Desigualdades raciais na atenção pré-natal em Alagoas: análise de dados de 2019 a 2023.

  • Autor
  • Clara Coelho Amorim
  • Co-autores
  • Lara Vieira Tavares , Marina Cavalcante Brandão , Pedro de Sá Marinho Angelim Figueirôa , João Joaquim dos Santos Neto , Gabriel Carvalho Lima Jatobá , Elaine Cristina Tôrres Oliveira , Camila de Barros Prado Moura Sales
  • Resumo
  • Introdução: As desigualdades raciais afetam diretamente a qualidade da atenção e os desfechos na saúde materno-infantil, de modo que mulheres pretas enfrentam mais barreiras no pré-natal, com início tardio do cuidado. Objetivo: Investigar as desigualdades raciais referentes ao número de consultas de pré-natal em Alagoas nos anos de 2019 a 2023. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico, utilizando o Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) como fonte de dados. Foram coletadas informações sobre mulheres residentes do estado de Alagoas, de 2019 a 2023, referente à variável “número de consultas de pré-natal”, com foco na categoria “7 ou mais consultas”, estratificada seguindo o critério de “raça/cor”. Foi realizada proporção entre os resultados encontrados na pesquisa da variável “número de consultas pré-natal” seguindo o critério “raça/cor”, dando ênfase nas gestantes brancas e pretas que compareceram a 7 ou mais consultas. Resultado: Como resultado, no ano de 2019, do valor total de mulheres que compareceram 7 ou mais consultas, apenas 7,45% eram brancas e 0,89% eram pretas. No ano de 2020, houve aumento nas mulheres brancas de 7,91%, e de mulheres pretas, 1,29%.  No que se refere a 2021, a porcentagem cresceu entre as brancas, 8,12%, e diminuiu entre mulheres pretas, 1,26%. Em 2022, a porcentagem de comparecimento a 7 ou mais consultas entre gestantes brancas diminuiu para 7,94%, e o de gestantes pretas aumentou para 1,28%. Já em 2023, houve aumento na porcentagem de ambos, em mulheres brancas, para 8,78%, e em mulheres pretas, para 1,77%. Conclusão Observou-se que de 2019 a 2023, no estado de Alagoas, houve um crescimento nas proporções de “7 ou mais consultas” de pré-natal para mulheres brancas e pretas, com exceção do ano de 2021 para mulheres pretas e do ano de 2022 para mulheres brancas, nos quais vê-se diminuição. Além disso, as porcentagens para gestantes brancas se apresentaram sempre maiores que as de gestantes pretas. Avanços do estudo ao conhecimento: O estudo confirma achados de pesquisas anteriores e atualiza-os, o que ajuda a promover práticas mais equitativas e sensíveis à população preta.

  • Palavras-chave
  • Gravidez. Cuidado Pré-Natal. Fatores Raciais.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Linha 3: Disparidades raciais, étnicas, socioeconômicas e geográficas na saúde
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O eixo Integração Ensino, Serviço e Comunidade (ISEC) está presente na estrutura curricular do curso de Medicina do Centro Universitário Cesmac de forma transversal, acompanhando o estudante durante todo o percurso formativo. O processo atende as diretrizes curriculares nacionais, que apontam para a formação de um profissional atento à realidade sócio sanitária da população e aos princípios da ética, humanismo, reflexividade e formação integral.

Com o objetivo de proporcionar o encontro interdisciplinar de todos os módulos que compõem o eixo ISEC, que compreendem do ISEC 1 ao ISEC 8, foi realizada a III Exposição Científica do Eixo ISEC (III ExpoISEC), buscando dialogar a formação médica no âmbito da Atenção Primária à Saúde e do Sistema Único de Saúde. O evento contou com a participação dos discentes do curso apresentando trabalhos acadêmicos científicos (119 trabalhos) abordando a temática central nos espaços de discussão de cada módulo do eixo.

Com a temática “Equidade em Saúde: O Desafio da Medicina Contemporânea” a III ExpoISEC trouxe para o cenário de discussão o princípio da equidade, não apenas como uma questão teórico-metodológica, mas também como uma demanda social, deslocando o tema da periferia para a centralidade do processo formativo. Ter a equidade em saúde como tema central de discussão se justifica pela sua relação com a redução das desigualdades, a garantia de justiça social e direitos humanos e a eficácia dos sistemas de saúde. A equidade em saúde é tema fundamental para os futuros profissionais que buscam soluções para tornar a medicina mais acessível e justa para todos.

Para o desenvolvimento do evento e a discussão da temática central, os trabalhos desenvolvidos pelos discentes, orientados pelos docentes do eixo e aqui apresentados, foram distribuídos nas seguintes linhas: 1. Desigualdades em saúde e determinantes sociais da saúde; 2. Atenção integral em saúde; 3. Disparidades raciais, étnicas, socioeconômicas e geográficas na saúde; 4. Saúde da população negra e 5. Gênero, diversidades e saúde.

Estes anais constituem um registro permanente das discussões e contribuições de discentes e docentes sobre a equidade em saúde e os desafios para a Medicina Contemporânea.

  • Linha 1: Desigualdades em saúde e determinantes sociais da saúde
  • Linha 2: Atenção integral à saúde
  • Linha 3: Disparidades raciais, étnicas, socioeconômicas e geográficas na saúde
  • Linha 4: Saúde da população negra
  • Linha 5: Gênero, diversidades e saúde

Comissão Organizadora

Emanuella Pinheiro de Farias Bispo
Elaine Cristina Tôrres Oliveira
Bárbara Patrícia da Silva Lima
Rafaela Brandão Almeida Ambrosio

Comissão Científica

Adalberto Gomes das Graças Bisneto
Amanda Vasconcelos de Carvalho Souza
Ana Lúcia Soares Tojal
Andressa Pereira Peixoto Barbosa
Bárbara Patrícia da Silva Lima
Camila de Barros Prado Moura Sales
Elaine Cristina Tôrres Oliveira
Elisabete Mendonça Rêgo Peixoto
Emanuella Pinheiro de Farias Bispo
Karini Vieira Menezes de Omena
Larissa Virgínia Lins de Alencar Silva
Lúcio Vasconcellos de Verçoza
Magda Fernanda Lopes de Oliveira Andrade
Osmar Kleddson Pinheiro Canuto Rocha
Rafaela Brandão Almeida Ambrosio
Vivianne de Lima Biana de Assis

 

As edições anteriores da EXPOISEC estão disponíveis no endereço: Anais das edições anteriores da EXPOISEC