DESIGUALDADE DE GÊNERO E SEUS EFEITOS NA SAÚDE DAS MULHERES

  • Autor
  • Rebecca Nascimento da Silveira Gomes
  • Co-autores
  • Juliana de Fatima da Conceição Veríssimo Lopes , Ellen Mariane Silva Santos , Marcus Vinícius Leal de Farias , Larissa Portilho Aguiar
  • Resumo
  •  INTRODUÇÃO: A desigualdade de gênero continua sendo um dos principais desafios globais, com impactos profundos na saúde das mulheres. Em muitas sociedades, as mulheres enfrentam barreiras estruturais que limitam seu acesso a serviços de saúde adequados, resultando em disparidades nos cuidados recebidos que refletem diferenças no atendimento e uma menor autonomia das mulheres sobre suas próprias escolhas de saúde. OBJETIVO: Analisar o impacto das desigualdades de gênero no acesso a serviços de saúde pelas mulheres. METODOLOGIA: Trata-se de revisão integrativa elaborada através de pesquisa nos bancos de dados Biblioteca Virtual em Saúde e EBSCOHost. Como estratégia de busca utilizou-se descritores do DeCS/MeSH articulados por operadores booleanos, resultando na estratégia de busca: (Equidade de Gênero OR Gender Equity) AND (Mensuração das Desigualdades em Saúde OR Health Inequality Monitoring) AND (Saúde da Mulher OR Women’s Health). Foram incluídos cinco artigos disponíveis integralmente online, em português ou inglês, publicados nos últimos cinco anos (2019-2024), excluindo-se revisões. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Verificou-se a manutenção das desigualdades de gênero e renda nas últimas décadas. Embora a saúde tenha melhorado significativamente em várias regiões ao longo das últimas décadas, as mulheres ainda enfrentam barreiras substanciais no acesso a cuidados de saúde de qualidade. Essas desigualdades são amplamente influenciadas por fatores como a posição socioeconômica, a etnia, a orientação sexual e a condição de deficiência, que se combinam para agravar a situação das mulheres em diversos contextos. A equidade em saúde orienta ações em saúde pública, mas carece de implementação prática, refletindo a necessidade de políticas pró-equitativas que transcendam a retórica e abordem as causas estruturais das desigualdades. A falta de acesso igualitário aos serviços de saúde é um dos principais fatores que perpetuam essas disparidades visto que mulheres em situação de pobreza, de minorias étnicas ou vivendo em regiões geograficamente isoladas encontram maiores dificuldades para acessar serviços essenciais. Ademais, fatores estruturais como o impacto contínuo das mudanças climáticas e das ameaças ambientais também influenciam a saúde das mulheres, especialmente em áreas rurais ou em desenvolvimento; enquanto o colonialismo histórico e o racismo limitam o progresso na equidade de saúde, afetando principalmente mulheres de comunidades marginalizadas, influenciando negativamente a saúde reprodutiva, materna e infantil, e perpetuando um ciclo de exclusão. Por fim, novas tecnologias, como inteligência artificial e análise de dados avançada, surgem na área da saúde com potencial e risco, especialmente quando não projetadas com um enfoque na equidade – ao não considerar as nuances dos determinantes sociais da saúde, podem reproduzir ou exacerbar desigualdades de gênero, de modo que sua implementação deve ser acompanhada de compromisso com a inclusão e a justiça social, garantindo que todas as mulheres, independentemente de sua condição socioeconômica ou demográfica, se beneficiem igualmente dos avanços tecnológicos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Logo, há um longo caminho a ser percorrido para alcançar a equidade de gênero nos serviços de saúde, exigindo que profissionais de diversas áreas assumam papel ativo na redução das disparidades. Apenas por meio de ações coordenadas e de um compromisso com a equidade será possível garantir acesso igualitário aos cuidados de saúde.

  • Palavras-chave
  • Desigualdades em Saúde, Equidade de gênero, Saúde da Mulher.
  • Área Temática
  • Saúde da Mulher
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