Introdução: A adolescência é uma fase biológica de transição entre a infância e a vida adulta, marcada por mudanças físicas, emocionais, hormonais, sociais e cognitivas. Ainda, é um momento em que o jovem busca sua identidade, autonomia e independência. Entretanto, a gravidez, nesse período, é considerada um problema de saúde pública, devido às graves complicações médicas e sociais tanto para mãe quanto para o recém-nascido. Ademais, nos últimos anos, houve uma queda global no número de partos em adolescentes, todavia ainda se configura um problema em muitos países, como no Brasil, pois de acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) o país apresentou a maior taxa de gravidez na adolescência da América Latina com 68,4 nascidos vivos para cada mil adolescente de 15 a 19 anos. Além disso, essas jovens grávidas, diversas vezes, enfrentam discriminação e preconceito da família e sociedade, o que pode causar problemas emocionais e psicológicos, além de abandono escolar e limitação de um futuro profissional . Objetivos: Compreender os possíveis reflexos e impactos da gravidez na vida das adolescentes, e verificar os fatores socioeconômicos associados à gravidez na adolescência. Metodologia: O presente estudo, trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com busca nas seguintes bases de dados: SciELO, BVS, LILACS e PubMed. Utilizou-se os descritores “gravidez na adolescência” e “consequências da gravidez”. Foram analisados integralmente 30 artigos acerca do tema proposto, publicados no período entre 2018-2023, dentre os quais selecionou-se 05 para esta pesquisa. Resultados: As adolescentes grávidas enfrentam um maior risco de problemas de saúde, como anemia, diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, parto prematuro, baixo peso do bebê ao nascer e mortalidade neonatal. Esses riscos são ampliados porque o corpo da adolescente ainda está em desenvolvimento e não está pronto para receber uma gravidez nem o parto. Outrossim, as meninas pubescentes grávidas e com baixo poder socioeconômico sofrem problemas maiores, como um acompanhamento inadequado da rede de saúde pública, maior probabilidade de fumar e consumir álcool, o que torna a gravidez ainda mais difícil durante esse período. Além disso, essas gestantes, frequentemente, enfrentam estigma e discriminação, o que pode levar a problemas emocionais e psicológicos, como ansiedade, depressão e baixa autoestima. Portanto, nota-se um prejuízo educacional, pois há um abandono dos estudos, em sua maioria, visto que a mãe precisa cuidar do filho em período integral, ocasionando, assim, um déficit de escolarização e formação profissional. Conclusão: A gravidez na adolescência é um problema de saúde pública que requer acolhimento, prevenção e cuidados adequados. Diante do exposto, é necessário trabalhar em conjunto com a comunidade, incluindo pais, educadores e profissionais de saúde, a fim de fornecer uma educação adequada sobre saúde sexual e contracepção, com finalidade de prevenir a gravidez e garantir um futuro saudável para a jovem e a sua família. Destarte, é preciso aumentar a acessibilidade aos contraceptivos, e preservativos, juntamente com a comunicação com os pais e para as adolescentes grávidas, é importante, também, fornecer suporte emocional, financeiro e incentivo para que a mesma busque informações a respeito do planejamento familiar.
Caros leitores e participantes da III Jornada de Obstetrícia e Ginecologia da Adolescência da Amazônia Ocidental,
É com grande satisfação que apresentamos os anais de resumos simples deste evento, que reúne profissionais de saúde, pesquisadores, educadores e demais envolvidos no cuidado da saúde das adolescentes da região amazônica. Nesta edição, buscamos promover o compartilhamento de conhecimentos e experiências, bem como estimular o diálogo e a reflexão sobre os desafios e avanços na área da saúde reprodutiva e ginecológica na adolescência.
A Amazônia Ocidental é uma região rica em biodiversidade, cultura e tradições, mas também enfrenta particularidades e desafios específicos quando se trata do cuidado à saúde das adolescentes. Neste contexto, é essencial abordar a saúde sexual e reprodutiva de forma integral, levando em consideração os aspectos biológicos, psicológicos, sociais e culturais que influenciam a vida das adolescentes.
Os resumos apresentados nesta edição abrangem uma variedade de temas, desde estratégias de prevenção e educação sexual até o cenário da gravidez na adolescência, saúde mental e bem-estar emocional. São trabalhos que refletem a dedicação e o compromisso de profissionais e pesquisadores em proporcionar cuidados de qualidade e promover o empoderamento das adolescentes na região amazônica.
Ao explorar e compartilhar essas experiências, temos a oportunidade de ampliar nosso conhecimento e aprimorar as práticas de atendimento às adolescentes. Os resumos aqui reunidos são frutos de pesquisas científicas, estudos de caso, relatos de experiência e iniciativas inovadoras que podem servir como base para a implementação de políticas públicas e intervenções efetivas voltadas para a saúde e o bem-estar das adolescentes.
Nesta jornada, é fundamental reconhecermos a importância da colaboração entre profissionais de saúde, educadores, gestores públicos, organizações da sociedade civil e, especialmente, das próprias adolescentes e suas famílias. A interdisciplinaridade e a participação ativa de todos os envolvidos são elementos essenciais para o sucesso na promoção de uma saúde sexual e reprodutiva saudável e equitativa para as adolescentes da Amazônia Ocidental.
Por fim, gostaríamos de expressar nossa gratidão aos autores e pesquisadores que contribuíram com seus trabalhos para a publicação destes anais. Também agradecemos à Comissão Científica pelo seu tempo e expertise na avaliação dos resumos submetidos. Sem o comprometimento e o esforço conjunto, essa iniciativa não seria possível.
Desejamos a todos uma leitura enriquecedora e inspiradora. Que os conhecimentos e experiências compartilhados nos resumos aqui apresentados possam impulsionar avanços significativos na saúde e no bem-estar das adolescentes da Amazônia Ocidental.
Atenciosamente,
Dra. Eugênia Glaucy Moura Ferreirao
Presidente – ASGORR
Dra. Eugênia Glaucy Moura Ferreirao
Presidente – ASGORR
Drª Luciana Cabus Arcoverde
ASGORR
Drª Ida Peréa Monteiro
ASSOGIRO
Drª Cynthia Dantas de Macedo Lins
Presidente da Comissão Científica - ASGORR
Drª Raquel Muradás
Secretária da Comissão Científica - ASSOGIRO
Drª Emilila Maria Freitas Alexandrino
Membro da da Comissão Científica - ASGORR
Drª Eugênia Glaucy Moura Rebelo
Membro da da Comissão Científica - ASGORR
contato@assogiro.com.br