A mumificação fetal é um distúrbio reprodutivo resultante da morte fetal, caracterizado por um mecanismo asséptico e idiopático de reabsorção dos fluidos, deposição de cálcio e desidratação dos tecidos moles. Foi atendida no município de Araripina-PE uma mini vaca da raça Jersey, com oito anos de idade, criada em manejo semi-intensivo, para realização de um protocolo hormonal. O protocolo utilizado foi: (D0) administração intramuscular de 2mL de Benzoato de Estradiol (Gonadiol) associado ao implante de P4. Após 8 dias (D7), foi administrado intramuscular 2,5mL de Prostaglandina. Em seguida (D9), foi realizado 0,5mL de Cipionato de Estradiol (E.C.P), 2,5mL de Prostaglandina e a remoção do implante de P4. Após 36 horas, foi confirmado que o animal apresentava cio e realizada a cobertura com um mini touro através da monta controlada, sendo a gestação confirmada após 60 dias. Decorridos os 7 meses de gestação, a proprietária relatou que o animal não apresentava sinais de prenhez. Foi realizada palpação transretal, que identificou um aumento da parede uterina com a presença de uma massa de consistência firme em seu interior e ausência de frêmito da artéria uterina média. Foram administrados 2 mL de Prostaglandina para induzir a remoção do feto e, no dia seguinte, foi necessário o auxílio profissional para a retirada manual do feto, seguido de antibioticoterapia de suporte com Terramicina LA. Conclui-se que a palpação retal e o acompanhamento veterinário foram determinantes para o diagnóstico e tratamento corretos, sendo o objetivo do presente relato descrever informações sobre uma anomalia ainda pouco documentada.
Comissão Organizadora
Thais Ferreira Feitosa
Comissão Científica
Vinícius Longo Ribeiro Vilela
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