O estudo do empreendedorismo feminino tem-se disseminado nas últimas três décadas; todavia, pouca atenção tem sido dada às mulheres que iniciam e desenvolvem seus negócios em um país estrangeiro, sem mencionar nos resultados de seus processos empreendedores no exterior. Este artigo examina, portanto, os resultados ao nível da firma advindos dos processos empreendedores de sessenta mulheres brasileiras que emigraram para duas nações da Europa Ocidental. Alemanha e Suécia foram escolhidas para compor esta pesquisa por serem destinos reconhecidamente incomuns para a diáspora brasileira. Os dados referentes às características sociodemográficas, perfis de negócios e trajetórias empresariais das brasileiras imigrantes foram coletados por meio de entrevistas híbridas semiestruturadas. Este estudo de caso múltiplo positivista de natureza explicativa seguiu a técnica de análise qualitativa indutiva de Gioia et al. (2013). Os achados indicam que os resultados orientados para a firma das empresárias imigrantes constituem: (i) contratação de mulheres coétnicas; (ii) contratação de outros grupos sub-representados; (iii) conformidade tributária; (iv) internacionalização de negócios; e (v) amadorismo empresarial.
Comissão Organizadora
Victor Barros
Comissão Científica