ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DAS DESIGUALDADES ETÁRIAS NAS INTERNAÇÕES POR CAUSAS EXTERNAS EM ALAGOAS ENTRE 2020 E 2024

  • Autor
  • Julia Leão Dias
  • Co-autores
  • Ana Marina Cavalcante Gomes de Araújo Oliveira , Catarina Santos Melo , Davi Lira Tavares , Helena Santos Bomfim Belo , Kauan Lourenço de Lima , Camila de Barros Prado Moura Sales , Elaine Cristina Tôrres Oliveira
  • Resumo
  • Introdução: As internações por causas externas, caracterizadas por lesões decorrentes de acidentes ou violências – como quedas e agressões -, têm grande impacto na saúde pública e apresentam distribuição desigual entre as faixas etárias. Objetivo: Avaliar as desigualdades nas internações por causas externas em Alagoas de 2020 a 2024 segundo faixas etárias, identificando padrões temporais e grupos mais vulneráveis. Metodologia: Estudo descritivo com dados de internações por causas externas (SIH/SUS/DATASUS, 2020–2024), estratificados por fases da vida: infância, adolescência, vida adulta e velhice. Calculou-se a proporção de internações por causas externas entre 2020 e 2024 por faixa etária e a variação percentual por faixa etária. Realizou-se análise descritiva e comparativa das distribuições anuais, com uso de software estatístico para tabulação e visualização dos resultados. Resultados: Entre 2020 e 2024, a infância reduziu sua participação nas internações por causas externas de 7,54% para 5,96%, com quedas sucessivas, especialmente –5,17% em 2021, –6,85% em 2022 e –12,61% em 2024, apesar de um leve aumento em 2023 (+2,40%). Na adolescência, a queda foi constante, de 12,09% para 9,97%, com decréscimos de –7,03%, –6,13%, –1,61% e –3,48% ao longo dos anos. A fase adulta cresceu de 61,80% para 63,19%, com aumentos progressivos, mais expressivos no último ano (+1,67%). Idosos passaram de 18,55% para 20,86%, com crescimento contínuo até 2022, estabilidade em 2023 e novo aumento em 2024 (+0,87%).

    Conclusão: As desigualdades nas internações por causas externas mostram maior vulnerabilidade em adultos e aumento em lactentes, destacando a necessidade de estratégias de prevenção específicas e monitoramento contínuo no SUS. Avanços do estudo ao conhecimento: O estudo amplia evidências sobre padrões etários em internações externas, orientando intervenções específicas, reforçando a aplicação de vigilância epidemiológica no ensino médico.

     

  • Palavras-chave
  • Epidemiologia. Vigilância epidemiológica. Desigualdade etária.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Linha 1: Desigualdades em saúde e determinantes sociais da saúde
Voltar

O eixo Integração Ensino, Serviço e Comunidade (ISEC) está presente na estrutura curricular do curso de Medicina do Centro Universitário Cesmac de forma transversal, acompanhando o estudante durante todo o percurso formativo. O processo atende as diretrizes curriculares nacionais, que apontam para a formação de um profissional atento à realidade sócio sanitária da população e aos princípios da ética, humanismo, reflexividade e formação integral.

Com o objetivo de proporcionar o encontro interdisciplinar de todos os módulos que compõem o eixo ISEC, que compreendem do ISEC 1 ao ISEC 8, foi realizada a III Exposição Científica do Eixo ISEC (III ExpoISEC), buscando dialogar a formação médica no âmbito da Atenção Primária à Saúde e do Sistema Único de Saúde. O evento contou com a participação dos discentes do curso apresentando trabalhos acadêmicos científicos (119 trabalhos) abordando a temática central nos espaços de discussão de cada módulo do eixo.

Com a temática “Equidade em Saúde: O Desafio da Medicina Contemporânea” a III ExpoISEC trouxe para o cenário de discussão o princípio da equidade, não apenas como uma questão teórico-metodológica, mas também como uma demanda social, deslocando o tema da periferia para a centralidade do processo formativo. Ter a equidade em saúde como tema central de discussão se justifica pela sua relação com a redução das desigualdades, a garantia de justiça social e direitos humanos e a eficácia dos sistemas de saúde. A equidade em saúde é tema fundamental para os futuros profissionais que buscam soluções para tornar a medicina mais acessível e justa para todos.

Para o desenvolvimento do evento e a discussão da temática central, os trabalhos desenvolvidos pelos discentes, orientados pelos docentes do eixo e aqui apresentados, foram distribuídos nas seguintes linhas: 1. Desigualdades em saúde e determinantes sociais da saúde; 2. Atenção integral em saúde; 3. Disparidades raciais, étnicas, socioeconômicas e geográficas na saúde; 4. Saúde da população negra e 5. Gênero, diversidades e saúde.

Estes anais constituem um registro permanente das discussões e contribuições de discentes e docentes sobre a equidade em saúde e os desafios para a Medicina Contemporânea.

  • Linha 1: Desigualdades em saúde e determinantes sociais da saúde
  • Linha 2: Atenção integral à saúde
  • Linha 3: Disparidades raciais, étnicas, socioeconômicas e geográficas na saúde
  • Linha 4: Saúde da população negra
  • Linha 5: Gênero, diversidades e saúde

Comissão Organizadora

Emanuella Pinheiro de Farias Bispo
Elaine Cristina Tôrres Oliveira
Bárbara Patrícia da Silva Lima
Rafaela Brandão Almeida Ambrosio

Comissão Científica

Adalberto Gomes das Graças Bisneto
Amanda Vasconcelos de Carvalho Souza
Ana Lúcia Soares Tojal
Andressa Pereira Peixoto Barbosa
Bárbara Patrícia da Silva Lima
Camila de Barros Prado Moura Sales
Elaine Cristina Tôrres Oliveira
Elisabete Mendonça Rêgo Peixoto
Emanuella Pinheiro de Farias Bispo
Karini Vieira Menezes de Omena
Larissa Virgínia Lins de Alencar Silva
Lúcio Vasconcellos de Verçoza
Magda Fernanda Lopes de Oliveira Andrade
Osmar Kleddson Pinheiro Canuto Rocha
Rafaela Brandão Almeida Ambrosio
Vivianne de Lima Biana de Assis

 

As edições anteriores da EXPOISEC estão disponíveis no endereço: Anais das edições anteriores da EXPOISEC