Subdiagnóstico de dermatopatias na população negra

  • Autor
  • Maria Luisa Amorim de Melo Farias
  • Co-autores
  • Hevely Maria Azevedo do Amaral , Júlia Grazielly Wanderley Vicente , Kedma Giovanna Barbosa Souza , Maria Veronica Ferreira dos Santos , Mirella Santana Vilas Boas Sousa , Pedro Gabriel Medeiros de Lima , Lucio Vasconcellos de Verçoza
  • Resumo
  • Introdução: A cor da pele influencia diretamente no diagnóstico de doenças

    dermatológicas. Compreender manifestações específicas em peles negras é essencial para

    reduzir desigualdades na saúde dermatológica e evitar diagnósticos e tratamentos

    incorretos. Objetivo: Avaliar as disparidades de saúde dermatológica com foco no

    subdiagnóstico de dermatopatias na pele negra. Metodologia: Revisão de literatura por

    meio de consultas nas bases de dados MEDLINE (via PubMed), SciELO e LILACS, com

    estratégia de busca: "skin diseases AND black people AND diagnosis". O filtro

    empregado considerou publicações dos últimos cinco anos. Como critérios de inclusão

    foram selecionados artigos que abordavam os diagnósticos de dermatopatias associados

    à pele negra, disponíveis em qualquer idioma. Resultados: A pele negra apresenta maior

    quantidade de melanina, conferindo proteção contra raios UV, mas aumentando a

    propensão à hiperpigmentação pós-inflamatória (HPI). As doenças mais comuns são os

    HPI, acne vulgar com HPI secundária, dermatite atópica, psoríase e vitiligo. A

    prevalência de patologias do couro cabeludo foi 2,4%, com alopécias predominantes

    (94,5%). Análise crítica: O diagnóstico e tratamento em pele negra requerem cuidado

    para evitar hiperpigmentação e cicatrizes. A literatura científica ainda carece de

    representações adequadas das manifestações em peles negras. Isso leva a diagnósticos

    imprecisos ou tardios, especialmente em condições como hiperpigmentação pós-

    inflamatória, queloides e dermatose papulosa nigra. Conclusão: Diante do estudo

    apresentado, evidencia-se maior necessidade de representação de pele negra na literatura,

    visto que determinadas dermatopatias podem manifestar-se distintamente de acordo com

    o tom de pele. Avanços do estudo ao conhecimento: O estudo revelou desigualdades

    raciais no diagnóstico de dermatopatias em pele negra e evidencia a importância de maior

    representatividade de peles negras na literatura médica.

  • Palavras-chave
  • Dermatopatias. Diagnóstico. Pele negra.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Linha 4: Saúde da população negra
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O eixo Integração Ensino, Serviço e Comunidade (ISEC) está presente na estrutura curricular do curso de Medicina do Centro Universitário Cesmac de forma transversal, acompanhando o estudante durante todo o percurso formativo. O processo atende as diretrizes curriculares nacionais, que apontam para a formação de um profissional atento à realidade sócio sanitária da população e aos princípios da ética, humanismo, reflexividade e formação integral.

Com o objetivo de proporcionar o encontro interdisciplinar de todos os módulos que compõem o eixo ISEC, que compreendem do ISEC 1 ao ISEC 8, foi realizada a III Exposição Científica do Eixo ISEC (III ExpoISEC), buscando dialogar a formação médica no âmbito da Atenção Primária à Saúde e do Sistema Único de Saúde. O evento contou com a participação dos discentes do curso apresentando trabalhos acadêmicos científicos (119 trabalhos) abordando a temática central nos espaços de discussão de cada módulo do eixo.

Com a temática “Equidade em Saúde: O Desafio da Medicina Contemporânea” a III ExpoISEC trouxe para o cenário de discussão o princípio da equidade, não apenas como uma questão teórico-metodológica, mas também como uma demanda social, deslocando o tema da periferia para a centralidade do processo formativo. Ter a equidade em saúde como tema central de discussão se justifica pela sua relação com a redução das desigualdades, a garantia de justiça social e direitos humanos e a eficácia dos sistemas de saúde. A equidade em saúde é tema fundamental para os futuros profissionais que buscam soluções para tornar a medicina mais acessível e justa para todos.

Para o desenvolvimento do evento e a discussão da temática central, os trabalhos desenvolvidos pelos discentes, orientados pelos docentes do eixo e aqui apresentados, foram distribuídos nas seguintes linhas: 1. Desigualdades em saúde e determinantes sociais da saúde; 2. Atenção integral em saúde; 3. Disparidades raciais, étnicas, socioeconômicas e geográficas na saúde; 4. Saúde da população negra e 5. Gênero, diversidades e saúde.

Estes anais constituem um registro permanente das discussões e contribuições de discentes e docentes sobre a equidade em saúde e os desafios para a Medicina Contemporânea.

  • Linha 1: Desigualdades em saúde e determinantes sociais da saúde
  • Linha 2: Atenção integral à saúde
  • Linha 3: Disparidades raciais, étnicas, socioeconômicas e geográficas na saúde
  • Linha 4: Saúde da população negra
  • Linha 5: Gênero, diversidades e saúde

Comissão Organizadora

Emanuella Pinheiro de Farias Bispo
Elaine Cristina Tôrres Oliveira
Bárbara Patrícia da Silva Lima
Rafaela Brandão Almeida Ambrosio

Comissão Científica

Adalberto Gomes das Graças Bisneto
Amanda Vasconcelos de Carvalho Souza
Ana Lúcia Soares Tojal
Andressa Pereira Peixoto Barbosa
Bárbara Patrícia da Silva Lima
Camila de Barros Prado Moura Sales
Elaine Cristina Tôrres Oliveira
Elisabete Mendonça Rêgo Peixoto
Emanuella Pinheiro de Farias Bispo
Karini Vieira Menezes de Omena
Larissa Virgínia Lins de Alencar Silva
Lúcio Vasconcellos de Verçoza
Magda Fernanda Lopes de Oliveira Andrade
Osmar Kleddson Pinheiro Canuto Rocha
Rafaela Brandão Almeida Ambrosio
Vivianne de Lima Biana de Assis

 

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