ANÁLISE DA PROPORÇÃO DE ÓBITOS POR CAUSAS EXTERNAS SEGUNDO RAÇA/COR, EM MACEIÓ-AL

  • Autor
  • Lorena Mendonça Vaz
  • Co-autores
  • Laura Maria Newton Arruda , Lavynia Samyra da Silva , Lays Souza Bastos de Almeida , Monique Santos Lemos de Melo , Regina Leão Ferreira de Mello , Camila de Barros Prado Moura Sales , Elaine Cristina Tôrres Oliveira
  • Resumo
  • RESUMO

    Introdução: A desigualdade racial no Brasil impacta o acesso à segurança. A

    importância das causas externas (violência/acidentes) na mortalidade brasileira contribui

    para a identificação de populações vulneráveis e a implementação de políticas de

    prevenção. Objetivo: Analisar a desigualdade na proporção de óbitos por causas

    externas segundo raça/cor em Maceió, Alagoas, durante os anos de 2019 a 2023.

    Metodologia: Foi realizado um estudo epidemiológico, que utilizou o Sistema de

    Informação de Mortalidade (SIM/SUS) como fonte de dados. Em relação aos dados,

    foram analisados os números de óbitos por causas externas e de óbitos gerais segundo

    raça/cor no município de Maceió, entre os anos de 2019 e 2023. No que se refere à

    análise de dados, foi feita a métrica de proporção. Resultados: Em Maceió

    (2019-2023), a menor mortalidade por causas externas em brancos foi no ano de 2019

    (1,6%), o que sugere proteção socioeconômica, porém, houve aumento gradual. Já os

    pretos apresentaram crescimento constante (1,19% - 3,39%), indicando intensificação

    da desigualdade. Os pardos, após diminuição inicial, em 2021 (13,14%), voltaram a

    crescer (17,5%), sinalizando maior vulnerabilidade social e piorando a disparidade em

    relação aos brancos. Os indígenas não tiveram registros em 2019/23, mas um aumento

    expressivo em 2021/22 (14,28% - 23,07%), representando alta vulnerabilidade.

    Conclusão: Ao analisar os óbitos por causas externas segundo raça/cor em Maceió,

    Alagoas, durante os anos de 2019 a 2023, concluiu-se que há uma desigualdade no

    número de óbitos de acordo com a raça/cor do indivíduo. Avanços do estudo ao

    conhecimento: A classe “Ignorado” pode impactar as porcentagens por raça/cor,

    destacando a necessidade de melhor treinamento médico no correto preenchimento

    desses dados.

     
  • Palavras-chave
  • Palavras-chave: Desigualdade em Saúde. Mortalidade. Causas Externas.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Linha 3: Disparidades raciais, étnicas, socioeconômicas e geográficas na saúde
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O eixo Integração Ensino, Serviço e Comunidade (ISEC) está presente na estrutura curricular do curso de Medicina do Centro Universitário Cesmac de forma transversal, acompanhando o estudante durante todo o percurso formativo. O processo atende as diretrizes curriculares nacionais, que apontam para a formação de um profissional atento à realidade sócio sanitária da população e aos princípios da ética, humanismo, reflexividade e formação integral.

Com o objetivo de proporcionar o encontro interdisciplinar de todos os módulos que compõem o eixo ISEC, que compreendem do ISEC 1 ao ISEC 8, foi realizada a III Exposição Científica do Eixo ISEC (III ExpoISEC), buscando dialogar a formação médica no âmbito da Atenção Primária à Saúde e do Sistema Único de Saúde. O evento contou com a participação dos discentes do curso apresentando trabalhos acadêmicos científicos (119 trabalhos) abordando a temática central nos espaços de discussão de cada módulo do eixo.

Com a temática “Equidade em Saúde: O Desafio da Medicina Contemporânea” a III ExpoISEC trouxe para o cenário de discussão o princípio da equidade, não apenas como uma questão teórico-metodológica, mas também como uma demanda social, deslocando o tema da periferia para a centralidade do processo formativo. Ter a equidade em saúde como tema central de discussão se justifica pela sua relação com a redução das desigualdades, a garantia de justiça social e direitos humanos e a eficácia dos sistemas de saúde. A equidade em saúde é tema fundamental para os futuros profissionais que buscam soluções para tornar a medicina mais acessível e justa para todos.

Para o desenvolvimento do evento e a discussão da temática central, os trabalhos desenvolvidos pelos discentes, orientados pelos docentes do eixo e aqui apresentados, foram distribuídos nas seguintes linhas: 1. Desigualdades em saúde e determinantes sociais da saúde; 2. Atenção integral em saúde; 3. Disparidades raciais, étnicas, socioeconômicas e geográficas na saúde; 4. Saúde da população negra e 5. Gênero, diversidades e saúde.

Estes anais constituem um registro permanente das discussões e contribuições de discentes e docentes sobre a equidade em saúde e os desafios para a Medicina Contemporânea.

  • Linha 1: Desigualdades em saúde e determinantes sociais da saúde
  • Linha 2: Atenção integral à saúde
  • Linha 3: Disparidades raciais, étnicas, socioeconômicas e geográficas na saúde
  • Linha 4: Saúde da população negra
  • Linha 5: Gênero, diversidades e saúde

Comissão Organizadora

Emanuella Pinheiro de Farias Bispo
Elaine Cristina Tôrres Oliveira
Bárbara Patrícia da Silva Lima
Rafaela Brandão Almeida Ambrosio

Comissão Científica

Adalberto Gomes das Graças Bisneto
Amanda Vasconcelos de Carvalho Souza
Ana Lúcia Soares Tojal
Andressa Pereira Peixoto Barbosa
Bárbara Patrícia da Silva Lima
Camila de Barros Prado Moura Sales
Elaine Cristina Tôrres Oliveira
Elisabete Mendonça Rêgo Peixoto
Emanuella Pinheiro de Farias Bispo
Karini Vieira Menezes de Omena
Larissa Virgínia Lins de Alencar Silva
Lúcio Vasconcellos de Verçoza
Magda Fernanda Lopes de Oliveira Andrade
Osmar Kleddson Pinheiro Canuto Rocha
Rafaela Brandão Almeida Ambrosio
Vivianne de Lima Biana de Assis

 

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