INTRODUÇÃO: A condição de ser mulher traz atrelada a possibilidade da vivência da maternidade, dessa forma, falar de gestação é essencial ao discutir temas de saúde pública da feminina, bem como abordar a mortalidade materna durante a pandemia por COVID 19 é imprescindível. A China o teve o primeiro caso de SASCOV-2 notificado pela OMS (Organização Mundial de Saúde), assim iniciou o estado de pandemia inédito na história contemporânea da humanidade, como vírus foi intitulado de COVID-19 (de ALBUQUERQUE, 2020). De forma rápida entrou no radar de pandemia, devido à alta taxa de transmissibilidade e mortalidade, na populac?a?o mundial com mais de tre?s milho?es de pessoas mortas no mundo, sendo dessas no Brasil mais de quinhentos mil. (BARBOSA, 2020). Ter COVID 19 antes da instauração da vacina no calendário vacinal do Brasil poderia estar associado ao fator preditivo negativo se o indivíduo compusesse grupo de risco. Ser gestante enquadrava-se nessa condição de grupo risco devido a imunossupressão que fisiologicamente a gestação ocasiona (VILAR, 2013). OBJETIVO: Entender o perfil clínico e epidemiológico das gestantes e puérperas que evoluíram para óbito com diagnóstico confirmado de COVID-19 no período estabelecido pela OMS como pandemia. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura com busca nas bases de dados: SCIELLO, LILACS e MEDLINE; utilizando os descritores Assistência à Saúde da Mãe e da Criança, Política Nacional de Assistência à Saúde da Mulher; Gestação; COVID-19. Como critério de inclusão no estudo a existência do artigo completo e disponível de forma gratuita digital e exclusão o não cumprimento dessas condições previamente estabelecidas. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Há aumento percentual do óbito de gestantes no Brasil de 25% nos picos de mortalidade, esses resultados que corroboram com que até então há descrito na literatura encontrados por URQUIZA, 2021 com público de estudo de mulheres gestantes que vieram a óbito por COVID-19. A demora em incluir as gestantes como grupo de risco pode ter sido um dos fatores para alta mortalidade materna, pois apesar da literatura já confirmar a condição de imunossupressão da gestação há décadas o Sistema Unico de Saúde Brasileiro teve ações desconexas com a OMS, dando-lhe o mérito de negacionista durante um certo período antes inclusão das gestantes no grupo de risco (CLODE, 2020). ALVES em seu estudo no estado de Pernambucoem 2024 trouxe como associação que se a gestante for obesa há 25% mais chances de mortalidade materna por COVID-19 (ALVES, 2024). CONCLUSÃO: A relevância é inquestionável quanto a temática estudada, ainda se faz necessário mais aprofundamento nos estudos da mortalidade materna em gestantes contaminadas por COVID19.
Comissão Organizadora
Ananda Coelho
Bruno Luiz De Souza
Comissão Científica