Introdução:A tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa, suscetível a cura por meio do tratamento, considerado relevante problema de saúde pública.Há desafios a serem superados, como o abandono do tratamento, sendo umas das ações prioritárias do Programa Nacional de Controle da Tuberculose que visa a redução da taxa de abandono para menor de 5%.Objetivos: Caracterizar o abandono do tratamento de tuberculose no Maranhão entre 2008 a 2018.Métodos:Trata-se de um estudo descritivo e quantitativo realizado no Sistema Nacional de Informação de Agravos de Notificação a partir das notificações de tuberculose no Estado do Maranhão entre 2008 a 2018. Utilizou-se as seguintes variáveis: abandono, ano de diagnóstico, sexo, raça, faixa etária, escolaridade, zona de residência, tipo de entrada, população privada de liberdade, institucionalizado, população de rua, profissionais de saúde, imigrante, forma, alcoolismo, AIDS, Diabetes, Doença Mental, drogas ilícitas, tabagismo. A análise procedeu-se por meio dos softwares TabWin (DATASUS).Resultados:Identificou-se o número de 3.039 casos de abandono. Sendo, os maiores índices predominaram nos anos de 2009 (n=334); 2010 (n=316) e 2016 (n=306). Os dados apontam maior frequência do sexo masculino (71,96%). Na faixa etária foi de 20-39 anos (53,70%) e raça parda (68,64%).Quanto a escolaridade, as evidências foram nas séries 5ª a 8ª (20,89%).Em relação a variável clínica a forma de Tuberculose mais comum foi a pulmonar com 93,38%. Verificou-se que 51,33% não são indivíduos institucionalizados e a população privada de liberdade constitui 0,02%.Em relação aos imigrante e profissional de saúde apresentaram valores insignificantes de identificação por grande parte ser preenchido como ignorado. Na análise da zona de residência apontou abandono de 71,56% na região urbana sendo que 33,00% não compõe a população de rua.No tipo de entrada apresentou valor relevante de abandono no item caso novo (71,40%).Tabagistas, alcoólatras e usuários de drogas ilícitas foram identificados com valores inconsideráveis.Os indivíduos com AIDS apresentaram apenas 9,44% enquanto, Diabéticos e portadores de Doenças Mentais apresentaram 4,44% e 2,56%.Conclusão:Diante dos dados, percebeu-se que há uma grande taxa de abandono no tratamento de TB. Entretanto, há presença de muitos dados ignorados o que não reflete a realidade, acontecendo as subnotificações e impossibilita as devidas implementações de ações para esses pacientes que abandonam o tratamento.
Comissão Organizadora
Liga Acadêmica de Infectologia e Vigilância em Saúde
Comissão Científica
Dr. Fabrício Silva Pessoa
Dr. Lídio Gonçalves Lima Neto
Dra. Wildete de Carvalho Mayrink
Me. Mara Izabel Carneiro Pimentel
Dra. Lilaléa Gonçalves
Me. Tânia Maria Gaspar Novais
Dra. Mylena Torres
Dra. Monique do Carmo