O trabalho informal no Brasil tem seu histórico na desigualdade social, nas disparidades educacionais, na diferença entre gêneros e na ausência da regulamentação e fiscalização das leis para o funcionamento do trabalho. Esse estudo teve o objetivo apresentar o perfil, os desafios e perspectivas das mulheres venezuelanas que residem na região do bairro Treze de Setembro, sobre a inserção laboral na cidade de Boa Vista. Foi feito um estudo qualitativo, utilizando a pesquisa de campo e entrevistas individuais, guiadas por um roteiro de questões definidas para esse estudo. O trabalho informal e o empreendedorismo por necessidade têm sido a única saída encontrada por mulheres, principalmente as imigrantes e refugiadas venezuelanas que residem no bairro Treze de Setembro, na capital roraimense Boa Vista; além de ser uma solução para se esquivarem da xenofobia, da falta de oportunidade, da exploração no trabalho e da baixa remuneração por serviços prestados. Das dez entrevistadas, seis se identificaram como trabalhadoras informais, três como empresárias e uma não soube responder. Os resultados mostraram, ainda, que a dificuldade da inserção no mercado de trabalho formal está relacionada à falta de uma rede de apoio, por serem da nacionalidade venezuelana, além do idioma e a falta de experiência comprovada.
Comissão Organizadora
Victor Barros
Comissão Científica