INTERNAÇÕES POR SÍFILIS CONGÊNITA NA POPULAÇÃO NEGRA EM MACEIÓ (2019–2023)

  • Autor
  • Nicolas Pepe
  • Co-autores
  • Bella Vanessa Machado Canuto Chaves , Maria Julia Rodrigues Bezerra de Menezes , Lindda Flávia Machado Canuto Chaves , Janine Muritiba Omena Pereira , Elaine Cristina Torres Oliveira , Camila de Barros Prado Moura Sales
  • Resumo
  • Introdução: A sífilis congênita, infecção vertical evitável, segue como desafio

    de saúde pública. Em Maceió, destaca-se a desigualdade racial nas

    internações, com maior impacto sobre a população negra em situação de

    vulnerabilidade. Objetivo: Analisar as internações por sífilis congênita em

    Maceió entre 2019 e 2023, segundo raça/cor, com foco na saúde da população

    negra. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo e descritivo, com

    estruturação de indicadores a partir de dados secundários obtidos na base do

    Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH-SUS) no período de 2019 a

    2023. Foram extraídos e organizados dados de internações por sífilis

    congênita, como fator de morbidade, na microrregião de Maceió, considerando

    raça/cor (branca, parda e preta), dividido por ano e elucidada a proporção

    através de distribuição estatística. Resultados: Entre 2019 e 2023, foram

    registradas 1.151 internações por sífilis congênita em Maceió. Em 2019,

    ocorreram 173 casos, sendo 171 (98,84%) em negros e 2 (1,16%) em brancos.

    Em 2020, o total subiu para 217, com 213 (98,15%) em negros e 4 (1,85%) em

    brancos. Em 2021, foram 261 internações, 260 (99,61%) em negros e 1

    (0,38%) em branco. Em 2022, o total foi de 228 casos, todos em negros

    (100%). Em 2023, o número subiu para 272, novamente com 100% dos casos

    em negros. A partir de 2022, não foram mais registrados casos entre brancos.

    Ao longo do período analisado, 1.133 (98,44%) das internações ocorreram

    entre negros, e 18 (1,56%) entre brancos. Conclusão: Entre 2019 e 2023,

    observou-se proporção crescente nas internações por sífilis congênita em

    Maceió, com concentração progressiva entre negros, que passaram a

    representar 100% dos casos a partir de 2022. Avanços do estudo ao

    conhecimento: Entre 2019 e 2023, os casos de sífilis congênita em Maceió se

    concentraram na população negra, indicando possíveis desigualdades sociais e

    raciais no acesso à saúde.

  • Palavras-chave
  • População negra, internação hospitalar, sífilis congênita
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Linha 4: Saúde da população negra
Voltar

O eixo Integração Ensino, Serviço e Comunidade (ISEC) está presente na estrutura curricular do curso de Medicina do Centro Universitário Cesmac de forma transversal, acompanhando o estudante durante todo o percurso formativo. O processo atende as diretrizes curriculares nacionais, que apontam para a formação de um profissional atento à realidade sócio sanitária da população e aos princípios da ética, humanismo, reflexividade e formação integral.

Com o objetivo de proporcionar o encontro interdisciplinar de todos os módulos que compõem o eixo ISEC, que compreendem do ISEC 1 ao ISEC 8, foi realizada a III Exposição Científica do Eixo ISEC (III ExpoISEC), buscando dialogar a formação médica no âmbito da Atenção Primária à Saúde e do Sistema Único de Saúde. O evento contou com a participação dos discentes do curso apresentando trabalhos acadêmicos científicos (119 trabalhos) abordando a temática central nos espaços de discussão de cada módulo do eixo.

Com a temática “Equidade em Saúde: O Desafio da Medicina Contemporânea” a III ExpoISEC trouxe para o cenário de discussão o princípio da equidade, não apenas como uma questão teórico-metodológica, mas também como uma demanda social, deslocando o tema da periferia para a centralidade do processo formativo. Ter a equidade em saúde como tema central de discussão se justifica pela sua relação com a redução das desigualdades, a garantia de justiça social e direitos humanos e a eficácia dos sistemas de saúde. A equidade em saúde é tema fundamental para os futuros profissionais que buscam soluções para tornar a medicina mais acessível e justa para todos.

Para o desenvolvimento do evento e a discussão da temática central, os trabalhos desenvolvidos pelos discentes, orientados pelos docentes do eixo e aqui apresentados, foram distribuídos nas seguintes linhas: 1. Desigualdades em saúde e determinantes sociais da saúde; 2. Atenção integral em saúde; 3. Disparidades raciais, étnicas, socioeconômicas e geográficas na saúde; 4. Saúde da população negra e 5. Gênero, diversidades e saúde.

Estes anais constituem um registro permanente das discussões e contribuições de discentes e docentes sobre a equidade em saúde e os desafios para a Medicina Contemporânea.

  • Linha 1: Desigualdades em saúde e determinantes sociais da saúde
  • Linha 2: Atenção integral à saúde
  • Linha 3: Disparidades raciais, étnicas, socioeconômicas e geográficas na saúde
  • Linha 4: Saúde da população negra
  • Linha 5: Gênero, diversidades e saúde

Comissão Organizadora

Emanuella Pinheiro de Farias Bispo
Elaine Cristina Tôrres Oliveira
Bárbara Patrícia da Silva Lima
Rafaela Brandão Almeida Ambrosio

Comissão Científica

Adalberto Gomes das Graças Bisneto
Amanda Vasconcelos de Carvalho Souza
Ana Lúcia Soares Tojal
Andressa Pereira Peixoto Barbosa
Bárbara Patrícia da Silva Lima
Camila de Barros Prado Moura Sales
Elaine Cristina Tôrres Oliveira
Elisabete Mendonça Rêgo Peixoto
Emanuella Pinheiro de Farias Bispo
Karini Vieira Menezes de Omena
Larissa Virgínia Lins de Alencar Silva
Lúcio Vasconcellos de Verçoza
Magda Fernanda Lopes de Oliveira Andrade
Osmar Kleddson Pinheiro Canuto Rocha
Rafaela Brandão Almeida Ambrosio
Vivianne de Lima Biana de Assis

 

As edições anteriores da EXPOISEC estão disponíveis no endereço: Anais das edições anteriores da EXPOISEC