Ao contrário dos mamíferos, as aves possuem pulmões pequenos e rígidos conectados a sacos aéreos que se estendem por todo o corpo. Essa anatomia única garante um fluxo de ar unidirecional e eficiente, otimizando a respiração durante o voo e a regulação da temperatura corporal. No entanto, essa complexa estrutura também torna os psitacídeos mais suscetíveis a problemas respiratórios. Um filhote de periquito-australiano (Melopsittacus undulatus) foi atendido apresentando bolhas de ar subcutâneas por grande parte do corpo. O diagnóstico de ruptura de sacos aéreos foi confirmado após punção do ar retido. Apesar da estabilidade clínica inicial, o enfisema apresentou recidivas, exigindo novas punções. O tratamento perdurou por 23 dias, logo após havendo agravamento do quadro seguido do óbito do animal O caso apresentado destaca a importância de se aprofundar o entendimento acerca sistema respiratório das aves visando assim diagnóstico e tratamento precisos nos casos de doenças que afetem a integridade dos sacos aéreos.
Comissão Organizadora
Thais Ferreira Feitosa
Comissão Científica
Vinícius Longo Ribeiro Vilela