DESIGUALDADE SOCIOECONÔMICA E ADOECIMENTO DE TRABALHADORES INFORMAIS: IMPACTOS DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO NA SAÚDE FÍSICA E MENTAL

  • Autor
  • Lyssandra Maria Roumillac Gonçalves Barros
  • Co-autores
  • Mirela Montenegro Cerqueira , Júlia Agra Silva , Júlia Gomes Simões , Maria Luiza Cavalcante Lamenha Costa , Maria Eduarda Cavalcante Lamenha Costa , Lavynea Graziella Farias Barros , ADALBERTO GOMES DAS GRAÇAS BISNETO , AMANDA VASCONCELOS DE CARVALHO SOUZA
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: A informalidade é uma realidade crescente no Brasil, marcada por desigualdades socioeconômicas e ausência de direitos trabalhistas. Tais fatores expõem os trabalhadores a condições precárias que comprometem sua saúde física e mental. OBJETIVO: Analisar como a desigualdade socioeconômica e as condições precárias de trabalho impactam diretamente no adoecimento físico e mental de trabalhadores informais. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão de literatura nas bases de dados SciELO e MedLine  (PubMed). Os descritores (DECs) utilizados foram: Informal workers AND socioeconomic factors AND occupational health services, em português e inglês. Foram incluídos artigos dos últimos cinco anos, com relevância direta ao tema, e a seleção dos artigos ocorreu por meio da leitura de títulos, resumos e textos completos, buscando identificar estudos que aprofundassem o conhecimento acerca dos descritores selecionados. RESULTADOS: Foram selecionados 6 trabalhos para revisão. Os resultados mostram que a informalidade laboral expõe trabalhadores a riscos físicos e mentais, agravados por más posturas, longas jornadas, falta de EPIs e desproteção legal. Há alta prevalência de doenças osteomusculares, presenteísmo e exposição a riscos, como acidentes e falhas de segurança, especialmente entre trabalhadores de aplicativo. Além disso, o risco de problemas de saúde mental é 1,19 vezes maior em homens e 1,11 vezes maior em mulheres em empregos informais, comparado aos formais. Soma-se isso a insegurança financeira, o medo da perda de renda e fatores como escolaridade, condições de trabalho e acesso à saúde. CONCLUSÃO: A informalidade laboral impacta principalmente a saúde mental dos trabalhadores pela insegurança, sobretudo, financeira. Isso resulta em jornadas excessivas sem regulamentação, o que os adoece fisicamente, perpetuando riscos e vulnerabilidades. APLICAÇÕES DO ESTUDO AO CONHECIMENTO: A revisão destaca o adoecimento causado pelo trabalho informal, reforçando a importância de ações e políticas públicas para melhorar saúde, segurança e direitos dos trabalhadores.

  • Palavras-chave
  • Trabalhadores informais; Condições socioeconômicas; Condições de trabalho
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Linha 1: Desigualdades em saúde e determinantes sociais da saúde
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O eixo Integração Ensino, Serviço e Comunidade (ISEC) está presente na estrutura curricular do curso de Medicina do Centro Universitário Cesmac de forma transversal, acompanhando o estudante durante todo o percurso formativo. O processo atende as diretrizes curriculares nacionais, que apontam para a formação de um profissional atento à realidade sócio sanitária da população e aos princípios da ética, humanismo, reflexividade e formação integral.

Com o objetivo de proporcionar o encontro interdisciplinar de todos os módulos que compõem o eixo ISEC, que compreendem do ISEC 1 ao ISEC 8, foi realizada a III Exposição Científica do Eixo ISEC (III ExpoISEC), buscando dialogar a formação médica no âmbito da Atenção Primária à Saúde e do Sistema Único de Saúde. O evento contou com a participação dos discentes do curso apresentando trabalhos acadêmicos científicos (119 trabalhos) abordando a temática central nos espaços de discussão de cada módulo do eixo.

Com a temática “Equidade em Saúde: O Desafio da Medicina Contemporânea” a III ExpoISEC trouxe para o cenário de discussão o princípio da equidade, não apenas como uma questão teórico-metodológica, mas também como uma demanda social, deslocando o tema da periferia para a centralidade do processo formativo. Ter a equidade em saúde como tema central de discussão se justifica pela sua relação com a redução das desigualdades, a garantia de justiça social e direitos humanos e a eficácia dos sistemas de saúde. A equidade em saúde é tema fundamental para os futuros profissionais que buscam soluções para tornar a medicina mais acessível e justa para todos.

Para o desenvolvimento do evento e a discussão da temática central, os trabalhos desenvolvidos pelos discentes, orientados pelos docentes do eixo e aqui apresentados, foram distribuídos nas seguintes linhas: 1. Desigualdades em saúde e determinantes sociais da saúde; 2. Atenção integral em saúde; 3. Disparidades raciais, étnicas, socioeconômicas e geográficas na saúde; 4. Saúde da população negra e 5. Gênero, diversidades e saúde.

Estes anais constituem um registro permanente das discussões e contribuições de discentes e docentes sobre a equidade em saúde e os desafios para a Medicina Contemporânea.

  • Linha 1: Desigualdades em saúde e determinantes sociais da saúde
  • Linha 2: Atenção integral à saúde
  • Linha 3: Disparidades raciais, étnicas, socioeconômicas e geográficas na saúde
  • Linha 4: Saúde da população negra
  • Linha 5: Gênero, diversidades e saúde

Comissão Organizadora

Emanuella Pinheiro de Farias Bispo
Elaine Cristina Tôrres Oliveira
Bárbara Patrícia da Silva Lima
Rafaela Brandão Almeida Ambrosio

Comissão Científica

Adalberto Gomes das Graças Bisneto
Amanda Vasconcelos de Carvalho Souza
Ana Lúcia Soares Tojal
Andressa Pereira Peixoto Barbosa
Bárbara Patrícia da Silva Lima
Camila de Barros Prado Moura Sales
Elaine Cristina Tôrres Oliveira
Elisabete Mendonça Rêgo Peixoto
Emanuella Pinheiro de Farias Bispo
Karini Vieira Menezes de Omena
Larissa Virgínia Lins de Alencar Silva
Lúcio Vasconcellos de Verçoza
Magda Fernanda Lopes de Oliveira Andrade
Osmar Kleddson Pinheiro Canuto Rocha
Rafaela Brandão Almeida Ambrosio
Vivianne de Lima Biana de Assis

 

As edições anteriores da EXPOISEC estão disponíveis no endereço: Anais das edições anteriores da EXPOISEC