INTRODUÇÃO: De acordo com o Ministério da Saúde houve um aumento progressivo de casos de sífilis nos últimos 10 anos. No ano de 2019, por exemplo, foram registrados 45.435 casos de sífilis gestacional no Brasil, porém, mesmo a sífilis gestacional sendo um agravo de notificação compulsória desde 2005, estima-se que apenas 32% dos acometimentos de sífilis gestacional foram notificados. Ademais, nota-se uma prevalência em casos notificados de sífilis gestacional na adolescência e esse aumento de infecções sexualmente transmissíveis nos adolescentes, de maneira geral, o Ministério da Saúde relaciona a maior vulnerabilidade dessa população, associada à imaturidade emocional e cognitiva. OBJETIVOS: Comparar o perfil epidemiológico de sífilis na gestação, em adolescentes, do estado de Rondônia em relação ao Brasil, no período de 2020 a 2021. MÉTODOS: Foi realizado um estudo observacional, retrospectivo, de caráter comparativo entre os anos de 2020 e 2021 utilizando dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), foram utilizadas como variáveis: ano, região/UF e faixa etária. RESULTADOS: O número de casos confirmados de sífilis em gestantes, adolescentes, no Brasil totalizou 61.566 em 2020, enquanto em 2021 esse resultado foi de 30.505, uma queda de 50,45%. Usando o recorte de faixa etária, o Brasil teve 618 casos em 2020 e 280 em 2021 na idade de 10-14 anos, apresentando uma queda de 54,69%. Na faixa etária de 15 – 19 anos foram 14.200 casos em 2020 e 6.615 em 2021, queda de 53,41%. Analisando os índices do estado de Rondônia, na faixa-etária de 10-14 anos, o número de casos foi 4 em 2020 e 4 em 2021. Na faixa etária de 15-19 esse número foi de 119 em 2020 e 69 casos em 2021, queda de 42,01%. CONCLUSÃO: Diante dos dados, verifica-se que entre os anos analisados houve redução da maioria das variáveis, exceto pela constância de casos na faixa etária de 10 a 14 anos em Rondônia. Somado a isso, evidenciou-se maior prevalência da patologia nas gestantes adolescentes entre 15 a 19 anos tanto em Rondônia quanto no Brasil. Entretanto, é válido destacar que os dados podem apresentar limitações, isto porque o período analisado compreende parte da pandemia por SARS-COV-2. Dessa maneira, programas governamentais voltados ao diagnóstico precoce, bem como tratamento eficaz podem ser atribuídos a unidades de saúde próximas aos usuários, em especial adolescentes, de modo a transformar essa realidade.
Caros leitores e participantes da III Jornada de Obstetrícia e Ginecologia da Adolescência da Amazônia Ocidental,
É com grande satisfação que apresentamos os anais de resumos simples deste evento, que reúne profissionais de saúde, pesquisadores, educadores e demais envolvidos no cuidado da saúde das adolescentes da região amazônica. Nesta edição, buscamos promover o compartilhamento de conhecimentos e experiências, bem como estimular o diálogo e a reflexão sobre os desafios e avanços na área da saúde reprodutiva e ginecológica na adolescência.
A Amazônia Ocidental é uma região rica em biodiversidade, cultura e tradições, mas também enfrenta particularidades e desafios específicos quando se trata do cuidado à saúde das adolescentes. Neste contexto, é essencial abordar a saúde sexual e reprodutiva de forma integral, levando em consideração os aspectos biológicos, psicológicos, sociais e culturais que influenciam a vida das adolescentes.
Os resumos apresentados nesta edição abrangem uma variedade de temas, desde estratégias de prevenção e educação sexual até o cenário da gravidez na adolescência, saúde mental e bem-estar emocional. São trabalhos que refletem a dedicação e o compromisso de profissionais e pesquisadores em proporcionar cuidados de qualidade e promover o empoderamento das adolescentes na região amazônica.
Ao explorar e compartilhar essas experiências, temos a oportunidade de ampliar nosso conhecimento e aprimorar as práticas de atendimento às adolescentes. Os resumos aqui reunidos são frutos de pesquisas científicas, estudos de caso, relatos de experiência e iniciativas inovadoras que podem servir como base para a implementação de políticas públicas e intervenções efetivas voltadas para a saúde e o bem-estar das adolescentes.
Nesta jornada, é fundamental reconhecermos a importância da colaboração entre profissionais de saúde, educadores, gestores públicos, organizações da sociedade civil e, especialmente, das próprias adolescentes e suas famílias. A interdisciplinaridade e a participação ativa de todos os envolvidos são elementos essenciais para o sucesso na promoção de uma saúde sexual e reprodutiva saudável e equitativa para as adolescentes da Amazônia Ocidental.
Por fim, gostaríamos de expressar nossa gratidão aos autores e pesquisadores que contribuíram com seus trabalhos para a publicação destes anais. Também agradecemos à Comissão Científica pelo seu tempo e expertise na avaliação dos resumos submetidos. Sem o comprometimento e o esforço conjunto, essa iniciativa não seria possível.
Desejamos a todos uma leitura enriquecedora e inspiradora. Que os conhecimentos e experiências compartilhados nos resumos aqui apresentados possam impulsionar avanços significativos na saúde e no bem-estar das adolescentes da Amazônia Ocidental.
Atenciosamente,
Dra. Eugênia Glaucy Moura Ferreirao
Presidente – ASGORR
Dra. Eugênia Glaucy Moura Ferreirao
Presidente – ASGORR
Drª Luciana Cabus Arcoverde
ASGORR
Drª Ida Peréa Monteiro
ASSOGIRO
Drª Cynthia Dantas de Macedo Lins
Presidente da Comissão Científica - ASGORR
Drª Raquel Muradás
Secretária da Comissão Científica - ASSOGIRO
Drª Emilila Maria Freitas Alexandrino
Membro da da Comissão Científica - ASGORR
Drª Eugênia Glaucy Moura Rebelo
Membro da da Comissão Científica - ASGORR
contato@assogiro.com.br