Introdução: A leishmaniose visceral (LV) é uma doença sistêmica, crônica, grave que pode acometer pele, mucosas e víscer as. Causada por protozoário do gênero Leishmania, pertencente ao complexo Leishmania donovani. No Brasil, o cão doméstico é considerado o principal reservatório, e o flebotomíneo Lutzomyia longipalpis é o vetor da doença. Objetivo: Demonstrar o perfil epidemiológico dos casos de Leishmaniose visceral em crianças no Estado do Maranhão, no período de 2013 a 2017.Metodologia:Trata-se de um estudo descritivo e quantitativo, realizado no Sistema Nacional de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), a partir das notificações de leishmaniose visceral de crianças no Estado do Maranhão entre 2013 a 2017. Utilizou-se as seguintes variáveis: sexo, faixa etária, raça, escolaridade zona de residência, co-infecção HIV, diagnostico parasitológico, diagnostico imunológico, tipo de entrada, critério de confirmação e evolução. O desenvolvimento da análise e do processo sucedeu-se por meio dos softwares TabWin (DATASUS) e o Excel (Microsoft®).Resultados: Os resultados obtidos mostraram que no ano de 2013 a 2017, o estado do Maranhão registrou 1.848 casos de Leishmaniose Visceral sendo (53,73%) do sexo masculino, em relação a faixa etária < 1 ano (26,30%), de 1 a 4 anos (57,74%) a raça predominante foi a Indígena(23,54%) seguida da Parda (19,26%) com escolaridade Ign/Branco(1,03%), 1ª a 4 ª série incompleta do EF(5,30%) e não se aplica(92,37%), Verificou-se que zona de residência com maior influência foi Urbana (14,45%) seguida da rural (8,44%).As crianças que não apresentavam coinfecção por HIV (79,33%) e Ign/branco (18,89%) o diagnostico Parasitário positivo (29,92%) e os não realizado (57,63%) para diagnostico imunológico positivo (29,92%) e os não realizado (72,02%). Sendo a evolução da doença os Ign/branco (18,99%), Cura (59,52%) Conclusão: Os dados evidenciam que a LV se encontra em alto percentual de infecção em crianças no estado do Maranhão, visto que nos últimos cinco anos ocorreu o acréscimo dos casos. Deste modo é necessária a mobilização constante de recursos para que os planos e ações de controle sejam incorporadas e priorizadas para o combate da LV no Maranhão.
Comissão Organizadora
Liga Acadêmica de Infectologia e Vigilância em Saúde
Comissão Científica
Dr. Fabrício Silva Pessoa
Dr. Lídio Gonçalves Lima Neto
Dra. Wildete de Carvalho Mayrink
Me. Mara Izabel Carneiro Pimentel
Dra. Lilaléa Gonçalves
Me. Tânia Maria Gaspar Novais
Dra. Mylena Torres
Dra. Monique do Carmo