MANEJO E CRITÉRIOS PARA ANTECIPAÇÃO TERAPÊUTICA DO PARTO SEGUNDO AS CONDIÇÕES MATERNAS NA PRÉ-ECLÂMPSIA GRAVE LONGE DO TERMO

  • Autor
  • Bruna Camelo de Góes
  • Co-autores
  • Elisangela Novaes Narde , Kaira Ventorin Figueira , Mei iguchi sato , Marco Aurélio da silva veras , Nathália de Matos Souza , Naimi de Souza França Barroso , Paula Daniele Batista
  • Resumo
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    Introdução: Estudos baseados nos dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), indicam que entre os anos de 2010 a 2017 houveram 8992 mortes maternas por causas obstétricas diretas, ou seja, resultantes de complicações obstétricas na gravidez, parto ou puerpério, sendo a pré-eclâmpsia a segunda maior causa de morte materna neste período no Brasil, representando 942 óbitos, o equivalente a 10,48% e, em média, 117,75 mortes ao ano. Englobada dentro das quatro principais causas de morte materna no Brasil, a pré-eclâmpsia é definida como a hipertensão que ocorre após a 20º semana de gestação, acompanhada de proteinúria ou de sintomas de comprometimento sistêmico ou disfunção de órgãos-alvo, como, por exemplo: cefaleia, distúrbios visuais, dor abdominal, plaquetopenia e aumento de enzimas hepáticas, podendo ser classificada em leve ou grave, de acordo com o grau de comprometimento. Objetivos: Abordar as principais medidas terapêuticas utilizadas na gestante com pré-eclâmpsia grave. Métodos: Trata-se de uma revisão de literatura baseada no Manual de Gravidez de Alto Risco do Ministério da Saúde, publicado no ano de 2022. Resultados: A pré-eclâmpsia grave (PEG) é  caracterizada pela presença de complicações materno-fetais graves que podem culminar no risco iminente de comprometimento de ambos, podendo evoluir rapidamente para morbimortalidade materna e perinatal. Dentre as complicações  associadas à PEG, pode-se citar o aumento de enzimas hepáticas e bilirrubinas, proteinúria igual ou maior que 2,0g em 24h, oligúria, sinais de encefalopatia hipertensiva, dor em hipocôndrio direito, plaquetopenia, dentre outras manifestações. Em vista disso, a conduta com essas pacientes deve ser a internação associada a solicitação de exames de rotina e avaliação das condições maternas e fetais, sendo indicada a antecipação terapêutica do parto, independentemente da idade gestacional, a presença das seguintes situações: síndrome HELLP, eclâmpsia, edema pulmonar, alterações laboratoriais progressivas (trombocitopenia, elevação de enzimas hepáticas), insuficiência renal, descolamento prematuro de placenta, hipertensão refratária ao tratamento com três drogas anti-hipertensivas usadas em dose máxima e alterações na vitalidade fetal. A conduta conservadora na PEG só deve ser considerada quando a paciente apresenta-se clinicamente estável, quando o tratamento farmacológico anti-hipertensivo obtêm sucesso e quando os exames laboratoriais estão adequados e a vitalidade fetal está preservada. Conclusão: A pré-eclâmpsia, englobada dentro das síndromes hipertensivas gestacionais, apresenta-se como a segunda maior causa de óbitos no Brasil, tornando o manejo terapêutico adequado essencial para a redução da mortalidade materno-fetal.

     

  • Palavras-chave
  • Gravidez de alto risco; Parto; Pré-eclâmpsia.
  • Área Temática
  • Gravidez de alto risco
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Caros leitores e participantes da III Jornada de Obstetrícia e Ginecologia da Adolescência da Amazônia Ocidental,

É com grande satisfação que apresentamos os anais de resumos simples deste evento, que reúne profissionais de saúde, pesquisadores, educadores e demais envolvidos no cuidado da saúde das adolescentes da região amazônica. Nesta edição, buscamos promover o compartilhamento de conhecimentos e experiências, bem como estimular o diálogo e a reflexão sobre os desafios e avanços na área da saúde reprodutiva e ginecológica na adolescência.

A Amazônia Ocidental é uma região rica em biodiversidade, cultura e tradições, mas também enfrenta particularidades e desafios específicos quando se trata do cuidado à saúde das adolescentes. Neste contexto, é essencial abordar a saúde sexual e reprodutiva de forma integral, levando em consideração os aspectos biológicos, psicológicos, sociais e culturais que influenciam a vida das adolescentes.

Os resumos apresentados nesta edição abrangem uma variedade de temas, desde estratégias de prevenção e educação sexual até o cenário da gravidez na adolescência, saúde mental e bem-estar emocional. São trabalhos que refletem a dedicação e o compromisso de profissionais e pesquisadores em proporcionar cuidados de qualidade e promover o empoderamento das adolescentes na região amazônica.

Ao explorar e compartilhar essas experiências, temos a oportunidade de ampliar nosso conhecimento e aprimorar as práticas de atendimento às adolescentes. Os resumos aqui reunidos são frutos de pesquisas científicas, estudos de caso, relatos de experiência e iniciativas inovadoras que podem servir como base para a implementação de políticas públicas e intervenções efetivas voltadas para a saúde e o bem-estar das adolescentes.

Nesta jornada, é fundamental reconhecermos a importância da colaboração entre profissionais de saúde, educadores, gestores públicos, organizações da sociedade civil e, especialmente, das próprias adolescentes e suas famílias. A interdisciplinaridade e a participação ativa de todos os envolvidos são elementos essenciais para o sucesso na promoção de uma saúde sexual e reprodutiva saudável e equitativa para as adolescentes da Amazônia Ocidental.

Por fim, gostaríamos de expressar nossa gratidão aos autores e pesquisadores que contribuíram com seus trabalhos para a publicação destes anais. Também agradecemos à Comissão Científica pelo seu tempo e expertise na avaliação dos resumos submetidos. Sem o comprometimento e o esforço conjunto, essa iniciativa não seria possível.

Desejamos a todos uma leitura enriquecedora e inspiradora. Que os conhecimentos e experiências compartilhados nos resumos aqui apresentados possam impulsionar avanços significativos na saúde e no bem-estar das adolescentes da Amazônia Ocidental.

Atenciosamente,

 

Dra. Eugênia Glaucy Moura Ferreirao
Presidente – ASGORR

 

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