DISPARIDADE DE GÊNERO NA MORTALIDADE POR ARMAS DE FOGO EM ALAGOAS: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA.

  • Autor
  • Pedro Henrique Fontan Contim
  • Co-autores
  • José Nelson Bomfim de Araújo Neto , Iago Mendes Leonel Freire , Jonathan Paulo Bertrand de Oliveira Esteves , Arisson Figueredo Carnaúba de Araújo , Camila de Barros Prado Moura Sales , Elaine Cristina Torres Oliveira
  • Resumo
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    Introdução: Violência é o uso de força física ou meios diversos para causar danos físicos e/ou psicológicos. Em 2023, Alagoas foi o quinto Estado do Nordeste em óbitos por arma de fogo. Desse modo, analisar indicadores epidemiológicos é essencial para melhorias. Objetivo: Analisar a mortalidade por armas de fogo em Alagoas, com foco nas diferenças entre os gêneros, visando identificar padrões epidemiológicos. Metodologia: Estudo ecológico retrospectivo com dados do DATA-SUS, do Sistema de Informações sobre Mortalidade, focando em Alagoas. Aplicaram-se filtros: Categoria CID-10 (X93, X94, X95), Sexo e Óbitos por Residência, no período de 2019 a 2023. As informações sobre a população masculina e feminina foram obtidas dos dados demográficos socioeconômicos, População Residente e da Projeção da População das Unidades da Federação: 2000-2070 (edição 2024). Resultados: Os dados de mortalidade revelaram a distribuição dos óbitos por residência relacionados a agressões por disparo de arma de fogo no estado de Alagoas, estratificados por sexo ao longo dos anos. Em 2019, a taxa foi de 50,72 óbitos por 100.000 habitantes entre homens e 2,83 óbitos por 100.000 entre mulheres. No ano de 2020, as taxas foram de 53,28 por 100.000 para homens e 2,52 por 100.000 para mulheres. Em 2021, os índices registrados foram de 45,52 por 100.000 em homens e 1,74 por 100.000 em mulheres. No ano de 2022, observou-se uma taxa de 51,33 por 100.000 para homens e 1,92 por 100.000 para mulheres. Em 2023, as taxas foram de 54,05 por 100.000 em homens e 2,7 por 100.000 em mulheres. Conclusão: A análise dos resultados revelou alta disparidade de gênero na mortalidade por armas de fogo em Alagoas, com predomínio de óbitos entre homens, reforçando a urgência de políticas públicas para prevenção e enfrentamento desse tipo de violência. Avanços do estudo ao conhecimento: Os dados e as análises epidemiológicas desse estudo podem auxiliar na formulação de políticas públicas contra a violência armada com foco na disparidade de gênero em Alagoas.

     

  • Palavras-chave
  • Saúde Pública. Segurança Pública. Gênero.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Linha 5: Gênero, diversidades e saúde
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O eixo Integração Ensino, Serviço e Comunidade (ISEC) está presente na estrutura curricular do curso de Medicina do Centro Universitário Cesmac de forma transversal, acompanhando o estudante durante todo o percurso formativo. O processo atende as diretrizes curriculares nacionais, que apontam para a formação de um profissional atento à realidade sócio sanitária da população e aos princípios da ética, humanismo, reflexividade e formação integral.

Com o objetivo de proporcionar o encontro interdisciplinar de todos os módulos que compõem o eixo ISEC, que compreendem do ISEC 1 ao ISEC 8, foi realizada a III Exposição Científica do Eixo ISEC (III ExpoISEC), buscando dialogar a formação médica no âmbito da Atenção Primária à Saúde e do Sistema Único de Saúde. O evento contou com a participação dos discentes do curso apresentando trabalhos acadêmicos científicos (119 trabalhos) abordando a temática central nos espaços de discussão de cada módulo do eixo.

Com a temática “Equidade em Saúde: O Desafio da Medicina Contemporânea” a III ExpoISEC trouxe para o cenário de discussão o princípio da equidade, não apenas como uma questão teórico-metodológica, mas também como uma demanda social, deslocando o tema da periferia para a centralidade do processo formativo. Ter a equidade em saúde como tema central de discussão se justifica pela sua relação com a redução das desigualdades, a garantia de justiça social e direitos humanos e a eficácia dos sistemas de saúde. A equidade em saúde é tema fundamental para os futuros profissionais que buscam soluções para tornar a medicina mais acessível e justa para todos.

Para o desenvolvimento do evento e a discussão da temática central, os trabalhos desenvolvidos pelos discentes, orientados pelos docentes do eixo e aqui apresentados, foram distribuídos nas seguintes linhas: 1. Desigualdades em saúde e determinantes sociais da saúde; 2. Atenção integral em saúde; 3. Disparidades raciais, étnicas, socioeconômicas e geográficas na saúde; 4. Saúde da população negra e 5. Gênero, diversidades e saúde.

Estes anais constituem um registro permanente das discussões e contribuições de discentes e docentes sobre a equidade em saúde e os desafios para a Medicina Contemporânea.

  • Linha 1: Desigualdades em saúde e determinantes sociais da saúde
  • Linha 2: Atenção integral à saúde
  • Linha 3: Disparidades raciais, étnicas, socioeconômicas e geográficas na saúde
  • Linha 4: Saúde da população negra
  • Linha 5: Gênero, diversidades e saúde

Comissão Organizadora

Emanuella Pinheiro de Farias Bispo
Elaine Cristina Tôrres Oliveira
Bárbara Patrícia da Silva Lima
Rafaela Brandão Almeida Ambrosio

Comissão Científica

Adalberto Gomes das Graças Bisneto
Amanda Vasconcelos de Carvalho Souza
Ana Lúcia Soares Tojal
Andressa Pereira Peixoto Barbosa
Bárbara Patrícia da Silva Lima
Camila de Barros Prado Moura Sales
Elaine Cristina Tôrres Oliveira
Elisabete Mendonça Rêgo Peixoto
Emanuella Pinheiro de Farias Bispo
Karini Vieira Menezes de Omena
Larissa Virgínia Lins de Alencar Silva
Lúcio Vasconcellos de Verçoza
Magda Fernanda Lopes de Oliveira Andrade
Osmar Kleddson Pinheiro Canuto Rocha
Rafaela Brandão Almeida Ambrosio
Vivianne de Lima Biana de Assis

 

As edições anteriores da EXPOISEC estão disponíveis no endereço: Anais das edições anteriores da EXPOISEC