Desde o século passado, as discussões sobre as gerações/dimensões dos direitos humanos pululam entre autores de imensa envergadura intelectual como Norberto Bobbio, Perez Luño, Boaventura de Souza Santos, entre outros. Nas pautas levantadas por esses pensadores, consta debater o nascimento e consolidação dos direitos humanos em sincronia com uma perspectiva histórica, além do esmero em enquadrar os diretos na geração/dimensão mais adequada. Esta taxonomia tornou-se um percurso basilar no cronograma de quem estuda o processo histórico de reconhecimento dos direitos humanos.
Nesta perspectiva, nosso objeto formal de análise repousa sobre as críticas que desvelam a insuficiência das teorias geracionais/dimensionais no âmbito de sua fundamentação histórica e funcional (utilidade na efetivação dos direitos humanos). Consta no vértice de nosso escopo perquirir como a taxonomia clássica se comporta em face às críticas suscitadas, assim, exsurge a questão: em quais níveis a preocupação com a divisão em gerações ou dimensões auxilia à efetivação dos direitos humanos.
No presente trabalho arguiremos em favor das seguintes teses: 1) as teorias que dividem a evolução histórica dos direitos humanos em “gerações” ou “dimensões” não se pautam em uma análise histórica rigorosa e apresentam insuficiências na alocação dos direitos em sua geração/dimensão correspondente; 2) as insuficiências do modelo geracional/dimensional podem se apresentar como empecilho à efetivação dos direitos fundamentais; 3) uma taxonomia histórica e conceitual rigorosa é importante para a construção de uma perspectiva fundamentada de como os direitos humanos surgem e se solidificam.
A Liga Acadêmica Jurídica do Pará – LAJUPA, por meio do seu Grupo de Pesquisa em Direito Internacional dos Direitos Humanos, juntamente com a Liga Acadêmica de Direito do Estado - LADE, promoveram o “II CONGRESSO AMAZÔNICO DE DIREITO INTERNACIONAL DOS DIREITOS HUMANOS: DESAFIOS ATUAIS A EFETIVAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS NA AMÉRICA LATINA”, evento realizado mediante a parceria das duas Ligas, contando com o apoio do Instituto de Ciências Jurídicas da Universidade Federal do Pará. O Congresso ocorreu nos dias 19, 20 e 21 de novembro de 2018, no Centro Universitário do Estado do Pará, CESUPA, localizado na Avenida Alcindo Cacela.
Ao lado da sociedade civil que milita na luta por direitos humanos, professores de renome regional, nacional e internacional contruiram uma programação diferenciada, que aliou: apresentação de trabalhos em 04 grupos de trabalho, oficinas, painéis, mesas redondas e uma programação cultural que fomentam os debates lançados na programação científica do evento.
O objetivo do evento em sua segunda edição foi, por meio de abordagens acadêmicas multidisciplinares, promover diálogos sobre os principais desafios a efetivação dos Direitos Humanos na América Latina, traçando um debate que também destaca as discussões e a produção científicas dos pesquisadores e pesquisadoras da região Amazônica.
Nesta segunda edição tivemos 23 trabalhos aprovados.
RESUMO DAS REGRAS DE SUBMISSÃO (EDITAL COMPLETO DISPONÍVEL PARA DOWNLOAD NO LINK https://doity.com.br/media/doity/submissoes/modelo-submissao-1df47e75fca9644cddf2c1b129837feebee050f6-regulamento.pdf)
Comissão Organizadora
Núcleo de Estudos Avançados em Direito Internacional dos Direitos Humanos
E-mail do Congresso
contato.cadidh@gmail.com
E-mail do Núcleo de Estudos Avançados em Direito Internacional dos Direitos Humanos
didh.lajupa@gmail.com
Nos dias 02, 03 e 04 de outubro de 2017, a LAJUPA, por meio do seu Grupo de Pesquisa em Direito Internacional dos Direitos Humanos promoveu a primeira edição do Congresso no auditório Benedito Nunes da Universidade Federal do Pará, que teve como temática o deslocamento de pessoas e objetivou debater suas razões e consequências por intermédio de uma perspectiva do Direito Internacional, Direitos Humanos, Geopolítica, Relações Internacionais e outras áreas mais.
Além disto, teve como objetivos específicos estabelecer um diálogo entre a teoria e a prática, a violação de direitos e a fundamentação
destes com base jurisprudencial, legal e convencional; oferecer, pautando-se na temática do deslocamento de pessoas, conhecimentos de
cunho geral acerca desta temática, bem como específicos da região amazônica; esclarecer a multidimensionalidade de fatores que impulsionam o deslocamento de pessoas (aspectos culturais, sociais, econômicos e ambientais); expor novos panoramas oriundos da teoria das relações internacionais, direito
internacional, direitos humanos e suas áreas transversais, tais como o direito
internacional, ambiental e a geopolítica.
Nesta primeira edição tivemos 6 pôsteres e 15 artigos aprovados.