COLESTASE NEONATAL POR CITOMEGALOVIROSE CONGÊNITA - RELATO DE CASO

  • Autor
  • Marcelo Ribeiro Mendes Júnior
  • Co-autores
  • Larissa Chaves de Carvalho , Ideval Santos Sousa Júnior , Lenisse Estelle Abrantes Gonçalves Amorim , Fabrício Silva Pessoa
  • Resumo
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    Introdução

    A infecção congênita pelo Citomegalovírus (CMV) pode acometer até 2,6% dos nascidos vivos. Apenas 10% dos infectados são sintomáticos, podendo apresentar quadro variável de comprometimento neurológico e colestase neonatal (CN). O diagnóstico precoce e tratamento adequado são essenciais para a diminuição de sequelas e de limitações da qualidade de vida da criança.

    Descrição do Caso

    ALCR, 3 meses, residente de São Bernardo – MA. Mãe realizou 7 consultas pré-natal, com sorologia para CMV IgM- e IgG+.

    Menor inicia quadro de icterícia no 7° dia de vida, procurando atendimento médico, sendo orientado banho de sol e retorno caso a icterícia persistisse após o 14° dia de vida.

    Evolui com distensão abdominal, colúria, acolia e hipoatividade, quando foi internada e iniciou a investigação para CN. Realizados exames complementares, evidenciando alterações da função hepáticas, sendo levantada a hipótese diagnóstica de Atresia de Vias Biliares (AVB). Esteve internada no HC por 11 dias, sendo transferida para o HUMI.

    No HUMI, se evidenciou hepatoesplenomegalia e icterícia. Foi realizada Laparotomia Exploradora com Biópsia, já que o intraoperatório mostrou que o quadro não se tratava de AVB. A análise histopatológica evidenciou: Hepatopatia crônica e discreta expansão dos espaços porta.

    Apresentava hemograma com Hb 7.6, Ht 23%, Leuco 6430 (N 1041/L 4873/M 340/E 128/B 45), Plaq 60000, AST 422, ALT 177, FA 950, GGT 274, BT 15.6, BD 13, BI 2.6.

    Realizada investigação para outras causas de CN, sendo todas negativas. Foram solicitadas sorologias TORCHS-Z, com resultado IgG e IgM + para Herpes e CMV. Realizado PCR urinário para CMV, que se mostrou detectável, recebendo diagnóstico de CN por citomegalovirose congênita, iniciando tratamento com Ganciclovir durante 6 semanas, com coleta de PCR urinários seriados e avaliando lesão em órgãos trópicos. TC de Crânio mostrou calcificações periventriculares. Líquor normal. Avaliação auditiva normal. Fundo de olho normal.

    Paciente evolui no final do tratamento com melhora do estado geral, das curvas de crescimento, resolução da icterícia, regressão da hepatoesplenomegalia, e normalização de marcadores de função e lesão hepáticas.

    Considerações Finais:

    Diante da icterícia, a infecção congênita pelo CMV deve se configurar como uma hipótese etiológica. Realização do PCR urinário para CMV deve ser considerada em todas as crianças com colestase neonatal.

  • Palavras-chave
  • Colestase, Infecção Congênita por CMV.
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