DIAGNÓSTICO DE ISTs EM GESTANTES ADOLESCENTES BRASILEIRAS DURANTE O PRÉ-NATAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) representam um grave problema de saúde pública, especialmente entre as gestantes adolescentes no Brasil. A falta de diagnóstico e tratamento adequados durante o pré-natal pode levar a complicações na gestação e no parto, além de aumentar o risco de transmissão vertical das ISTs para o feto. Dentre as ISTs, a sífilis e o HIV são os casos mais diagnosticados em gestantes adolescentes. Em 2021 foram diagnosticados 6.197 casos de gestantes adolescentes com sífilis, o que representa 22% do total de casos analisados naquele ano. Já em relação ao HIV de acordo com o boletim epidemiológico de 2021, 21.294 gestantes na faixa etária de 14-19 anos foram diagnosticadas. Nesse contexto, a presente pesquisa tem como objetivo sintetizar e analisar estudos existentes sobre o diagnóstico de ISTs em gestantes adolescentes brasileiras durante o pré-natal, com o intuito de identificar as lacunas e desafios existentes e propor estratégias para melhorar essa situação. Para isso, foram realizadas buscas nas bases de dados Pubmed, Scopus e Lilacs publicados entre 2010 e 2022, utilizando os seguintes termos de busca: “pregnancy”, “adolescent”, “sexually transmitted diseases”, “diagnosis”, “prenatal care” e “Brazil”. Os estudos analisados revelaram uma série de desafios e lacunas no diagnóstico de ISTs em gestantes adolescentes brasileiras durante o pré-natal. Entre os principais problemas identificados estão a falta de capacitação dos profissionais de saúde para identificar e tratar as ISTs, a falta de oferta de exames laboratoriais e o desconhecimento das gestantes adolescentes sobre a importância do diagnóstico e tratamento das ISTs durante o pré-natal. O teste de IST durante a gravidez é importante porque permite o diagnóstico precoce, ação imediata para controlar a infecção materna e evita a transmissão vertical. No Brasil, para HIV e sífilis, o teste deve ser feito durante as consultas de pré-natal, preferencialmente no primeiro trimestre, e também deve ser feito no terceiro trimestre e no parto, independentemente de ter sido testado anteriormente. Uma das estratégias propostas para melhorar a situação é a realização de capacitação e treinamento dos profissionais de saúde para a identificação e tratamento das ISTs durante o pré-natal. Além disso, é necessário aumentar a oferta de exames laboratoriais para diagnóstico das ISTs, bem como sensibilizar as gestantes adolescentes sobre a importância do diagnóstico e tratamento das ISTs durante o pré-natal. À vista disso, os resultados da revisão integrativa apontam para a necessidade de implementação de políticas públicas e ações de saúde que visem melhorar o diagnóstico de ISTs em gestantes adolescentes brasileiras durante o pré-natal, desde a capacitação dos profissionais, ampliação de exames laboratoriais e conscientização das gestantes adolescentes sobre a importância de diagnosticar e tratar as ISTs. Medidas essas fundamentais para a prevenção de complicações na gestação e a transmissão vertical dessas ISTs para o feto.
Palavras-Chave: Adolescente, Diagnóstico, Gravidez, ISTs, Pré-natal
Caros leitores e participantes da III Jornada de Obstetrícia e Ginecologia da Adolescência da Amazônia Ocidental,
É com grande satisfação que apresentamos os anais de resumos simples deste evento, que reúne profissionais de saúde, pesquisadores, educadores e demais envolvidos no cuidado da saúde das adolescentes da região amazônica. Nesta edição, buscamos promover o compartilhamento de conhecimentos e experiências, bem como estimular o diálogo e a reflexão sobre os desafios e avanços na área da saúde reprodutiva e ginecológica na adolescência.
A Amazônia Ocidental é uma região rica em biodiversidade, cultura e tradições, mas também enfrenta particularidades e desafios específicos quando se trata do cuidado à saúde das adolescentes. Neste contexto, é essencial abordar a saúde sexual e reprodutiva de forma integral, levando em consideração os aspectos biológicos, psicológicos, sociais e culturais que influenciam a vida das adolescentes.
Os resumos apresentados nesta edição abrangem uma variedade de temas, desde estratégias de prevenção e educação sexual até o cenário da gravidez na adolescência, saúde mental e bem-estar emocional. São trabalhos que refletem a dedicação e o compromisso de profissionais e pesquisadores em proporcionar cuidados de qualidade e promover o empoderamento das adolescentes na região amazônica.
Ao explorar e compartilhar essas experiências, temos a oportunidade de ampliar nosso conhecimento e aprimorar as práticas de atendimento às adolescentes. Os resumos aqui reunidos são frutos de pesquisas científicas, estudos de caso, relatos de experiência e iniciativas inovadoras que podem servir como base para a implementação de políticas públicas e intervenções efetivas voltadas para a saúde e o bem-estar das adolescentes.
Nesta jornada, é fundamental reconhecermos a importância da colaboração entre profissionais de saúde, educadores, gestores públicos, organizações da sociedade civil e, especialmente, das próprias adolescentes e suas famílias. A interdisciplinaridade e a participação ativa de todos os envolvidos são elementos essenciais para o sucesso na promoção de uma saúde sexual e reprodutiva saudável e equitativa para as adolescentes da Amazônia Ocidental.
Por fim, gostaríamos de expressar nossa gratidão aos autores e pesquisadores que contribuíram com seus trabalhos para a publicação destes anais. Também agradecemos à Comissão Científica pelo seu tempo e expertise na avaliação dos resumos submetidos. Sem o comprometimento e o esforço conjunto, essa iniciativa não seria possível.
Desejamos a todos uma leitura enriquecedora e inspiradora. Que os conhecimentos e experiências compartilhados nos resumos aqui apresentados possam impulsionar avanços significativos na saúde e no bem-estar das adolescentes da Amazônia Ocidental.
Atenciosamente,
Dra. Eugênia Glaucy Moura Ferreirao
Presidente – ASGORR
Dra. Eugênia Glaucy Moura Ferreirao
Presidente – ASGORR
Drª Luciana Cabus Arcoverde
ASGORR
Drª Ida Peréa Monteiro
ASSOGIRO
Drª Cynthia Dantas de Macedo Lins
Presidente da Comissão Científica - ASGORR
Drª Raquel Muradás
Secretária da Comissão Científica - ASSOGIRO
Drª Emilila Maria Freitas Alexandrino
Membro da da Comissão Científica - ASGORR
Drª Eugênia Glaucy Moura Rebelo
Membro da da Comissão Científica - ASGORR
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