Trabalhadores qualificados que migram voluntariamente em busca de melhores condições de trabalho que as disponibilizadas em seus países de origem, muitas vezes, quando estabelecidos no país de destino, se inserem em condições de subemprego tão ou mais precarizadas que em sua situação original. O presente ensaio enseja contribuir para as reflexões acerca dos fatores relacionados ao processo de (des)qualificação do trabalhador migrante, tanto através do aporte da legislação trabalhista e sua relação com a migração, quanto dos possíveis fatores relacionados à xenofobia, nos quais se ancoram no interior dos homens as motivações para submeter seus semelhantes a tais condições, a partir da noção freudiana do “Infamiliar”. As questões abordadas corroboram a já conhecida precariedade das políticas públicas e trabalhistas no que diz respeito à atual realidade da migração ao redor do mundo todo, além do que revelam a verdade perturbadora que o estrangeiro desperta sobre a inegável estrangeiridade que todos carregam.
Comissão Organizadora
Victor Barros
Comissão Científica