A persistência do quarto arco aórtico direito e uma anomalia congênita que ocorrendo por malformações dos grandes vasos e de seus ramos, levando ao aprisionamento ou garroteamento do segmento esofágico torácico, causando compressão e obstrução, levando a formação de megaesôfago segmentar secundário. Diante dessa temática objetiva-se relatar o caso de um canino da raça buldogue francês, macho, 2 meses de idade que como queixa principal apresentava regurgitação após se alimentar, engasgos e perda progressiva de peso. Durante a avaliação física pode se observar movimentos de regurgitação constante, como também área de consistência anormal em região medial esquerda de pescoço, em topografia condizente com esôfago cervical. A partir da clínica do paciente foi realizado o exame radiografia, e utilização do método de imagem esofagograma, observando-se em projeções laterais a radiopacidade do contraste de forma circunscrita e topografia cervico-torácica, achados radiográficos de dilatação esofágica, classificando-se como megaesôfago segmentar que diante da história clínica, exame físico e imagem, pode-se concluir que a patologia era a persistência do quarto arco aórtico, que levou ao garroteamento esofágico. A terapêutica instituída foi a cirúrgica com a toracotomia e posterior ruptura do ligamento arterioso para liberar o esôfago. Diante do presente relato conclui-se que a radiografia contratada esofagoframa pode ser um método eficaz para o diagnóstico de anomalias do anel vascular e, por conseguinte, do megaesôfago segmentar, associando aos sinais clínicos apresentados pelo animal e os achados do exame físico, possibilitando diagnóstico preciso e precoce, aumentando assim as chances de recuperação do paciente.
Comissão Organizadora
Thais Ferreira Feitosa
Comissão Científica