Introdução: O impetigo bolhoso é uma infecção bacteriana com manifestação superficial na pele, causada geralmente pelo agente Staphylococcus aureus e que acomete, comumente, recém-nascidos, crianças entre 2 a 5 anos e idosos. Ao perpassar a barreira da pele, seja após uma pequena lesão de pele ,como uma picada de inseto, a bactéria gram positiva por meio da toxina epidermolítica produzida no local da infecção provocará lesões vesicobolhosas e exulcerações recobertas por crostas hemato-melicéricas, com aspecto circinado. O impetigo é piodermite comum, de tratamento fácil, porém de diagnóstico muitas vezes desafiador, principalmente na sua forma bolhosa, que faz diagnóstico diferencial com as doenças bolhosas da infância, podendo com isso levar a complicações e infecções secundárias sérias como a osteomielite, artrite séptica. Nessa perspectiva, a relevância deste relato é abordar os aspectos gerais da doença e demonstrar que o diagnóstico preciso na fase inicial possibilita a terapêutica específica e evita complicações.Descrição do caso: Paciente do sexo feminino, 11 anos, cor negra, procedente de Pinheiro- MA. Paciente chegou a unidade de pronto atendimento (UPA) com febre de 38,1°. Durante anamnese, mãe relatou quadro de lesões em pele há 3 meses, evoluindo com secreção purulenta e prurido há 15 dias, acompanhado de dores articulares. Ao exame físico, apresentava lesões bolhosas, pruriginosas e purulentas em região de punhos, falanges distais e lábios. Além disso, foi observado, em regiões de face e cotovelos, crostas hemato-melicéricas, bem como mobilização fragilizada em estruturas osteoarticulares, diante de todo o quadro apresentado, a paciente foi transferida para o hospital Juvêncio Matos, onde foi confirmado o diagnóstico de impetigo bolhoso por meio da cultura e iniciado o tratamento com cefazolina via endovenosa, recebendo alta hospitalar no oitavo dia de internação, com melhora no quadro.Considerações finais: O relato apresenta um quadro de impetigo, com topografias e apresentação clínica típicas, ratificando para o diagnóstico. O tratamento com antibioticoterapia tem por finalidade interromper a progressão do processo infeccioso. Nessa ótica, é de suma importância diagnóstico precoce e tratamento imediato, uma vez que é uma patologia com características contagiosas, que podem evoluir com complicações e infecções secundárias o que tornaria o tratamento dificultoso.
Comissão Organizadora
Liga Acadêmica de Infectologia e Vigilância em Saúde
Comissão Científica
Dr. Fabrício Silva Pessoa
Dr. Lídio Gonçalves Lima Neto
Dra. Wildete de Carvalho Mayrink
Me. Mara Izabel Carneiro Pimentel
Dra. Lilaléa Gonçalves
Me. Tânia Maria Gaspar Novais
Dra. Mylena Torres
Dra. Monique do Carmo