INTRODUÇÃO: A árvore de decisão é uma representação gráfica - gerada a partir do algoritmo CART – que consiste em uma forma de particionamento recursivo cujo conjunto de regras estabelecidas são utilizadas para realizar uma previsão dada variável – categórica ou contínua - de resultado. A árvore é composta de nós de decisão, ramos e nós folha. Cada nó de decisão representa uma única variável preditora de entrada e os nós folha da árvore correspondem a variável utilizada para realizar as previsões. Aplicando esses pressupostos, a árvore – que cresce do topo (raiz) – o algoritmo toma a decisão em cada nó de qual corte de divisão que propiciará uma maior homogeneidade em cada uma de suas divisões. Nesse ínterim, as variáveis consideradas pelas pesquisadoras foram: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal de Renda (IDHM_Renda), Índice de Desenvolvimento Humano Municipal de Educação (IDHM_Educação), posse de Microcomputador com Internet do município (MicroComInternet), valor médio de famílias acompanhadas pelo programa saúde da família no município (FamiliasAcompanhadas), número médio de adolescentes cadastradas no município no programa saúde da família (Gestantes_Menoresde20anos_Cadastradas).
OBJETIVOS: Correlacionar dados e analisar os determinantes sociais que contribuem para a gravidez na adolescência.
MÉTODOS: Trata-se de um estudo observacional, com análise de dados comparativos, extraídos do Departamento de Informática do Sistema único de Saúde (DATASUS), utilizando variáveis como renda, educação e faixa etária de idade.
RESULTADOS: Assim, foi possível obter os seguintes resultados mediante a utilização desse algoritmo. Exemplificando: Conforme a aplicação dos dados colhidos nesse esquema, constatou-se que dentre os municípios da Amazônia Legal, 27% apresentou o IDHM_Renda a média menor do que 0.64 (IDHM Médio), e em relação ao IDHM_Educacao a mesma parcela apresentou média menor do que 0.46 (IDHM Muito Baixo). Considerando esse filtro, o número 82% - representado nos resultados- significa uma alta incidência de gravidez no período da adolescência. Sendo assim, o nó em questão é classificado como gravidezAlta. Em uma outra simulação, foi posta em análise a variável da posse de microcomputador com internet.
CONCLUSÃO: Concluiu-se que em 2% dos municípios estudados cujo IDHM_Renda - no qual a média é maior do que 0.64 - e a posse do eletrônico foi inferior à média (7.3) a porcentagem de adolescentes gestantes era de 88%, categorizado assim a classificação desse nó como gravidez Alta.
Caros leitores e participantes da III Jornada de Obstetrícia e Ginecologia da Adolescência da Amazônia Ocidental,
É com grande satisfação que apresentamos os anais de resumos simples deste evento, que reúne profissionais de saúde, pesquisadores, educadores e demais envolvidos no cuidado da saúde das adolescentes da região amazônica. Nesta edição, buscamos promover o compartilhamento de conhecimentos e experiências, bem como estimular o diálogo e a reflexão sobre os desafios e avanços na área da saúde reprodutiva e ginecológica na adolescência.
A Amazônia Ocidental é uma região rica em biodiversidade, cultura e tradições, mas também enfrenta particularidades e desafios específicos quando se trata do cuidado à saúde das adolescentes. Neste contexto, é essencial abordar a saúde sexual e reprodutiva de forma integral, levando em consideração os aspectos biológicos, psicológicos, sociais e culturais que influenciam a vida das adolescentes.
Os resumos apresentados nesta edição abrangem uma variedade de temas, desde estratégias de prevenção e educação sexual até o cenário da gravidez na adolescência, saúde mental e bem-estar emocional. São trabalhos que refletem a dedicação e o compromisso de profissionais e pesquisadores em proporcionar cuidados de qualidade e promover o empoderamento das adolescentes na região amazônica.
Ao explorar e compartilhar essas experiências, temos a oportunidade de ampliar nosso conhecimento e aprimorar as práticas de atendimento às adolescentes. Os resumos aqui reunidos são frutos de pesquisas científicas, estudos de caso, relatos de experiência e iniciativas inovadoras que podem servir como base para a implementação de políticas públicas e intervenções efetivas voltadas para a saúde e o bem-estar das adolescentes.
Nesta jornada, é fundamental reconhecermos a importância da colaboração entre profissionais de saúde, educadores, gestores públicos, organizações da sociedade civil e, especialmente, das próprias adolescentes e suas famílias. A interdisciplinaridade e a participação ativa de todos os envolvidos são elementos essenciais para o sucesso na promoção de uma saúde sexual e reprodutiva saudável e equitativa para as adolescentes da Amazônia Ocidental.
Por fim, gostaríamos de expressar nossa gratidão aos autores e pesquisadores que contribuíram com seus trabalhos para a publicação destes anais. Também agradecemos à Comissão Científica pelo seu tempo e expertise na avaliação dos resumos submetidos. Sem o comprometimento e o esforço conjunto, essa iniciativa não seria possível.
Desejamos a todos uma leitura enriquecedora e inspiradora. Que os conhecimentos e experiências compartilhados nos resumos aqui apresentados possam impulsionar avanços significativos na saúde e no bem-estar das adolescentes da Amazônia Ocidental.
Atenciosamente,
Dra. Eugênia Glaucy Moura Ferreirao
Presidente – ASGORR
Dra. Eugênia Glaucy Moura Ferreirao
Presidente – ASGORR
Drª Luciana Cabus Arcoverde
ASGORR
Drª Ida Peréa Monteiro
ASSOGIRO
Drª Cynthia Dantas de Macedo Lins
Presidente da Comissão Científica - ASGORR
Drª Raquel Muradás
Secretária da Comissão Científica - ASSOGIRO
Drª Emilila Maria Freitas Alexandrino
Membro da da Comissão Científica - ASGORR
Drª Eugênia Glaucy Moura Rebelo
Membro da da Comissão Científica - ASGORR
contato@assogiro.com.br