MORTALIDADE POR NEOPLASIAS E DESIGUALDADE SOCIAL: UMA ANÁLISE DAS REGIÕES DE SAÚDE

  • Autor
  • Maria Luiza Batista Silva
  • Co-autores
  • Túlio José de Souza Xaviee , João Marcos de Almeida Ferreira Neto , Serjana Cavalcante Jucá Nogueira Falcão , Maria Clara de Souza Xavier , Elaine Cristina Tôrres Oliveira , Camila de Barros Prado Moura Sales
  • Resumo
  • Introdução: O câncer é uma neoplasia maligna causada por mutações genéticas que causam proliferação celular descontrolada, invasão tecidual e metástase. Fatores ambientais e genéticos contribuem para seu surgimento e progressão. Objetivo: Analisar a relação entre a desigualdade social nas regiões de saúde um e dez no estado de Alagoas e os índices de mortalidade por neoplasias.  Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal, baseado em dados das plataformas do Sistema Único de Saúde, especificamente do DATASUS e do TABNET. Foram aplicados os indicadores "Estatísticas Vitais" e "Indicadores Demográficos e Socioeconômicos", focado nos óbitos por neoplasias, conforme a Classificação Internacional de Doenças – CID-10 (capítulo II). O recorte geográfico considerou as regiões de saúde um e dez de Alagoas, analisando dados por ano de ocorrência. Para a análise, calculou-se a taxa de mortalidade específica por neoplasias, permitindo avaliar a distribuição dos óbitos. Resultados: Foi visto uma distribuição distinta no comportamento da mortalidade por neoplasias entre os anos de 2019 e 2023. A região de saúde um, que abrange a capital, manteve taxas consistentemente mais elevadas, com valores variando de 89,07 a 99,40 óbitos por 100 mil habitantes. Já a região de saúde dez, no Sertão alagoano, registrou taxas inferiores e instáveis, oscilando entre 69,19 e 80,68 óbitos por 100 mil habitantes. Essa diferença pode refletir um melhor acesso a diagnóstico e saúde, maior expectativa de vida (Índice de desenvolvimento humano), proporção de médicos por habitantes nas regiões. Já na região de saúde dez, as subnotificações e fatores culturais podem influenciar no número real de óbitos. Conclusão:  Com isso, as maiores taxas na região de saúde um podem refletir um melhor acesso ao diagnóstico. Já na região de saúde dez, taxas menores podem indicar subnotificação. Assim, mais casos diagnosticados não significam mais casos de câncer, mas sim maior capacidade de identificação.

    Avanços do estudo ao conhecimento: Os dados epidemiológicos obtidos no estudo podem favorecer o combate a desigualdade de tratamento contra neoplasias que atinge a parcela mais vulnerável da sociedade. 

  • Palavras-chave
  • Neoplasia. Região de Saúde. Dados epidemiológicos.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Linha 3: Disparidades raciais, étnicas, socioeconômicas e geográficas na saúde
Voltar

O eixo Integração Ensino, Serviço e Comunidade (ISEC) está presente na estrutura curricular do curso de Medicina do Centro Universitário Cesmac de forma transversal, acompanhando o estudante durante todo o percurso formativo. O processo atende as diretrizes curriculares nacionais, que apontam para a formação de um profissional atento à realidade sócio sanitária da população e aos princípios da ética, humanismo, reflexividade e formação integral.

Com o objetivo de proporcionar o encontro interdisciplinar de todos os módulos que compõem o eixo ISEC, que compreendem do ISEC 1 ao ISEC 8, foi realizada a III Exposição Científica do Eixo ISEC (III ExpoISEC), buscando dialogar a formação médica no âmbito da Atenção Primária à Saúde e do Sistema Único de Saúde. O evento contou com a participação dos discentes do curso apresentando trabalhos acadêmicos científicos (119 trabalhos) abordando a temática central nos espaços de discussão de cada módulo do eixo.

Com a temática “Equidade em Saúde: O Desafio da Medicina Contemporânea” a III ExpoISEC trouxe para o cenário de discussão o princípio da equidade, não apenas como uma questão teórico-metodológica, mas também como uma demanda social, deslocando o tema da periferia para a centralidade do processo formativo. Ter a equidade em saúde como tema central de discussão se justifica pela sua relação com a redução das desigualdades, a garantia de justiça social e direitos humanos e a eficácia dos sistemas de saúde. A equidade em saúde é tema fundamental para os futuros profissionais que buscam soluções para tornar a medicina mais acessível e justa para todos.

Para o desenvolvimento do evento e a discussão da temática central, os trabalhos desenvolvidos pelos discentes, orientados pelos docentes do eixo e aqui apresentados, foram distribuídos nas seguintes linhas: 1. Desigualdades em saúde e determinantes sociais da saúde; 2. Atenção integral em saúde; 3. Disparidades raciais, étnicas, socioeconômicas e geográficas na saúde; 4. Saúde da população negra e 5. Gênero, diversidades e saúde.

Estes anais constituem um registro permanente das discussões e contribuições de discentes e docentes sobre a equidade em saúde e os desafios para a Medicina Contemporânea.

  • Linha 1: Desigualdades em saúde e determinantes sociais da saúde
  • Linha 2: Atenção integral à saúde
  • Linha 3: Disparidades raciais, étnicas, socioeconômicas e geográficas na saúde
  • Linha 4: Saúde da população negra
  • Linha 5: Gênero, diversidades e saúde

Comissão Organizadora

Emanuella Pinheiro de Farias Bispo
Elaine Cristina Tôrres Oliveira
Bárbara Patrícia da Silva Lima
Rafaela Brandão Almeida Ambrosio

Comissão Científica

Adalberto Gomes das Graças Bisneto
Amanda Vasconcelos de Carvalho Souza
Ana Lúcia Soares Tojal
Andressa Pereira Peixoto Barbosa
Bárbara Patrícia da Silva Lima
Camila de Barros Prado Moura Sales
Elaine Cristina Tôrres Oliveira
Elisabete Mendonça Rêgo Peixoto
Emanuella Pinheiro de Farias Bispo
Karini Vieira Menezes de Omena
Larissa Virgínia Lins de Alencar Silva
Lúcio Vasconcellos de Verçoza
Magda Fernanda Lopes de Oliveira Andrade
Osmar Kleddson Pinheiro Canuto Rocha
Rafaela Brandão Almeida Ambrosio
Vivianne de Lima Biana de Assis

 

As edições anteriores da EXPOISEC estão disponíveis no endereço: Anais das edições anteriores da EXPOISEC