CRIPTOCOCOSE PULMONAR E MENÍNGOENCEFÁLICA CAUSADA POR Cryptococcus gattii EM PACIENTE IMUNOCOMPETENTE - RELATO DE CASO

  • Autor
  • Klissia Saraiva Garrido Carneiro
  • Co-autores
  • José de Ribamar da Silva Garrido Neto , Larissa Saraiva Garrido Carneiro , Guilherme Alberto Guimarães Souto , Klitia de Jesus Saraiva Garrido
  • Resumo
  • A criptococose é uma micose profunda, de comportamento oportunista, causada por fungos pertencentes ao gênero Cryptococcus neoformans. Ela também é conhecida como torulose, doença de Busse-Buschke e blastomicose europeia. Segundo o Consenso em criptococose, existem tipos de micose distintas do ponto de vista clínico e epidemiológico, sendo as infecções causadas principalmente pelo Cryptococcus neoformans (sorotipo D), C. grubii (sorotipo A) e C. gattii (sorotipo B e C). Esta enfermidade é responsável por infecção sistêmica principalmente em pacientes que apresentam imunodepressão, quer por uso de medicações imunossupressoras, como os corticosteroides e quimioterápicos empregados por longos períodos, sendo as mais importantes por hemopatias malignas e pelo vírus da imunodeficiência humana adquirida (HIV). Em menor incidência, a levedura pode causar infecção sistêmica em pacientes imunocompetentes, causando sintomatologia exuberante. O presente caso demonstra uma apresentação pouco frequente de criptococose pulmonar e meningoencefálica. Relatamos o caso de um paciente do sexo masculino, 66 anos, sem comorbidades aparentes, que apresentava como sintomas principais cefaleia frontal e occipital intensa, alterações visuais, êmese, febre e dispneia. Ao exame de imagem, apresentou presença de massa pulmonar na radiografia de tórax inicialmente sugestiva de neoplasia pulmonar. Após descartada esta hipótese e realização de novos exames, levantou-se a suspeita da crisptococose, sendo esta confirmada pela a presença da C. gatti no líquor e pulmão do paciente e alterações focais características em encéfalo em TC de crânio. Adotou-se tratamento com medicação antifúngica. Ao longo das 4 primeiras semanas de tratamento em UTI, houve gradual melhora dos sintomas, mantendo-se as medicações até o fim do tratamento, com duração de 6 meses, apresentando bom prognóstico. A doença entretanto possui, na maioria dos casos, evolução grave e fatal acompanhada ou não de lesão pulmonar evidente, fungemia e focos secundários para pele, rins, supra renal, ossos e outros. A criptococose é uma infecção pouco diagnosticada e o seu manejo clínico não está bem definido, pois o tratamento em imunocompetentes é controverso.

  • Palavras-chave
  • Criptococose pulmonar, criptococose menigoencefálica, Cryptococcus gattii, paciente imunocompetente.
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