PREVALÊNCIA DA MORTALIDADE MATERNA NA ADOLESCÊNCIA NA AMAZÔNIA OCIDENTAL: ESTUDO DE SÉRIE TEMPORAL BASEADO NO NÚMERO DE ÓBITOS MATERNOS NOS ANOS DE 2016 A 2021

  • Autor
  • Andressa Daylana Feitosa do Nascimento
  • Co-autores
  • Elisangela Novaes Narde , Kaira Ventorin Figueira , Mei Iguchi Sato , Naimi de Souza França Barroso , Paula Daniele Batista , Thais Camila Alves Lessa Duran
  • Resumo
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    Introdução: A mortalidade materna é definida como a morte de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias após o término da gestação, sendo considerado um importante indicador de saúde, haja vista que o número de mortes em algumas áreas do mundo refletem a desigualdade no acesso aos serviços de saúde. Não obstante, a gravidez na adolescência é considerada como um problema de saúde pública no Brasil, podendo gerar consequências na saúde das mães e dos neonatos, tendo em vista a imaturidade biológica do organismo de uma adolescente para desenvolver uma vida. Dentre os fatores que contribuem para a gestação precoce, estão incluidos a falta de acesso a educação sexual, dificuldade de acesso a métodos contraceptivos, violência sexual, entre outros, que repercutem no âmbito psicológico, sociocultural e econômico, afetando não somente a jovem, como também sua família e o desenvolvimento socioeconômico do país como um todo. A Organização Mundial da Saúde definiu a gravidez na adolescência como um importante fatir de risco para a mortalidade materna. Objetivos: Analisar a prevalência da mortalidade materna na adolescência na Região Norte no período de 2016 a 2021. Métodos: Estudo transversal, retrospectivo, descritivo e quantitativo utilizando dados secundários obtidos da plataforma DATASUS, a respeito do número de óbitos maternos na Região Norte em adolescentes de 10 a 19 anos, associado ao nível de escolaridade e estado civil materno. Resultados: Foram notificados 237 óbitos maternos em adolescentes solteiras de 10 a 19 anos no período de 2016 a 2021. O ano de 2016 teve o maior número de notificações por óbito materno, totalizando 91 óbitos. Além disso, de acordo com a escolaridade, notou-se maior incidência nas adolescentes com escolaridade/grau de instrução de 8 a 11 anos, totalizando 35 casos, e menor incidência naquelas com escolaridade maior que 12 anos, totalizando 4 casos. No ano de 2017, observou-se declínio nas notificações de óbito materno, totalizando 24 óbitos, sendo a maior incidência em adolescentes com nível de escolaridade de 4 a 7 anos, totalizando 12 óbitos. Já no ano de 2018, observou-se novo aumento na taxa de óbitos maternos, totalizando 34 notificações. Nos anos de 2019 e 2020, nota-se estabilidade nas notificações, totalizando 30 e 31 notificações, respectivamente. Em 2021, notou-se maior declínio nas notificações, totalizando 27 óbitos maternos. Conclusão: A falta de acesso a serviços públicos de saúde associada a desigualdade socioeconômica, corrobora para que os índices de gravidez na adolescência se elevem e, consequentemente, as taxas de mortalidade materna, evidenciando a necessidade da implantação de políticas públicas efetivas a fim de minimizar os impactos negativos que a gestação precoce ocasiona na vida da adolescente e de seu meio. Além disso, nota-se a importância de ações intervencionistas que visem ações de educação sexual na adolescência e prevenção de gravidez precoce e/ou indesejada, a fim de reduzir as taxas de gestação precoce e mortalidade materna.

     

  • Palavras-chave
  • Adolescência, Gravidez na adolescência, Mortalidade materna
  • Área Temática
  • Mastologia
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Caros leitores e participantes da III Jornada de Obstetrícia e Ginecologia da Adolescência da Amazônia Ocidental,

É com grande satisfação que apresentamos os anais de resumos simples deste evento, que reúne profissionais de saúde, pesquisadores, educadores e demais envolvidos no cuidado da saúde das adolescentes da região amazônica. Nesta edição, buscamos promover o compartilhamento de conhecimentos e experiências, bem como estimular o diálogo e a reflexão sobre os desafios e avanços na área da saúde reprodutiva e ginecológica na adolescência.

A Amazônia Ocidental é uma região rica em biodiversidade, cultura e tradições, mas também enfrenta particularidades e desafios específicos quando se trata do cuidado à saúde das adolescentes. Neste contexto, é essencial abordar a saúde sexual e reprodutiva de forma integral, levando em consideração os aspectos biológicos, psicológicos, sociais e culturais que influenciam a vida das adolescentes.

Os resumos apresentados nesta edição abrangem uma variedade de temas, desde estratégias de prevenção e educação sexual até o cenário da gravidez na adolescência, saúde mental e bem-estar emocional. São trabalhos que refletem a dedicação e o compromisso de profissionais e pesquisadores em proporcionar cuidados de qualidade e promover o empoderamento das adolescentes na região amazônica.

Ao explorar e compartilhar essas experiências, temos a oportunidade de ampliar nosso conhecimento e aprimorar as práticas de atendimento às adolescentes. Os resumos aqui reunidos são frutos de pesquisas científicas, estudos de caso, relatos de experiência e iniciativas inovadoras que podem servir como base para a implementação de políticas públicas e intervenções efetivas voltadas para a saúde e o bem-estar das adolescentes.

Nesta jornada, é fundamental reconhecermos a importância da colaboração entre profissionais de saúde, educadores, gestores públicos, organizações da sociedade civil e, especialmente, das próprias adolescentes e suas famílias. A interdisciplinaridade e a participação ativa de todos os envolvidos são elementos essenciais para o sucesso na promoção de uma saúde sexual e reprodutiva saudável e equitativa para as adolescentes da Amazônia Ocidental.

Por fim, gostaríamos de expressar nossa gratidão aos autores e pesquisadores que contribuíram com seus trabalhos para a publicação destes anais. Também agradecemos à Comissão Científica pelo seu tempo e expertise na avaliação dos resumos submetidos. Sem o comprometimento e o esforço conjunto, essa iniciativa não seria possível.

Desejamos a todos uma leitura enriquecedora e inspiradora. Que os conhecimentos e experiências compartilhados nos resumos aqui apresentados possam impulsionar avanços significativos na saúde e no bem-estar das adolescentes da Amazônia Ocidental.

Atenciosamente,

 

Dra. Eugênia Glaucy Moura Ferreirao
Presidente – ASGORR

 

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Dra. Eugênia Glaucy Moura Ferreirao
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