O objetivo deste estudo foi realizar uma análise da ocorrência de dermatofitose em animais domésticos atendidos no Hospital Veterinário do Instituto Federal da Paraíba, localizado em Sousa/PB. Foram analisados 598 exames parasitológicos de pele e 93 cultivos fúngicos de animais de pequeno e grande porte, enviados ao Laboratório Parasitologia Veterinária, no período de Janeiro de 2015 a Julho de 2024 com suspeitas de dermatofitose. O diagnóstico das dermatopatias fúngicas baseou-se na anamnese, no exame dermatológico, nos dados epidemiológicos e nos exames complementares. A frequência de lesões sugestivas de fungos nos exames parasitológicos de pele encontradas neste estudo foi de 9,5% (57/598) e da cultura fúngica 8,6% (8/93), sendo estes de cães 63,1% (36/57), 21% (12/57) felinos e 33,3% (19/57) equinos. Neste estudo 9,4% (8/85) das amostras foram positivadas, sendo identificados: 4,3% (4/93) Microsporum canis; 2,1% (2/93) Microsporum gypseum; 2,1% (2/93) Trichophyton mentagrophytes. Com relação ao sexo, do total de animais com dermatofitose, 74 (48,6%) eram machos e 78 (51,4%) eram fêmeas. Observou-se a maior ocorrência em cães, fêmea e adultos (acima de 12 meses). Concluiu-se que as dermatofitoses são de alta ocorrência em animais atendidos no HV/ IFPB, sendo os principais dermatófitos M. canis, em cães, e M. gypseum, em gatos.
Comissão Organizadora
Thais Ferreira Feitosa
Comissão Científica
Vinícius Longo Ribeiro Vilela