Sporothrix schenckii, conhecido como esporotricose, é uma micose subcutânea que afeta várias espécies de animais, incluindo felinos, e é considerada uma zoonose. A esporotricose é especialmente prevalente em climas úmidos e temperados, com a espécie Sporothrix brasiliensis sendo a mais comum no Brasil. Gatos machos, não castrados e com acesso à rua são os maiores transmissores da doença, exibindo feridas ulcerativas e alopecia em regiões frequentemente lesionadas durante brigas. Embora a imunossupressão em felinos fosse anteriormente considerada um fator significativo, estudos recentes indicam que o prognóstico está mais relacionado à imunidade do hospedeiro, tempo de diagnóstico e precisão do tratamento. O trabalho tem como objetivo relatar o caso de um felino macho, jovem e não castrado, resgatado e tratado no HVET-UNIFIP, que apresentava uma lesão ulcerada na região axilar. O diagnóstico foi confirmado através de citologia e cultura micológica, mostrando a presença de Sporothrix schenckii. O tratamento com Itraconazol por dois meses, associado a uma dieta adequada, resultou na completa regressão da lesão em aproximadamente um mês. Este caso destaca a importância de um diagnóstico rápido e tratamento correto para o prognóstico favorável da esporotricose. A educação dos tutores sobre cuidados preventivos é crucial para controlar a disseminação desta zoonose emergente.
Comissão Organizadora
Thais Ferreira Feitosa
Comissão Científica
Vinícius Longo Ribeiro Vilela