A RELAÇÃO DA RESISTÊNCIA INSULÍNICA COM A SÍNDROME DOS OVÁRIOS POLICÍSTICOS

  • Autor
  • Izabella Gurgel do Amaral Pini Rocha
  • Co-autores
  • Julia Garcia Peres , Giovanna Amanda Chíxaro Sapper , Sabrina Kokkonen Henz
  • Resumo
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    Introdução: A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) representa uma das desordens endócrinas-reprodutivas em mulheres em idade fértil, acometendo cerca de 5% a 10% dessa população. A fisiopatologia que leva a SOP são mecanismos multifatoriais que incluem anormalidades no eixo hipotálamo-hipófise, no ciclo da esteroidogênese e resistência insulínica. De modo geral, o hiperandrogenismo aumenta a expressão de genes envolvidos na lipogênese, com uma predisposição para o acúmulo de gordura. Seguindo uma cascata, o excesso de tecido adiposo está associado à resistência insulínica, ou seja, ao aumento da secreção pancreática de insulina, induzindo um estado hiperinsulinêmico compensatório, que estimula a produção de andrógenos fechando então o ciclo de feedback que culmina na Síndrome Metabólica. Logo, embora a etiologia seja complexa e não bem compreendida, há uma relação da predisposição genética e fatores ambientais na patologia. O diagnóstico da síndrome é feito por exclusão de outras causas de irregularidade menstrual, hiperandrogenismo e anovulação crônica e orientado por consensos, sendo o consenso de Rotterdam o mais utilizado atualmente, que considera dois dos seguintes critérios: a) amenorreia ou menos de seis ciclos menstruais ao ano; b) hiperandrogenismo (clínico ou laboratorial); c) imagem sugestiva de ovários policísticos; Objetivos: Compreender quadro clínico da SOP e sua correlação com a resistência insulínica e síndrome metabólica Metodologia: Realizou-se uma revisão de literatura integrativa com base em artigos selecionados entre os anos de 2018 e 2022, em português, nas bases de dados Pubmed, Scielo e FEBRASGO. Resultados: Ao menos 50% das mulheres diagnosticadas com SOP são obesas e em sua maioria apresentam resistência à insulina e hiperinsulinemia. Nesse sentido, fica claro, a relação da síndrome com a SM que são asseguradas pelos parâmetros de diagnóstico, quadro clínico e desenvolvimento de ambas doenças, visto que o grau de comprometimento de ambas está relacionado a alterações endócrinas e metabólicas, sendo comum tanto a resistência insulínica quanto a presença de dislipidemia, hipertensão arterial sistêmica (HAS), obesidade e alteração de marcadores pró-inflamatórios. Ademais, a prevalência da SM nas paciente com SOP varia de 30 a pouco mais de 40%, cerca de duas vezes maior que a observada em mulheres da população geral e  a presença deste elo entre as síndromes apresentam o risco de até sete vezes maior em desenvolverem doenças cardiovasculares, já que a resistência insulínica está diretamente relacionada à formação da placa aterosclerótica. Conclusão: É evidente que está doença possui como um importante desencadeante a participação de fatores ambientais, tais como, alimentação, sedentarismo, sobrepeso e como consequência do mesmo uma resistência insulínica. A partir disso temos vários efeitos colaterais, como hirsutismo, anovulação que influenciam na qualidade de vida desta paciente. O diagnóstico é feito a partir da exclusão de outras patologias, necessitando de ao menos 2 de 3 critérios. A principal pauta em cima do tratamento é uma mudança de estilo de vida, alimentação balanceada, além de fármacos que auxiliam quando necessário.

     

  • Palavras-chave
  • Anovulação; Hiperandrogenismo; Hiperinsulinemia; Ovários Policísticos.
  • Área Temática
  • Endocrinologia ginecológica
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Caros leitores e participantes da III Jornada de Obstetrícia e Ginecologia da Adolescência da Amazônia Ocidental,

É com grande satisfação que apresentamos os anais de resumos simples deste evento, que reúne profissionais de saúde, pesquisadores, educadores e demais envolvidos no cuidado da saúde das adolescentes da região amazônica. Nesta edição, buscamos promover o compartilhamento de conhecimentos e experiências, bem como estimular o diálogo e a reflexão sobre os desafios e avanços na área da saúde reprodutiva e ginecológica na adolescência.

A Amazônia Ocidental é uma região rica em biodiversidade, cultura e tradições, mas também enfrenta particularidades e desafios específicos quando se trata do cuidado à saúde das adolescentes. Neste contexto, é essencial abordar a saúde sexual e reprodutiva de forma integral, levando em consideração os aspectos biológicos, psicológicos, sociais e culturais que influenciam a vida das adolescentes.

Os resumos apresentados nesta edição abrangem uma variedade de temas, desde estratégias de prevenção e educação sexual até o cenário da gravidez na adolescência, saúde mental e bem-estar emocional. São trabalhos que refletem a dedicação e o compromisso de profissionais e pesquisadores em proporcionar cuidados de qualidade e promover o empoderamento das adolescentes na região amazônica.

Ao explorar e compartilhar essas experiências, temos a oportunidade de ampliar nosso conhecimento e aprimorar as práticas de atendimento às adolescentes. Os resumos aqui reunidos são frutos de pesquisas científicas, estudos de caso, relatos de experiência e iniciativas inovadoras que podem servir como base para a implementação de políticas públicas e intervenções efetivas voltadas para a saúde e o bem-estar das adolescentes.

Nesta jornada, é fundamental reconhecermos a importância da colaboração entre profissionais de saúde, educadores, gestores públicos, organizações da sociedade civil e, especialmente, das próprias adolescentes e suas famílias. A interdisciplinaridade e a participação ativa de todos os envolvidos são elementos essenciais para o sucesso na promoção de uma saúde sexual e reprodutiva saudável e equitativa para as adolescentes da Amazônia Ocidental.

Por fim, gostaríamos de expressar nossa gratidão aos autores e pesquisadores que contribuíram com seus trabalhos para a publicação destes anais. Também agradecemos à Comissão Científica pelo seu tempo e expertise na avaliação dos resumos submetidos. Sem o comprometimento e o esforço conjunto, essa iniciativa não seria possível.

Desejamos a todos uma leitura enriquecedora e inspiradora. Que os conhecimentos e experiências compartilhados nos resumos aqui apresentados possam impulsionar avanços significativos na saúde e no bem-estar das adolescentes da Amazônia Ocidental.

Atenciosamente,

 

Dra. Eugênia Glaucy Moura Ferreirao
Presidente – ASGORR

 

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