Introdução: A pré-eclâmpsia possui alto índice de morbimortalidade e prematuridade na gestação, sendo a primeira causa de morte materna. Doença de caráter progressivo multissistêmico e caracterizada com hipertensão após a 20ª semana de gestação. Dessa forma, é de grande relevância o manejo adequado e precoce à gestante, a fim de garantir a saúde do binômio de forma humanizada, integral e de qualidade.
Objetivos: Abordar as principais medidas tomadas durante o manejo da paciente com pré-eclâmpsia.
Métodos: Trata-se de uma revisão integrativa realizada na banca de dados PubMed. Executou-se uma busca com a seguinte sintaxe: gestational hypertension AND pre eclampsia AND treatment. Além disso, foram filtrados os estudos publicados entre os anos de 2012 a 2022 em língua inglesa e portuguesa.
Resultados: A priori, o diagnóstico da pré-eclâmpsia (PE) é feito quando a gestante primigesta apresenta, pela primeira vez, hipertensão arterial sistólica maior que 140 mm Hg ou pressão arterial diastólica maior que 90 mm Hg, em duas ocasiões, com, pelo menos, quatro horas de intervalo, e proteinúria, após a 20º semana de gestação. Para prevenção da PE, sugere-se a administração de carbonato de cálcio de 1.000 a 2.000 mg/dia. O uso de aspirina de 50 a 150 mg/dia, antes da 16º até a 36º semana de gestação, está recomendado para as gestantes em grupo de risco. Sabe-se que a cura para a PE é o parto da placenta disfuncional e do bebê. Posto isto, após o diagnóstico, a conduta na PE envolve a hospitalização da paciente, a qual será acompanhada em unidade de gestação de alto risco. Objetiva-se reduzir a mortalidade materna e fetal, visto o risco de progressão da doença. No caso de hipertensão arterial aguda, estão indicados Nifedipino ou Labetalol para o tratamento emergencial. Já em gestantes hipertensas de longa data, o tratamento com anti hipertensivos ao longo da gestação deve ser mantido, visando a normotensão. Assim, em gestantes com PE e idade gestacional (IG) maior que 36 semanas, tanto a conduta expectante como a indução do trabalho de parto são indicados. Já na gestação com IG maior que 33 semanas e menor que 36 semanas, deve-se avaliar o grau de comprometimento materno e fetal. Se PE leve, a interrupção deve ser adiada até a 36º semana, se possível. Em casos de PE grave, a interrupção da gestação é imediata, sendo a internação necessária, bem como a administração de sulfato de magnésio e anti hipertensivos. Na gestação com IG menor que 24 semanas é recomendada a interrupção da gestação, se consentida. No entanto, caso a conduta expectante for adotada, deve-se realizar, diariamente, a avaliação materno fetal em centros obstétricos especializados em obstetrícia de alto risco.
Conclusão: O diagnóstico precoce da Pré-eclâmpsia e o manejo adequado no decorrer da gestação, contribuem na redução do agravamento da doença, além de reduzir a mortalidade materna e perinatal.
Caros leitores e participantes da III Jornada de Obstetrícia e Ginecologia da Adolescência da Amazônia Ocidental,
É com grande satisfação que apresentamos os anais de resumos simples deste evento, que reúne profissionais de saúde, pesquisadores, educadores e demais envolvidos no cuidado da saúde das adolescentes da região amazônica. Nesta edição, buscamos promover o compartilhamento de conhecimentos e experiências, bem como estimular o diálogo e a reflexão sobre os desafios e avanços na área da saúde reprodutiva e ginecológica na adolescência.
A Amazônia Ocidental é uma região rica em biodiversidade, cultura e tradições, mas também enfrenta particularidades e desafios específicos quando se trata do cuidado à saúde das adolescentes. Neste contexto, é essencial abordar a saúde sexual e reprodutiva de forma integral, levando em consideração os aspectos biológicos, psicológicos, sociais e culturais que influenciam a vida das adolescentes.
Os resumos apresentados nesta edição abrangem uma variedade de temas, desde estratégias de prevenção e educação sexual até o cenário da gravidez na adolescência, saúde mental e bem-estar emocional. São trabalhos que refletem a dedicação e o compromisso de profissionais e pesquisadores em proporcionar cuidados de qualidade e promover o empoderamento das adolescentes na região amazônica.
Ao explorar e compartilhar essas experiências, temos a oportunidade de ampliar nosso conhecimento e aprimorar as práticas de atendimento às adolescentes. Os resumos aqui reunidos são frutos de pesquisas científicas, estudos de caso, relatos de experiência e iniciativas inovadoras que podem servir como base para a implementação de políticas públicas e intervenções efetivas voltadas para a saúde e o bem-estar das adolescentes.
Nesta jornada, é fundamental reconhecermos a importância da colaboração entre profissionais de saúde, educadores, gestores públicos, organizações da sociedade civil e, especialmente, das próprias adolescentes e suas famílias. A interdisciplinaridade e a participação ativa de todos os envolvidos são elementos essenciais para o sucesso na promoção de uma saúde sexual e reprodutiva saudável e equitativa para as adolescentes da Amazônia Ocidental.
Por fim, gostaríamos de expressar nossa gratidão aos autores e pesquisadores que contribuíram com seus trabalhos para a publicação destes anais. Também agradecemos à Comissão Científica pelo seu tempo e expertise na avaliação dos resumos submetidos. Sem o comprometimento e o esforço conjunto, essa iniciativa não seria possível.
Desejamos a todos uma leitura enriquecedora e inspiradora. Que os conhecimentos e experiências compartilhados nos resumos aqui apresentados possam impulsionar avanços significativos na saúde e no bem-estar das adolescentes da Amazônia Ocidental.
Atenciosamente,
Dra. Eugênia Glaucy Moura Ferreirao
Presidente – ASGORR
Dra. Eugênia Glaucy Moura Ferreirao
Presidente – ASGORR
Drª Luciana Cabus Arcoverde
ASGORR
Drª Ida Peréa Monteiro
ASSOGIRO
Drª Cynthia Dantas de Macedo Lins
Presidente da Comissão Científica - ASGORR
Drª Raquel Muradás
Secretária da Comissão Científica - ASSOGIRO
Drª Emilila Maria Freitas Alexandrino
Membro da da Comissão Científica - ASGORR
Drª Eugênia Glaucy Moura Rebelo
Membro da da Comissão Científica - ASGORR
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