RESUMO
Apresentação/Justificativa: A população cigana enfrenta barreiras históricas no acesso à saúde, marcadas por preconceito, racismo institucional e invisibilidade cultural. A ausência de políticas públicas e o despreparo dos profissionais geram atendimentos excludentes. A Educação Permanente em Saúde é fundamental para qualificar equipes, promover práticas interculturais e garantir cuidado integral e humanizado. Objetivo: Promover o diálogo entre profissionais de saúde e a comunidade cigana, com foco na escuta, respeito cultural e formação antidiscriminatória, ampliando o acesso, qualificando o cuidado e incentivando a participação nas ações em saúde. Metodologia: Para promover inclusão e educação em saúde, as ESF deverão realizar encontros com comunicação oral e visual, para fortalecer o vínculo com agentes de referência, além de ouvir lideranças e acolher sugestões. Ações em saúde flexíveis dado seu caráter itinerante e capacitação da equipe sobre a cultura cigana. Parcerias intersetoriais são essenciais para garantir cidadania e acesso aos serviços. Principais ações planejadas: O plano terá abordagem participativa e intercultural, com envolvimento de lideranças ciganas, APS e gestores. Haverá rodas de conversa com escuta qualificada sobre as demandas, vivências e dificuldades, seguidas de oficinas educativas mensais e ciclo formativo para profissionais. Com apoio de lideranças e instituições, visa-se o cuidado culturalmente adequado e valorização dos saberes tradicionais.Resultados esperados: Espera-se fortalecer o vínculo entre a comunidade cigana e os serviços de saúde, com escuta qualificada e capacitação de profissionais para práticas interculturais. Ações visam ampliar o acesso, promover autonomia, reduzir o racismo institucional e garantir um cuidado mais acolhedor e integral.Conclusões:A implementação do plano reforça o compromisso com um SUS inclusivo e sensível à diversidade. Valoriza o diálogo, saberes tradicionais e participação cigana, promovendo cuidado humano. A Educação Permanente em Saúde ajuda a combater discriminação e fortalecer vínculos.Avanços do estudo ao conhecimento:Rodas de conversa ampliam o conhecimento dos profissionais, fortalecendo a escuta qualificada, o combate ao racismo e um cuidado mais sensível e respeitoso à realidade cigana.
O eixo Integração Ensino, Serviço e Comunidade (ISEC) está presente na estrutura curricular do curso de Medicina do Centro Universitário Cesmac de forma transversal, acompanhando o estudante durante todo o percurso formativo. O processo atende as diretrizes curriculares nacionais, que apontam para a formação de um profissional atento à realidade sócio sanitária da população e aos princípios da ética, humanismo, reflexividade e formação integral.
Com o objetivo de proporcionar o encontro interdisciplinar de todos os módulos que compõem o eixo ISEC, que compreendem do ISEC 1 ao ISEC 8, foi realizada a III Exposição Científica do Eixo ISEC (III ExpoISEC), buscando dialogar a formação médica no âmbito da Atenção Primária à Saúde e do Sistema Único de Saúde. O evento contou com a participação dos discentes do curso apresentando trabalhos acadêmicos científicos (119 trabalhos) abordando a temática central nos espaços de discussão de cada módulo do eixo.
Com a temática “Equidade em Saúde: O Desafio da Medicina Contemporânea” a III ExpoISEC trouxe para o cenário de discussão o princípio da equidade, não apenas como uma questão teórico-metodológica, mas também como uma demanda social, deslocando o tema da periferia para a centralidade do processo formativo. Ter a equidade em saúde como tema central de discussão se justifica pela sua relação com a redução das desigualdades, a garantia de justiça social e direitos humanos e a eficácia dos sistemas de saúde. A equidade em saúde é tema fundamental para os futuros profissionais que buscam soluções para tornar a medicina mais acessível e justa para todos.
Para o desenvolvimento do evento e a discussão da temática central, os trabalhos desenvolvidos pelos discentes, orientados pelos docentes do eixo e aqui apresentados, foram distribuídos nas seguintes linhas: 1. Desigualdades em saúde e determinantes sociais da saúde; 2. Atenção integral em saúde; 3. Disparidades raciais, étnicas, socioeconômicas e geográficas na saúde; 4. Saúde da população negra e 5. Gênero, diversidades e saúde.
Estes anais constituem um registro permanente das discussões e contribuições de discentes e docentes sobre a equidade em saúde e os desafios para a Medicina Contemporânea.
Comissão Organizadora
Emanuella Pinheiro de Farias Bispo
Elaine Cristina Tôrres Oliveira
Bárbara Patrícia da Silva Lima
Rafaela Brandão Almeida Ambrosio
Comissão Científica
Adalberto Gomes das Graças Bisneto
Amanda Vasconcelos de Carvalho Souza
Ana Lúcia Soares Tojal
Andressa Pereira Peixoto Barbosa
Bárbara Patrícia da Silva Lima
Camila de Barros Prado Moura Sales
Elaine Cristina Tôrres Oliveira
Elisabete Mendonça Rêgo Peixoto
Emanuella Pinheiro de Farias Bispo
Karini Vieira Menezes de Omena
Larissa Virgínia Lins de Alencar Silva
Lúcio Vasconcellos de Verçoza
Magda Fernanda Lopes de Oliveira Andrade
Osmar Kleddson Pinheiro Canuto Rocha
Rafaela Brandão Almeida Ambrosio
Vivianne de Lima Biana de Assis
As edições anteriores da EXPOISEC estão disponíveis no endereço: Anais das edições anteriores da EXPOISEC