ITINERÁRIOS TERAPÊUTICOS E BARREIRAS DE ACESSO: ANÁLISE CRÍTICA DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL A MULHERES COM TRANSTORNOS POR DROGADIÇÃO

  • Autor
  • Gabriel Pastori Mesquita
  • Co-autores
  • Letícia Raquel Lima de Siqueira , Nicole Beatriz Barros de Sá Freitas , João Victor Maiorano Santana , Larissa Karolaine Ferreira dos Santos Moura , Ana Cecilia Freitas Milhazes , Emanuella Pinheiro de Farias Bispo , Bárbara Patrícia da Silva Lima
  • Resumo
  • Introdução: A atenção psicossocial às mulheres drogadictas sofre desafios no Brasil. Barreiras como falta de apoio, responsabilidades maternas, medo de perder a guarda dos filhos e dificuldades financeiras são entraves enfrentadas pelas pacientes. Objetivo: Analisar os desafios enfrentados por mulheres em uso de substâncias psicoativas quanto à adesão ao tratamento na Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) do SUS, considerando aspectos sociais, estruturais e institucionais do cuidado. Metodologia: Revisão de literatura nas bases SciELO e BVS. Na BVS, foram aplicados os descritores “Mulheres”, “Drogadição” e “Centro de Atenção Psicossocial” com o operador booleano “AND”, entre 2015 e 2025. Foram encontrados 74 artigos, sendo selecionados 3. Na LILACS, utilizaram-se “Atenção psicossocial”, “Mulheres” e “Drogas” (AND), sem filtro temporal; 19 artigos foram encontrados e 3 selecionados. Os 6 artigos foram selecionados após leitura dos títulos e resumos, após isso, lidos inteiramente. Resultados: As mulheres atendidas nos CAPS AD são majoritariamente negras, de baixa escolaridade, desempregadas, chefes de família e em vulnerabilidade social. Os estudos apontam que as pacientes enfrentam itinerários fragmentados e iniciam o tratamento em momentos críticos, motivadas por perdas, imposições ou desejo de mudança. Há acolhimento específico deficitário e falhas na aplicação do Projeto Terapêutico Singular (PTS), com pouca articulação na rede. A adesão ao tratamento é dificultada por estigma, racismo institucional, responsabilidade familiar e medo da exposição social. Muitas iniciam o tratamento, mas abandonam por falta de apoio ou de acolhimento. Conclusão: Os desafios sociais, institucionais e estruturais dificultam a adesão das mulheres em uso de artifícios na RAPS. Superar isso exige políticas intersetoriais, acolhimento sensível à gênero e à raça e fortalecimento de redes de suporte contínuo. Avanços do estudo ao conhecimento: O estudo destaca a importância de estratégias intersetoriais e do cuidado singular para melhorar a adesão ao tratamento de mulheres em uso de substâncias na RAPS. 

  • Palavras-chave
  • Centro de Atenção Psicossocial; Drogadição; Mulheres
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Linha 5: Gênero, diversidades e saúde
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O eixo Integração Ensino, Serviço e Comunidade (ISEC) está presente na estrutura curricular do curso de Medicina do Centro Universitário Cesmac de forma transversal, acompanhando o estudante durante todo o percurso formativo. O processo atende as diretrizes curriculares nacionais, que apontam para a formação de um profissional atento à realidade sócio sanitária da população e aos princípios da ética, humanismo, reflexividade e formação integral.

Com o objetivo de proporcionar o encontro interdisciplinar de todos os módulos que compõem o eixo ISEC, que compreendem do ISEC 1 ao ISEC 8, foi realizada a III Exposição Científica do Eixo ISEC (III ExpoISEC), buscando dialogar a formação médica no âmbito da Atenção Primária à Saúde e do Sistema Único de Saúde. O evento contou com a participação dos discentes do curso apresentando trabalhos acadêmicos científicos (119 trabalhos) abordando a temática central nos espaços de discussão de cada módulo do eixo.

Com a temática “Equidade em Saúde: O Desafio da Medicina Contemporânea” a III ExpoISEC trouxe para o cenário de discussão o princípio da equidade, não apenas como uma questão teórico-metodológica, mas também como uma demanda social, deslocando o tema da periferia para a centralidade do processo formativo. Ter a equidade em saúde como tema central de discussão se justifica pela sua relação com a redução das desigualdades, a garantia de justiça social e direitos humanos e a eficácia dos sistemas de saúde. A equidade em saúde é tema fundamental para os futuros profissionais que buscam soluções para tornar a medicina mais acessível e justa para todos.

Para o desenvolvimento do evento e a discussão da temática central, os trabalhos desenvolvidos pelos discentes, orientados pelos docentes do eixo e aqui apresentados, foram distribuídos nas seguintes linhas: 1. Desigualdades em saúde e determinantes sociais da saúde; 2. Atenção integral em saúde; 3. Disparidades raciais, étnicas, socioeconômicas e geográficas na saúde; 4. Saúde da população negra e 5. Gênero, diversidades e saúde.

Estes anais constituem um registro permanente das discussões e contribuições de discentes e docentes sobre a equidade em saúde e os desafios para a Medicina Contemporânea.

  • Linha 1: Desigualdades em saúde e determinantes sociais da saúde
  • Linha 2: Atenção integral à saúde
  • Linha 3: Disparidades raciais, étnicas, socioeconômicas e geográficas na saúde
  • Linha 4: Saúde da população negra
  • Linha 5: Gênero, diversidades e saúde

Comissão Organizadora

Emanuella Pinheiro de Farias Bispo
Elaine Cristina Tôrres Oliveira
Bárbara Patrícia da Silva Lima
Rafaela Brandão Almeida Ambrosio

Comissão Científica

Adalberto Gomes das Graças Bisneto
Amanda Vasconcelos de Carvalho Souza
Ana Lúcia Soares Tojal
Andressa Pereira Peixoto Barbosa
Bárbara Patrícia da Silva Lima
Camila de Barros Prado Moura Sales
Elaine Cristina Tôrres Oliveira
Elisabete Mendonça Rêgo Peixoto
Emanuella Pinheiro de Farias Bispo
Karini Vieira Menezes de Omena
Larissa Virgínia Lins de Alencar Silva
Lúcio Vasconcellos de Verçoza
Magda Fernanda Lopes de Oliveira Andrade
Osmar Kleddson Pinheiro Canuto Rocha
Rafaela Brandão Almeida Ambrosio
Vivianne de Lima Biana de Assis

 

As edições anteriores da EXPOISEC estão disponíveis no endereço: Anais das edições anteriores da EXPOISEC