ULTRASSONOGRAFIA COMO MÉTODO DE DIAGNÓSTICO GESTACIONAL E NASCIMENTO DE FILHOTES DE RAIA-MANTEIGA (Dasyatis hypostigma) NO OCEANIC AQUARIUM, Balneário Camboriú, SC

  • Autor
  • Juliana Almeida Formágio
  • Co-autores
  • Lucas Gabriel Poerner Sorrentino , Rafaelle Monteiro , Gabriela Assoni
  • Resumo
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    ULTRASSONOGRAFIA COMO MÉTODO DE DIAGNÓSTICO GESTACIONAL E NASCIMENTO DE FILHOTES DE RAIA-MANTEIGA (Dasyatis hypostigma) NO OCEANIC AQUARIUM, Balneário Camboriú, SC




    Juliana Almeida Formágio¹; Lucas Gabriel PoernerSorrentino²; Gabriela de Lima Assoni3; Maira Melanesi²; Thalita Schulz de Borba3;Rafaelle Monteiro N. Messenger¹;Federico Argemi4,5.


    ¹Setor veterinário, Oceanic Aquarium, Balneário Camboriú, SC.

    ²Setor de Manejo, Oceanic Aquarium, Balneário Camboriú, SC.

    3Setor de Bem-estar Animal, Oceanic Aquarium, Balneário Camboriú, SC.

    4Operações Técnicas, Oceanic Aquarium, Balneário Camboriú, SC.

    5Animal Science ResearchProgram, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS.

     

     

     

    Os registros de reproduções bem-sucedidas de peixes são raros e pouco documentados em aquários públicos no Brasil, nem sempre há a disponibilidade de condições ideais para proporcionar a cópula. A maioria dos nascimentos reportados costuma ser resultante de fêmeas capturadas já prenhes da natureza. Dasyatidae é uma família é uma família de raias da ordem Myliobatiformes, habitando águas tropicais e subtropicais de todos os oceanos. As raias dessa ordem são vivíparas, aplacentrárias e histotróficas, com os embriões nutridos por uma secreção da mucosa viliforme do útero da mãe, conhecido como trofonema, que é rica em lipídeos e proteínas. a raia-manteiga (Dasyatis hypostigma) é uma espécie encontrada em águas costeiras do sul do Brasil a Argentina. Dois casais de raias desta espécie são mantidos em um habitat com 300 mil litros, junto com outras espécies de peixes, incluindo tubarões, desde dezembro de 2020. Os dois casais apresentaram comportamento reprodutivo em dezembro de 2021, quando foram observados frequentes perseguições dos machos em relação às fêmeas, incluindo a observação de cópula. Em maio de 2022, também foram observadas novas perseguições, além de lesões nas bordas do disco das fêmeas. No início do mês de agosto, foram notadas alterações no comportamento das fêmeas, que reduziram suas atividades, permanecendo por mais tempo junto ao substrato, e também reduziram a ingestão de alimentos, e foi observado aumento do volume da região dorsal, levantando a suspeita de uma possível prenhez. No dia 09 de setembro de 2022, as raias fêmeas foram transferidas para o setor extra e alojadas em um habitat de 5 mil litros, para um melhor acompanhamento da equipe técnica. A ultrassonografia realizada no dia 14 de setembro foi determinante para o diagnostico gestacional, onde foi possível observar a presença de filhotes viáveis nas duas fêmeas. No dia 02 de outubro de 2022, houve o primeiro nascimento de uma das fêmeas, com nove filhotes, sendo seis machos e três fêmeas, com comprimento total mínimo de 13 cm e máximo de 17cm, e média de peso de 120 gramas. A manutenção de animais sob cuidados profissionais colabora com a geração de conhecimento científico sobre aspectos biológicos e fisiológicos das espécies, possibilitando inclusive a observação de comportamentos reprodutivos, incluindo a corte, cópula, gestação e nascimento de filhotes. A ultrassonografia é uma ferramenta muito importante para a confirmação gestacional, acompanhamento do desenvolvimento, assim como a determinação do número de embriões e a viabilidade dos fetos.

     

  • Palavras-chave
  • Dasyatis hypostigma; ultrassonografia; reprodução; cuidado profissional.
  • Modalidade
  • Comunicação oral
  • Área Temática
  • Ecologia, impactos humanos e conservação
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