ANÁLISE DA MORTALIDADE POR NEOPLASIAS SEGUNDO O GÊNERO NO ESTADO DE ALAGOAS ENTRE OS ANOS DE 2019 E 2023

  • Autor
  • João Matheus Gomes de Lira
  • Co-autores
  • Ana Beatriz Pontes de Aguiar Barros , Letícia Alves Barbosa Leite , Matheus Resende Gonçalves , Giulia de Mendonça Benedetti , Elaine Cristina Torres Oliveira , Camila de Barros Prado Moura Sales
  • Resumo
  • Introdução: As neoplasias foram a segunda principal causa de morte no Brasil em 2024 com 243.935 óbitos. Nesse contexto, avaliar desigualdades de gênero na mortalidade por câncer é essencial para estratégias de saúde pública que visem a redução desses números. Objetivos: Analisar a mortalidade por neoplasias segundo o gênero no estado de Alagoas, no período de 2019 a 2023. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, com dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), obtidos por meio do DATASUS, referentes ao período de 2019 a 2023. Foram analisados registros do Capítulo II da CID-10, abrangendo os códigos C00 a D48. As estimativas populacionais basearam-se na projeção do IBGE para 2024. Utilizou-se a taxa de mortalidade específica como principal indicador (n = 4). Resultados: Entre 2019 e 2023, a taxa de mortalidade por neoplasias entre os homens em Alagoas variou de 7,84 a 8,32 óbitos por 10.000 habitantes homens, com o menor valor registrado em 2019 e o maior em 2023. Para as mulheres, a taxa variou entre 7,69 e 9,18 óbitos por 10.000 habitantes mulheres, com o menor índice em 2020 e o maior também em 2023. A diferença percentual entre as taxas de mortalidade específicas por gênero oscilou entre 0,19% e 10,31%. A menor diferença foi observada em 2022, com maior índice no sexo masculino, enquanto a maiorfoi registrada em 2023, com superioridade no sexo feminino. Conclusão: Portanto, nota-se que nos anos anteriores a 2023, a diferença entre as taxas de mortalidade por neoplasias entre homens e mulheres foi pouco expressiva. No entanto, em 2023, essa desigualdade se acentuou, com maior mortalidade entre as mulheres. Esse dado destaca a importância de estratégias específicas de prevenção, rastreamento e cuidado oncológico sensíveis ao gênero. Avanços e/ou aplicações do estudo ao conhecimento: A análise de desigualdades auxilia na compreensão do acesso desigual à saúde e na eficácia de políticas de prevenção oncológica por gênero. 

  • Palavras-chave
  • Neoplasias, Mortalidade Gênero, Desigualdades em saúde, Saúde pública.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Linha 5: Gênero, diversidades e saúde
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O eixo Integração Ensino, Serviço e Comunidade (ISEC) está presente na estrutura curricular do curso de Medicina do Centro Universitário Cesmac de forma transversal, acompanhando o estudante durante todo o percurso formativo. O processo atende as diretrizes curriculares nacionais, que apontam para a formação de um profissional atento à realidade sócio sanitária da população e aos princípios da ética, humanismo, reflexividade e formação integral.

Com o objetivo de proporcionar o encontro interdisciplinar de todos os módulos que compõem o eixo ISEC, que compreendem do ISEC 1 ao ISEC 8, foi realizada a III Exposição Científica do Eixo ISEC (III ExpoISEC), buscando dialogar a formação médica no âmbito da Atenção Primária à Saúde e do Sistema Único de Saúde. O evento contou com a participação dos discentes do curso apresentando trabalhos acadêmicos científicos (119 trabalhos) abordando a temática central nos espaços de discussão de cada módulo do eixo.

Com a temática “Equidade em Saúde: O Desafio da Medicina Contemporânea” a III ExpoISEC trouxe para o cenário de discussão o princípio da equidade, não apenas como uma questão teórico-metodológica, mas também como uma demanda social, deslocando o tema da periferia para a centralidade do processo formativo. Ter a equidade em saúde como tema central de discussão se justifica pela sua relação com a redução das desigualdades, a garantia de justiça social e direitos humanos e a eficácia dos sistemas de saúde. A equidade em saúde é tema fundamental para os futuros profissionais que buscam soluções para tornar a medicina mais acessível e justa para todos.

Para o desenvolvimento do evento e a discussão da temática central, os trabalhos desenvolvidos pelos discentes, orientados pelos docentes do eixo e aqui apresentados, foram distribuídos nas seguintes linhas: 1. Desigualdades em saúde e determinantes sociais da saúde; 2. Atenção integral em saúde; 3. Disparidades raciais, étnicas, socioeconômicas e geográficas na saúde; 4. Saúde da população negra e 5. Gênero, diversidades e saúde.

Estes anais constituem um registro permanente das discussões e contribuições de discentes e docentes sobre a equidade em saúde e os desafios para a Medicina Contemporânea.

  • Linha 1: Desigualdades em saúde e determinantes sociais da saúde
  • Linha 2: Atenção integral à saúde
  • Linha 3: Disparidades raciais, étnicas, socioeconômicas e geográficas na saúde
  • Linha 4: Saúde da população negra
  • Linha 5: Gênero, diversidades e saúde

Comissão Organizadora

Emanuella Pinheiro de Farias Bispo
Elaine Cristina Tôrres Oliveira
Bárbara Patrícia da Silva Lima
Rafaela Brandão Almeida Ambrosio

Comissão Científica

Adalberto Gomes das Graças Bisneto
Amanda Vasconcelos de Carvalho Souza
Ana Lúcia Soares Tojal
Andressa Pereira Peixoto Barbosa
Bárbara Patrícia da Silva Lima
Camila de Barros Prado Moura Sales
Elaine Cristina Tôrres Oliveira
Elisabete Mendonça Rêgo Peixoto
Emanuella Pinheiro de Farias Bispo
Karini Vieira Menezes de Omena
Larissa Virgínia Lins de Alencar Silva
Lúcio Vasconcellos de Verçoza
Magda Fernanda Lopes de Oliveira Andrade
Osmar Kleddson Pinheiro Canuto Rocha
Rafaela Brandão Almeida Ambrosio
Vivianne de Lima Biana de Assis

 

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