Perfil epidemiológico da Sífilis Gestacional em adolescentes nos anos de 2011 a 2021 no Estado de Roraima

  • Autor
  • Vinícius da Costa Faustino
  • Co-autores
  • Paula Vitória de Oliveira Sales , Raimundo Carlos Sousa
  • Resumo
  • INTRODUÇÃO: Na sociedade atual, cada vez mais jovens estão iniciando de forma precoce a atividade sexual. Dessa forma, acompanhado do despreparo e falta de conhecimento de alguns desses adolescentes no assunto, algumas problemáticas no âmbito social e da saúde pública começaram a surgir, entre elas, o aumento na incidência da sífilis gestacional na adolescência. Uma doença de notificação compulsória e que, apesar de ter um tratamento acessível e eficaz, sua alta incidência traz impactos negativos à saúde pública devido os desfechos negativos a mulher e a criança.

     

    OBJETIVOS: Analisar o perfil epidemiológico de adolescentes que foram diagnosticadas com sífilis gestacional entre os anos de 2011 e 2021, segundo dados do DATASUS.

     

    METODOLOGIA: Este estudo tem como natureza uma pesquisa bibliográfica, que terá uma abordagem quantitativa, qualitativa e descritiva. Para tal foram utilizadas como bases de dados para busca de publicações o Scielo, PubMed e TabNet DATASUS para a verificação dos dados quantitativos. 

     

    RESULTADOS: O número de casos da doença no período de 2011 a 2021 foi de 1.491 mulheres, sendo que 445 destas tinham entre 10 a 19 anos, representando cerca de 29,8%. Em relação à raça a predominância foi de pardos com 366 adolescentes, seguido de brancas com 27 e indígenas com 23. Entretanto, segundo dados do IBGE, apenas 56% da população é de cor preta ou parda, mostrando que a infecção é muito mais prevalente nessa cor (85,8%). No que tange à classificação clínica, a maioria das adolescentes estavam em fase primária (220), 26 na fase secundária, 30 na terciária e 80 no período latente. Além disso, dados mostram que 20% das fichas de notificação foram deixados em branco ao ignorado a respeito desse dado, primordial para o tratamento da doença. Com relação ao método diagnóstico, 401 casos foram reagentes com testes não treponêmicos, como o VDRL e 289 foram reagentes com testes treponêmicos, como o teste rápido feito na Unidade Básica de Saúde. Acerca da escolaridade, 41 adolescentes haviam completado o ensino fundamental e 65 haviam completado o ensino médio, porém a taxa de garotas que apresentava ensino fundamental incompleto ou ensino médio incompleto ultrapassava de 51% dos casos. Por fim, a maioria dos diagnósticos foram feitos na capital Boa Vista com 373 casos, seguida pelos municípios de Rorainópolis (21) e Caracaraí (17).


    CONCLUSÃO: Diante do exposto, é possível observar que a alta prevalência de adolescentes entre 10 e 19 com o diagnóstico de sífilis gestacional deve-se principalmente à falta de educação em saúde, que continua a ser um tabu na sociedade brasileira. Além do mais, segundo os dados, a cor preta ou parda e a baixa escolaridade são fatores de risco para a infecção pela sífilis, dada a alta prevalência da doença nesses casos. Esses fatores, levando em conta ainda os métodos de diagnóstico, poderiam ser revertidos com informação em saúde voltadas não apenas para sífilis, mas outras IST também e uma maior acessibilidade no serviço para população mais vulnerável.

     

  • Palavras-chave
  • sífilis gestacional, gravidez na adolescência, epidemiologia.
  • Área Temática
  • Doenças sexualmente transmissíveis
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Caros leitores e participantes da III Jornada de Obstetrícia e Ginecologia da Adolescência da Amazônia Ocidental,

É com grande satisfação que apresentamos os anais de resumos simples deste evento, que reúne profissionais de saúde, pesquisadores, educadores e demais envolvidos no cuidado da saúde das adolescentes da região amazônica. Nesta edição, buscamos promover o compartilhamento de conhecimentos e experiências, bem como estimular o diálogo e a reflexão sobre os desafios e avanços na área da saúde reprodutiva e ginecológica na adolescência.

A Amazônia Ocidental é uma região rica em biodiversidade, cultura e tradições, mas também enfrenta particularidades e desafios específicos quando se trata do cuidado à saúde das adolescentes. Neste contexto, é essencial abordar a saúde sexual e reprodutiva de forma integral, levando em consideração os aspectos biológicos, psicológicos, sociais e culturais que influenciam a vida das adolescentes.

Os resumos apresentados nesta edição abrangem uma variedade de temas, desde estratégias de prevenção e educação sexual até o cenário da gravidez na adolescência, saúde mental e bem-estar emocional. São trabalhos que refletem a dedicação e o compromisso de profissionais e pesquisadores em proporcionar cuidados de qualidade e promover o empoderamento das adolescentes na região amazônica.

Ao explorar e compartilhar essas experiências, temos a oportunidade de ampliar nosso conhecimento e aprimorar as práticas de atendimento às adolescentes. Os resumos aqui reunidos são frutos de pesquisas científicas, estudos de caso, relatos de experiência e iniciativas inovadoras que podem servir como base para a implementação de políticas públicas e intervenções efetivas voltadas para a saúde e o bem-estar das adolescentes.

Nesta jornada, é fundamental reconhecermos a importância da colaboração entre profissionais de saúde, educadores, gestores públicos, organizações da sociedade civil e, especialmente, das próprias adolescentes e suas famílias. A interdisciplinaridade e a participação ativa de todos os envolvidos são elementos essenciais para o sucesso na promoção de uma saúde sexual e reprodutiva saudável e equitativa para as adolescentes da Amazônia Ocidental.

Por fim, gostaríamos de expressar nossa gratidão aos autores e pesquisadores que contribuíram com seus trabalhos para a publicação destes anais. Também agradecemos à Comissão Científica pelo seu tempo e expertise na avaliação dos resumos submetidos. Sem o comprometimento e o esforço conjunto, essa iniciativa não seria possível.

Desejamos a todos uma leitura enriquecedora e inspiradora. Que os conhecimentos e experiências compartilhados nos resumos aqui apresentados possam impulsionar avanços significativos na saúde e no bem-estar das adolescentes da Amazônia Ocidental.

Atenciosamente,

 

Dra. Eugênia Glaucy Moura Ferreirao
Presidente – ASGORR

 

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