Introdução: A gravidez na adolescência é caracterizada por uma gestação dentro da idade de 12 a 20 anos. Nesse contexto é possível identificar nessa faixa etária uma alta incidência de um quadro anêmico, a qual trata-se de uma patologia que corrobora na diminuição da hemoglobina ou da quantidade de eritrócitos por unidade de volume sanguíneo devido a fatores nutricionais. Diante disso, nota-se que a anemia é vista como um problema de origem social que associado a gestação pode trazer graves consequências tanto para o feto quanto para a gestante. Além disso, fisiologicamente a gravidez já pode predispor a uma anemia, e dessa forma, numa gestante adolescente essa demanda aumenta, haja visto que além da necessidade do crescimento jovem, a gestante necessita suprir a demanda do feto que está em desenvolvimento. Objetivos: Assim, buscou-se compreender e identificar os níveis de prevalência, bem como, fatores predisponentes da anemia ferropriva em adolescentes grávidas, tendo em vista elucidar acerca dessa temática. Métodos: Para tanto, realizou-se uma pesquisa bibliográfica, através das principais ferramentas on-line de busca por artigos científicos em inglês e português, como Google Scholar, PubMed e Scielo, entre os anos de 2018 e 2022. Resultados: Sob tal ótica, nota-se que estudos cujos investigam a anemia ferropriva em adolescentes, frequentemente verificam prevalência elevada do quadro. Os fatores causais da doença que mais se destacam são as baixas reservas pré-gravídicas de ferro, hábitos alimentares na adolescência caracterizados pela baixa ingestão de ferro em relação às demandas fisiológicas da gestação, as condições socioeconômicas desta supracitada faixa etária, baixa escolaridade e baixos níveis demográficos, o que corroboram para a dificuldade de acesso ao acompanhamento pré-natal adequado e, consequentemente, ao acesso à alimentação e suplementação adequadas para prevenir ou controlar a deficiência de ferro. Portanto, a avaliação clínica pode ser inespecífica para o diagnóstico, sendo essencial a realização de exames bioquímicos para a abordagem das anemias gestacionais, como análise de hemoglobina e ferritina. Os quadros de anemia ferropriva causam apatia, palidez e cansaço, entretanto, durante a gestação podem promover quadros mais complicados, especialmente no estágio da adolescência, destacando-se sofrimento fetal durante o trabalho de parto e também no pós parto, partos prematuros e aumento da taxa de mortalidade perinatal. Os quadros de anemia ferropriva devem ser acompanhados durante o pré natal e desde que devidamente diagnosticados, são tratados através da suplementação com excelente prognóstico clínico para as gestantes. Conclusão: Assim, fatores nutricionais e socioeconômicos são prevalentes na incidência de anemia gestacional na adolescência. As anemias gestacionais promovem complicações que repercutem na morbimortalidade materno infantil. Neste sentido, equipes aptas ao acompanhamento pré-natal são fundamentais para diminuir complicações durante a gestação na adolescência.
Caros leitores e participantes da III Jornada de Obstetrícia e Ginecologia da Adolescência da Amazônia Ocidental,
É com grande satisfação que apresentamos os anais de resumos simples deste evento, que reúne profissionais de saúde, pesquisadores, educadores e demais envolvidos no cuidado da saúde das adolescentes da região amazônica. Nesta edição, buscamos promover o compartilhamento de conhecimentos e experiências, bem como estimular o diálogo e a reflexão sobre os desafios e avanços na área da saúde reprodutiva e ginecológica na adolescência.
A Amazônia Ocidental é uma região rica em biodiversidade, cultura e tradições, mas também enfrenta particularidades e desafios específicos quando se trata do cuidado à saúde das adolescentes. Neste contexto, é essencial abordar a saúde sexual e reprodutiva de forma integral, levando em consideração os aspectos biológicos, psicológicos, sociais e culturais que influenciam a vida das adolescentes.
Os resumos apresentados nesta edição abrangem uma variedade de temas, desde estratégias de prevenção e educação sexual até o cenário da gravidez na adolescência, saúde mental e bem-estar emocional. São trabalhos que refletem a dedicação e o compromisso de profissionais e pesquisadores em proporcionar cuidados de qualidade e promover o empoderamento das adolescentes na região amazônica.
Ao explorar e compartilhar essas experiências, temos a oportunidade de ampliar nosso conhecimento e aprimorar as práticas de atendimento às adolescentes. Os resumos aqui reunidos são frutos de pesquisas científicas, estudos de caso, relatos de experiência e iniciativas inovadoras que podem servir como base para a implementação de políticas públicas e intervenções efetivas voltadas para a saúde e o bem-estar das adolescentes.
Nesta jornada, é fundamental reconhecermos a importância da colaboração entre profissionais de saúde, educadores, gestores públicos, organizações da sociedade civil e, especialmente, das próprias adolescentes e suas famílias. A interdisciplinaridade e a participação ativa de todos os envolvidos são elementos essenciais para o sucesso na promoção de uma saúde sexual e reprodutiva saudável e equitativa para as adolescentes da Amazônia Ocidental.
Por fim, gostaríamos de expressar nossa gratidão aos autores e pesquisadores que contribuíram com seus trabalhos para a publicação destes anais. Também agradecemos à Comissão Científica pelo seu tempo e expertise na avaliação dos resumos submetidos. Sem o comprometimento e o esforço conjunto, essa iniciativa não seria possível.
Desejamos a todos uma leitura enriquecedora e inspiradora. Que os conhecimentos e experiências compartilhados nos resumos aqui apresentados possam impulsionar avanços significativos na saúde e no bem-estar das adolescentes da Amazônia Ocidental.
Atenciosamente,
Dra. Eugênia Glaucy Moura Ferreirao
Presidente – ASGORR
Dra. Eugênia Glaucy Moura Ferreirao
Presidente – ASGORR
Drª Luciana Cabus Arcoverde
ASGORR
Drª Ida Peréa Monteiro
ASSOGIRO
Drª Cynthia Dantas de Macedo Lins
Presidente da Comissão Científica - ASGORR
Drª Raquel Muradás
Secretária da Comissão Científica - ASSOGIRO
Drª Emilila Maria Freitas Alexandrino
Membro da da Comissão Científica - ASGORR
Drª Eugênia Glaucy Moura Rebelo
Membro da da Comissão Científica - ASGORR
contato@assogiro.com.br