O leite é um dos produtos mais importantes para a agropecuária brasileira, superando até mesmo o café e o arroz. No entanto, a mastite, uma inflamação das glândulas mamárias comum em vacas leiteiras, afeta negativamente a produção e a qualidade do leite, prejudicando a saúde dos animais e a economia dos produtores. Este estudo teve como objetivo avaliar a qualidade do leite no município de Coremas, no Sertão da Paraíba, por meio de um estudo de campo quantitativo. A pesquisa envolveu a coleta de dados de 374 vacas em lactação de 45 propriedades leiteiras. Foi observada uma alta prevalência de mastite subclínica e práticas inadequadas de manejo de ordenha e controle sanitário. As propriedades não seguem as normativas do Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal (RIISPOA), com 30% das vacas apresentando mastite subclínica em 16 fazendas, totalizando 148 vacas afetadas, e uma capacidade produtiva de 122 litros de leite por fazenda. A maioria das fazendas não praticava um manejo sanitário adequado, resultando em uma alta contagem de células somáticas no leite. Concluiu-se que a qualidade do leite no município de Coremas é insatisfatória devido à alta prevalência de mastite subclínica, falta de manejo de ordenha adequado e não conformidade com os controles sanitários do RIISPOA.
Comissão Organizadora
Thais Ferreira Feitosa
Comissão Científica
Vinícius Longo Ribeiro Vilela