PROPORÇÃO DAS LESÕES AUTOPROVOCADAS INTENCIONALMENTE EM ALAGOAS SEGUNDO ESCOLARIDADE NO PERÍODO DE 2019 A 2023.

  • Autor
  • Anita Araujo Cansanção Acioli
  • Co-autores
  • Marina Monteiro Valença de andrade , Ariana marinho Guerra Camboim , Mariana Alves Cunha de Paiva Lima , Elaine Cristina Tôrres Oliveira , Camila de Barros Prado Moura Sales , Marina Lessa
  • Resumo
  • RESUMO

    Introdução: Lesões autoprovocadas intencionais (LAIs) são formas de violência

    autoinfligida que incluem autoagressões e comportamentos suicidas. Em Alagoas, o

    grau de escolaridade se destaca como fator de risco socioeconômico relevante para esse

    agravo. Objetivo: Este estudo tem como objetivo analisar a proporção de lesões

    autoprovocadas intencionalmente no Estado de Alagoas de acordo com o grau de

    escolaridade no período de 2019 a 2023. Metodologia: Trata-se de um estudo

    epidemiológico, de desenho ecológico do tipo série temporal. Foram extraídos dados do

    SINAN/DATASUS (2019–2023), opção “Violência Interpessoal/Autoprovocada”.

    Selecionou-se, Brasil por UF, linha “Ano de notificação”, coluna “Escolaridade” e UF

    de notificação “Alagoas”. Filtraram-se apenas casos de “Lesão autoprovocada”,

    excluindo registros com escolaridade “ignorado”, “em branco” e “não se aplica”.

    Calculou-se a proporção por grupo. Resultados: Observou-se que, de 2019 a 2023, os

    casos de lesões autoprovocadas em Alagoas variaram. Em 2019, foram 1.459 casos,

    com 25,77% da 5ª a 8ª série incompleta do ensino fundamental (EF). Em 2020, foram

    946 casos, com 25,05% da 5ª a 8ª série incompleta do EF. Em 2021, o número subiu

    para 1.153, com 28,70% no ensino médio completo. Em 2022, 1.277 casos, com

    25,92% no ensino médio completo. Em 2023, 1.768 casos, com 28,73% no ensino

    médio completo e 21,49% na 5ª a 8ª série incompleta do EF. Conclusão: Concluiu-se

    que a desigualdade socioeconômica em Alagoas se reflete na maior proporção de LAIs

    entre pessoas com ensino médio completo, incompleto e 5º a 8º série incompleta do EF.

    A menor proporção foi em analfabetos e com a 4º série completa. Avanços do estudo

    ao conhecimento: O estudo evidencia o impacto da escolaridade nas lesões

    autoprovocadas e permite preencher lacunas de conhecimento acerca da temática.

     
  • Palavras-chave
  • Lesões autoprovocadas. Escolaridade. Desigualdade socioeconômica.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Linha 3: Disparidades raciais, étnicas, socioeconômicas e geográficas na saúde
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O eixo Integração Ensino, Serviço e Comunidade (ISEC) está presente na estrutura curricular do curso de Medicina do Centro Universitário Cesmac de forma transversal, acompanhando o estudante durante todo o percurso formativo. O processo atende as diretrizes curriculares nacionais, que apontam para a formação de um profissional atento à realidade sócio sanitária da população e aos princípios da ética, humanismo, reflexividade e formação integral.

Com o objetivo de proporcionar o encontro interdisciplinar de todos os módulos que compõem o eixo ISEC, que compreendem do ISEC 1 ao ISEC 8, foi realizada a III Exposição Científica do Eixo ISEC (III ExpoISEC), buscando dialogar a formação médica no âmbito da Atenção Primária à Saúde e do Sistema Único de Saúde. O evento contou com a participação dos discentes do curso apresentando trabalhos acadêmicos científicos (119 trabalhos) abordando a temática central nos espaços de discussão de cada módulo do eixo.

Com a temática “Equidade em Saúde: O Desafio da Medicina Contemporânea” a III ExpoISEC trouxe para o cenário de discussão o princípio da equidade, não apenas como uma questão teórico-metodológica, mas também como uma demanda social, deslocando o tema da periferia para a centralidade do processo formativo. Ter a equidade em saúde como tema central de discussão se justifica pela sua relação com a redução das desigualdades, a garantia de justiça social e direitos humanos e a eficácia dos sistemas de saúde. A equidade em saúde é tema fundamental para os futuros profissionais que buscam soluções para tornar a medicina mais acessível e justa para todos.

Para o desenvolvimento do evento e a discussão da temática central, os trabalhos desenvolvidos pelos discentes, orientados pelos docentes do eixo e aqui apresentados, foram distribuídos nas seguintes linhas: 1. Desigualdades em saúde e determinantes sociais da saúde; 2. Atenção integral em saúde; 3. Disparidades raciais, étnicas, socioeconômicas e geográficas na saúde; 4. Saúde da população negra e 5. Gênero, diversidades e saúde.

Estes anais constituem um registro permanente das discussões e contribuições de discentes e docentes sobre a equidade em saúde e os desafios para a Medicina Contemporânea.

  • Linha 1: Desigualdades em saúde e determinantes sociais da saúde
  • Linha 2: Atenção integral à saúde
  • Linha 3: Disparidades raciais, étnicas, socioeconômicas e geográficas na saúde
  • Linha 4: Saúde da população negra
  • Linha 5: Gênero, diversidades e saúde

Comissão Organizadora

Emanuella Pinheiro de Farias Bispo
Elaine Cristina Tôrres Oliveira
Bárbara Patrícia da Silva Lima
Rafaela Brandão Almeida Ambrosio

Comissão Científica

Adalberto Gomes das Graças Bisneto
Amanda Vasconcelos de Carvalho Souza
Ana Lúcia Soares Tojal
Andressa Pereira Peixoto Barbosa
Bárbara Patrícia da Silva Lima
Camila de Barros Prado Moura Sales
Elaine Cristina Tôrres Oliveira
Elisabete Mendonça Rêgo Peixoto
Emanuella Pinheiro de Farias Bispo
Karini Vieira Menezes de Omena
Larissa Virgínia Lins de Alencar Silva
Lúcio Vasconcellos de Verçoza
Magda Fernanda Lopes de Oliveira Andrade
Osmar Kleddson Pinheiro Canuto Rocha
Rafaela Brandão Almeida Ambrosio
Vivianne de Lima Biana de Assis

 

As edições anteriores da EXPOISEC estão disponíveis no endereço: Anais das edições anteriores da EXPOISEC