A qualidade do leite é essencial para a indústria de laticínios e consumidores, pois impacta diretamente a segurança alimentar e a saúde pública. A adulteração do leite, incluindo adição de glicose, maltodextrina, neutralizantes, peróxido de hidrogênio e ureia, visa aumentar volume, melhorar aparência ou esconder falhas na produção, comprometendo o valor nutricional e a segurança dos consumidores. Este estudo teve como objetivo diagnosticar a presença de adulterantes no leite na região do Sertão Paraibano. Foram analisadas 76 amostras usando crioscopia e termolactodensímetro para verificar a densidade e o ponto de congelamento do leite, além de tiras reagentes para identificação de adulterantes. Os resultados revelaram que 68,4% das amostras estavam fora dos padrões de densidade e 43,4% fora dos padrões de crioscopia estabelecidos pela legislação (IN 76/2018), indicando possíveis adulterações como adição de água ou retirada de gordura. Embora não tenha sido detectada a presença de neutralizantes, peróxido de hidrogênio e ureia, 40,7% das amostras apresentaram glicose e maltodextrina. Esses achados ressaltam a prevalência de fraudes no leite cru, enfatizando a necessidade imperativa de rigoroso controle para garantir sua qualidade e segurança.
Comissão Organizadora
Thais Ferreira Feitosa
Comissão Científica
Vinícius Longo Ribeiro Vilela