NEOPLASIA E DESIGUALDADE RACIAL EM ALAGOAS: IMPACTOS NA MORTALIDADE E NA EQUIDADE EM SAÚDE

  • Autor
  • Maria Eduarda Lima Aguiar
  • Co-autores
  • Ana Carolina Montenegro Batista , Anna Lethícia Ribeiro Teles , Bianca Yasmin Lino , Rafaella Cavalcante Jatobá , Elaine Cristina Torres Oliveira , Camila de Barros Prado Moura Sales
  • Resumo
  • Introdução: As desigualdades raciais na saúde persistem no Brasil, com destaque para a maior mortalidade por neoplasias entre grupos racializados. No Nordeste, especialmente em Alagoas, a vulnerabilidade social intensifica esse cenário, exigindo ações equitativas. Objetivo: Analisar a mortalidade por câncer em Alagoas entre 2019 e 2023, com foco nas desigualdades raciais. Metodologia: Estudo descritivo de abordagem quantitativa, com análise de dados secundários extraídos do DATASUS, por meio do TabNet, referentes aos óbitos e a mortalidade por neoplasias, em Alagoas entre 2019 e 2023, os quais foram usados para o cálculo da taxa de mortalidade. Serão considerados os recortes por raça/cor com o objetivo de identificar desigualdades raciais na mortalidade por câncer no estado. Resultados: A análise da mortalidade por neoplasias em Alagoas, por raça/cor, entre 2019 e 2023, mostra variação nas taxas específicas (óbitos por neoplasia a cada 10 mil habitantes da população analisada). Para brancos: 7,31 (2019), 6,53 (2020), 7,24 (2021), 6,94 (2022), 7,32 (2023). Pretos: 6,04 (2019), 7,57 (2020), 4,12 (2021), 4,88 (2022), 5,79 (2023). Amarelos: 25,71 (2019), 17,14 (2020), 16,35 (2021), 7,26 (2022), 23,98 (2023). Pardos: 7,37 (2019), 7,61 (2020), 8,49 (2021), 9,15 (2022), 9,75 (2023). Indígenas: 5,26 (2019), 4,21 (2020), 4,48 (2021), 3,11 (2022), 4,79 (2023). No total estadual, as taxas de mortalidade foram: 8,20 (2019), 8,11 (2020), 8,57 (2021), 8,49 (2022) e 9,07 (2023). Conclusão: Conclui-se que há desigualdades raciais na mortalidade por neoplasias em Alagoas, com maiores taxas entre amarelos e menores entre pretos e indígenas, ressaltando a importância de políticas públicas equitativas. Avanços do estudo ao conhecimento: Estudo revela desigualdades raciais na mortalidade por neoplasias em Alagoas, destaca a subnotificação e reforça a urgência de ações afirmativas e políticas equitativas.

  • Palavras-chave
  • Desigualdade racial. Neoplasias. Equidade em saúde.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Linha 3: Disparidades raciais, étnicas, socioeconômicas e geográficas na saúde
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O eixo Integração Ensino, Serviço e Comunidade (ISEC) está presente na estrutura curricular do curso de Medicina do Centro Universitário Cesmac de forma transversal, acompanhando o estudante durante todo o percurso formativo. O processo atende as diretrizes curriculares nacionais, que apontam para a formação de um profissional atento à realidade sócio sanitária da população e aos princípios da ética, humanismo, reflexividade e formação integral.

Com o objetivo de proporcionar o encontro interdisciplinar de todos os módulos que compõem o eixo ISEC, que compreendem do ISEC 1 ao ISEC 8, foi realizada a III Exposição Científica do Eixo ISEC (III ExpoISEC), buscando dialogar a formação médica no âmbito da Atenção Primária à Saúde e do Sistema Único de Saúde. O evento contou com a participação dos discentes do curso apresentando trabalhos acadêmicos científicos (119 trabalhos) abordando a temática central nos espaços de discussão de cada módulo do eixo.

Com a temática “Equidade em Saúde: O Desafio da Medicina Contemporânea” a III ExpoISEC trouxe para o cenário de discussão o princípio da equidade, não apenas como uma questão teórico-metodológica, mas também como uma demanda social, deslocando o tema da periferia para a centralidade do processo formativo. Ter a equidade em saúde como tema central de discussão se justifica pela sua relação com a redução das desigualdades, a garantia de justiça social e direitos humanos e a eficácia dos sistemas de saúde. A equidade em saúde é tema fundamental para os futuros profissionais que buscam soluções para tornar a medicina mais acessível e justa para todos.

Para o desenvolvimento do evento e a discussão da temática central, os trabalhos desenvolvidos pelos discentes, orientados pelos docentes do eixo e aqui apresentados, foram distribuídos nas seguintes linhas: 1. Desigualdades em saúde e determinantes sociais da saúde; 2. Atenção integral em saúde; 3. Disparidades raciais, étnicas, socioeconômicas e geográficas na saúde; 4. Saúde da população negra e 5. Gênero, diversidades e saúde.

Estes anais constituem um registro permanente das discussões e contribuições de discentes e docentes sobre a equidade em saúde e os desafios para a Medicina Contemporânea.

  • Linha 1: Desigualdades em saúde e determinantes sociais da saúde
  • Linha 2: Atenção integral à saúde
  • Linha 3: Disparidades raciais, étnicas, socioeconômicas e geográficas na saúde
  • Linha 4: Saúde da população negra
  • Linha 5: Gênero, diversidades e saúde

Comissão Organizadora

Emanuella Pinheiro de Farias Bispo
Elaine Cristina Tôrres Oliveira
Bárbara Patrícia da Silva Lima
Rafaela Brandão Almeida Ambrosio

Comissão Científica

Adalberto Gomes das Graças Bisneto
Amanda Vasconcelos de Carvalho Souza
Ana Lúcia Soares Tojal
Andressa Pereira Peixoto Barbosa
Bárbara Patrícia da Silva Lima
Camila de Barros Prado Moura Sales
Elaine Cristina Tôrres Oliveira
Elisabete Mendonça Rêgo Peixoto
Emanuella Pinheiro de Farias Bispo
Karini Vieira Menezes de Omena
Larissa Virgínia Lins de Alencar Silva
Lúcio Vasconcellos de Verçoza
Magda Fernanda Lopes de Oliveira Andrade
Osmar Kleddson Pinheiro Canuto Rocha
Rafaela Brandão Almeida Ambrosio
Vivianne de Lima Biana de Assis

 

As edições anteriores da EXPOISEC estão disponíveis no endereço: Anais das edições anteriores da EXPOISEC