Linfoma cutâneo epiteliotrópico é considerado raro em cães. Em virtude disso, objetivou-se relatar os achados clínicos e patológicos do linfoma cutâneo epiteliotrópico em um cão com aparecimento de lesões típicas da doença. Um paciente, canino, SRD, macho, com 7 anos de idade que há dois meses apresentou gengivite, nódulos no subcutâneo e lesões ulceradas no focinho, associadas a prurido e edema. Realizou-se o exame citológico das lesões cutâneas, que foi sugestivo para linfoma. Diante do prognóstico desfavorável, optou-se pela eutanásia e realização de necropsia. Macroscopicamente observou-se espessamento acentuado da mucosa oral, gengiva e plano nasal, causando discreta deformidade facial. Microscopicamente, havia, na pele do focinho e nódulos subcutâneos, proliferações de linfócitos neoplásicos na camada subepidérmica, além de acentuado espessamento de camada epidérmica, com presença de microabcessos de Pautrier. Conclui-se que o linfoma cutâneo epiteliotrópico ocorre em cães, com apresentação clínica pleomórfica, destacando a necessidade do exame histopatológico para a classificação e diagnóstico da neoplasia.
Comissão Organizadora
Thais Ferreira Feitosa
Comissão Científica
Vinícius Longo Ribeiro Vilela