significa “ser brasileiro’. Para a mediação do processo de ensino/aprendizagem, optou-se pela escolha dos gêneros textuais e dos seus respectivos conteúdos com base na perspectiva socioconstrutivista e dialógica, amparada nos aportes teóricos de Paulo Freire (1996) e Mikhail Bakhtin (2003). Para isso, abordou-se o uso da língua como instrumento de interação social Silva e Cox (2002). Dessa forma, buscou-se promover a comunicação autêntica, a participação ativa dos alunos em atividades colaborativas e a compreensão da linguagem em seus contextos sociais e culturais.
ISBN 978-65-01-82058-3
Comissão Organizadora
Pibid/RP
Natália Santana Albuquerque LIma
Nathalia Vitoria Freire dos Santoe
Mathuanny Soares dos Santos
MARIA LORENA ARAUJO DE ANDRADE
Guilherme da Silva Carvalho
Comissão Científica