TRANSTORNOS ALIMENTARES NO CONTEXTO DA SAÚDE PÚBLICA BRASILEIRA: UMA ANÁLISE DAS ESTRATÉGIAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE.

  • Autor
  • Isabelle maria Teixeira Freitas
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: Os transtornos alimentares (TAs) são distúrbios psiquiátricos caracterizados por padrões alimentares disfuncionais e intensa preocupação com o peso e a imagem corporal. Dentre os principais tipos destacam-se a anorexia nervosa, a bulimia nervosa e o transtorno de compulsão alimentar periódica. Segundo dados do Ministério da Saúde, essas condições afetam mais de 70 milhões de pessoas no mundo, com prevalência significativa em adolescentes e adultos jovens, sobretudo do sexo feminino. Além de sua complexidade clínica, os TAs apresentam altas taxas de morbidade e mortalidade, exigindo atenção integrada no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). OBJETIVO: Analisar as diretrizes e estratégias adotadas pelo Ministério da Saúde no enfrentamento dos transtornos alimentares, com ênfase na prevenção, diagnóstico precoce e tratamento interdisciplinar, destacando sua inserção nas políticas públicas de saúde mental e promoção da saúde. METODOLOGIA: Este estudo consiste em uma revisão simples, com base em fontes oficiais do Ministério da Saúde. Foram analisadas publicações disponíveis nos portais gov.br, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS/MS), além de informes técnicos e campanhas educativas institucionais publicadas entre 2018 e 2024. O foco da seleção foi identificar abordagens governamentais para a prevenção, diagnóstico e cuidado dos TAs no Brasil, especialmente aquelas voltadas à atenção básica e saúde mental. RESULTADOS: Os documentos analisados revelam que os TAs têm etiologia multifatorial, envolvendo aspectos genéticos, psicológicos, ambientais e culturais. A compulsão alimentar, por exemplo, tem sido associada ao estresse crônico, ansiedade, isolamento social e baixa autoestima. Já a anorexia e a bulimia estão frequentemente vinculadas à insatisfação corporal, distorção da autoimagem e idealizações estéticas socialmente reforçadas. O Ministério da Saúde destaca a necessidade de cuidado multiprofissional, incluindo nutricionistas, psicólogos, psiquiatras e educadores físicos, além do uso das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), como a meditação, o reiki e a auriculoterapia, como estratégias auxiliares na promoção do bem-estar mental. As campanhas educativas enfatizam o reconhecimento precoce dos sintomas — como episódios de alimentação descontrolada, indução de vômitos, uso de laxantes ou jejum prolongado — e a importância da escuta qualificada na atenção primária. O aumento da prevalência de TAs entre adolescentes brasileiros, conforme dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), reforça a necessidade de políticas públicas intersetoriais voltadas à juventude, que envolvam saúde, educação e assistência social, com ações de prevenção e redução de danos. CONCLUSÃO: Os transtornos alimentares configuram um desafio relevante à saúde pública brasileira, exigindo resposta sistêmica e integral. O Ministério da Saúde tem investido em estratégias de cuidado interdisciplinar, prevenção e fortalecimento da rede psicossocial, com foco na atenção primária e práticas humanizadas. A ampliação do acesso ao diagnóstico precoce, à informação qualificada e ao tratamento individualizado é essencial para mitigar o impacto dos TAs na população e promover saúde mental em todas as fases da vida.

     

  • Palavras-chave
  • Transtornos alimentares; Saúde pública; Compulsão alimentar; Sistema Único de Saúde; Saúde mental; Adolescência.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
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