INTRODUÇÃO: As emergências psiquiátricas durante a gravidez representam um desafio para a segurança do paciente e do feto. A enfermagem tem um papel importante na avaliação, estabilização e coordenação dos cuidados, garantindo intervenções de qualidade e eficaz. As condições psiquiátricas em gestantes podem afetar diretamente o estado psicológico da mãe e exigir diferentes abordagens. OBJETIVO: Revisar as principais ações de enfermagem em emergências psiquiátricas na gravidez e enfatizar as condutas para garantir a segurança do paciente e do bebê. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão de literatura na base de dados PUBMED, os critérios de inclusão foram: artigos publicados entre 2014 e 2024 que respondam à pergunta norteadora “quais condutas de enfermagem para emergências psiquiátricas na obstetrícia? ” Foram utilizados os descritores (DeCs): “emergência psiquiátrica” e “gravidez”. Com a aplicação dos descritores e critérios de inclusão, foram revisados 5 artigos de língua inglesa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os estudos revisados ??indicam que nas emergências psiquiátricas com gestantes, as medidas de enfermagem são essenciais para garantir a segurança materna e fetal. Uma avaliação psiquiátrica completa é um dos passos essenciais e é importante que a equipe de atendimento reconheça riscos potenciais, como comportamento agressivo ou violento, e continue monitorando o paciente para evitar complicações. Além disso, é comum o uso de intervenções farmacológicas nesta situação. Medicamentos como antipsicóticos, bem como benzodiazepínicos, são frequentemente usados ??para estabilizar o estado mental do paciente. Contudo, o enfermeiro deve estar atento aos possíveis efeitos colaterais do medicamento, sempre considerando os riscos ao feto. Os cuidados de enfermagem também devem ser personalizados, baseados nas necessidades do paciente, do feto e da família. Um aspecto importante deste tratamento é criar um ambiente seguro e estimular interações positivas entre mãe e bebê, sendo também recomendada a participação do casal e da família no processo de tratamento. O trabalho da enfermagem neste contexto não é feito de forma isolada e a coordenação com outros profissionais de saúde, como psiquiatras e obstetras, é essencial. Uma abordagem multidisciplinar facilita o planeamento e a implementação de medidas destinadas a problemas mentais e reprodutivos e apoia cuidados melhores e mais abrangentes. Finalmente, o sofrimento mental durante a gravidez pode levantar questões éticas, especialmente em situações como o aborto mental. A enfermagem deve agir de acordo com as diretrizes éticas estabelecidas. O cuidado deve ser sempre centrado no paciente, respeitar sua dignidade e tomar decisões baseadas na colaboração entre a equipe de saúde e a família. CONCLUSÃO: O trabalho da enfermagem nas emergências psiquiátricas durante a gravidez é importante para garantir a estabilidade da paciente e a segurança do feto. As intervenções devem ser orientadas por uma avaliação cuidadosa, tratamento seguro e abordagem multidisciplinar. Os cuidados pessoais e o envolvimento da família, bem como as considerações éticas em casos complexos, são fundamentais para melhorar os resultados maternos e fetais.
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